sábado, 20 de novembro de 2010

Dia da Memória: Governadora Civil de Faro pede "paz nas estradas" do Algarve


“Espero que os ventos que sopram da Igreja de Nª Senhora da Piedade, transportem uma mensagem de paz nas nossas estradas, para que, todos juntos, possamos realmente travar o flagelo da sinistralidade rodoviária na nossa região”, disse hoje a Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, durante as cerimónias do Dia da Memória dedicado às vítimas de acidentes.
Isilda Gomes, que durante a cerimónia realizada na igreja dedicada à Mãe Soberana, em Loulé, agradeceu a colaboração da Diocese do Algarve, das autarquias e dos motociclistas da região, nas acções de homenagem promovidas pelo Governo Civil no Distrito de Faro, salientou a importância de uma participação colectiva no combate a uma luta que tem de ser permanente.
“Façamos tudo o que estiver ao nosso alcance para que não volte a ocorrer nem mais uma morte nas nossas estradas, para que esta seja uma guerra ganha e a dor não continue a fazer parte do nosso dia-a-dia”, apelou a Governadora Civil, salientando mais uma vez a necessidade de uma maior consciencialização por parte dos mais jovens sobre as consequências dos acidentes rodoviários.
“A sinistralidade rodoviária é uma das principais causas de morte de cidadãos com menos de 30 anos, que estão no auge da vida, que têm ainda tudo para dar a esta sociedade, por isso não podemos ficar indiferentes a este drama que afecta anualmente milhares de famílias”, frisou Isilda Gomes, recordando que, desde Janeiro deste ano, o número de vítimas mortais na região atinge as cerca de meia centena.
Vítimas que foram evocadas por um igual número de velas depositadas no altar da Mãe Soberana, onde o Bispo do Algarve, D. Manuel Neto Quintas, assinalou o Dia da Memória com a celebração de uma missa, tendo apelado à responsabilização colectiva para travar o que considera “uma verdadeira calamidade”.
“Não podemos ficar indiferentes ao elevado número de pessoas que perdem anualmente a vida nas estradas”, referiu D. Manuel Neto Quintas, para observar que, quanto mais a estrada for encarada como um meio de partilha, menos acidentes e mortes se verificarão nas vias rodoviárias.
Durante a cerimónia, que teve inicio com um desfile entre o Governo Civil de Faro e a ermida da Mãe soberana, pela EN 125, a Governadora Civil elogiou ainda o “espírito cívico” dos Clubes, Associações e Grupos de Motards da região algarvia, nomeadamente pela sua colaboração nas campanhas de prevenção da sinistralidade rodoviária, tendo realçado que a mudança de comportamentos na estrada constitui um factor determinante no combate ao flagelo.
“Os despistes e as colisões representam a esmagadora maioria dos acidentes, mas está nas nossas mãos a erradicação definitiva dos comportamentos de risco que levam à tragédia”, sublinhou Isilda Gomes, para quem, “enquanto houver uma morte nas estradas será sempre uma morte a mais”.
Após o desfile de motards e a celebração da missa evocativa pelo Bispo do Algarve, durante a qual foi guardado um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos acidentes rodoviários, o Dia da Memória foi assinalado ainda com uma largada de pombos pela Columbófila de Loulé, junto à ermida da Mãe Soberana.
As acções realizadas pelo Governo Civil de Faro no âmbito do Dia da Memória, contaram este ano, pela primeira vez, com a colaboração da Diocese do Algarve, bem como da Câmara Municipal de Loulé. Participaram na iniciativa, para além das várias dezenas de motociclistas da região que integraram o desfile, os Presidentes das Câmaras de Faro e de Loulé, vereadores da autarquia de Loulé e diversas entidades regionais, nomeadamente os membros do Conselho Coordenador de Segurança Rodoviária Distrital.