sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Estudo: Preço é critério fundamental para escolha do carro
62% dos jovens europeus consideram que o preço do carro é factor primordial na sua escolha.
Segundo o estudo Observador Cetelem sobre o mercado de automóveis, no momento da decisão de compra, as considerações económicas são aquelas que surgem em primeiro lugar. Ainda que o custo de utilização e segurança estejam também entre os critérios mais referidos para a escolha do automóvel, mais de metade dos jovens consideram o valor de compra do carro como o primeiro critério de escolha.
35% dos jovens europeus com menos de 30 anos afirmam ainda ponderar na sua decisão de compra automóvel os custos relativos à utilização do veículo (combustível, manutenção, seguro) e 27% apontam a segurança como um dos factores de escolha. Já entre os indivíduos com mais de 50 anos, a segurança é o segundo critério a ter em conta para 45% dos inquiridos, enquanto os custos de utilização são importantes para 38%. Tanto para os indivíduos com menos de 30 anos, como para os com mais de 50 o preço é o factor mais importante, com uma percentagem de 62% para ambos.
O estilo e o design do carro representam para os jovens o quarto critério mais importante no momento da compra, figurando apenas na décima terceira posição para a população com mais de 50 anos.
Se excluirmos o critério “quilometragem”, apenas relevante para os veículos usados e que reflecte a eterna procura do “bom negócio" por parte dos jovens, os aspectos mais valorizados são a performance e a potência. Um em cada seis jovens europeus considera a performance do veículo, um dos critérios mais importantes, na compra de um automóvel. Esta proporção aumenta para mais de um em cada quatro jovens na Polónia (26%) e mais de um em cada cinco jovens em Espanha (22%). As características técnicas do veículo também não são indiferentes para os jovens, mais informados.
Importa também observar que a “polivalência”, a “imagem de si próprio” e o “país de produção” são os critérios menos tidos em conta aquando da compra.
No caso português em específico, o critério principal é também o preço, sendo o país da Europa que apresenta a maior percentagem. 72% dos inquiridos consideram o preço um factor fundamental na escolha, valor muito superior à média europeia. O custo de produção (40%) e a segurança (37%) seguem a tendência de escolha da tabela europeia. No entanto, o quarto critério em Portugal é a performance/potência (18%) e o estilo/design surge na nona posição com 14%. A polivalência, a “imagem de si próprio” e o país de produção são os critérios menos citados.
Observando ainda algumas especificidades nacionais:
Os jovens alemães confirmam a sua consciência ambiental: são os únicos a valorizar mais o critério ambiental do que o tamanho, a performance e a potência do veículo, superando muitas vezes o grupo dos mais velhos nesta perspectiva.
Grandes consumidores de carros usados, os franceses estão muito atentos à quilometragem do veículo, o segundo critério mais valorizado a seguir ao preço.
À semelhança dos alemães e de uma forma relativamente surpreendente, a performance e a marca do veículo não constituem para os franceses critérios prioritários, tal como o conforto interior.
Os italianos e os portugueses procuram mais a modernidade: a novidade do modelo, a inovação tecnológica e o carácter urbano não são para eles aspectos indiferentes.
Sonhadores ou ostensivos, os polacos orientam-se por critérios diferentes dos seus vizinhos europeus: a marca, o bom comportamento em estrada e os equipamentos constituem critérios de escolha de um veículo.
As análises económicas e de mercado, bem como as previsões, foram realizadas em colaboração com o Instituto de estudos e de consultadoria BIPE (www.bipe.com). Os inquéritos aos consumidores foram conduzidos pela TNS em Julho de 2010. No total foram inquiridos 4.800 europeus, divididos em sub populações representativas dos grupos etários de cada país, num novo perímetro do estudo, que é agora constituído por oito países. Pela primeira vez nesta edição, a Bélgica e a Polónia vieram alargar o perímetro de estudo, juntando-se à Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Itália e Portugal.