terça-feira, 8 de novembro de 2011

70% dos consumidores portugueses revela que o corte no subsídio de Natal terá impacto nas compras de Natal

Um estudo do Observador Cetelem mostra que o imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal irá influenciar significativamente o consumo das famílias nesta altura do ano. 70% dos inquiridos afirma que os cortes no subsídio irão influenciar as suas compras de Natal. Na região Centro do país a percentagem de indivíduos que afirma que o imposto extraordinário terá influência nas compras de Natal atinge os 80%. No Sul chega aos 75% e no Norte aos 72%. A região de Lisboa surge no estudo como a menos afectada – apenas 53% considera que este imposto extraordinário irá ter impacto nas suas compras de Natal.
Este estudo do Observador Cetelem revela ainda que 31% dos consumidores portugueses entre os 18 e os 24 anos não recebe subsídio de Natal e, como tal, são os que menos sentirão o impacto dos cortes – apenas 53% dos inquiridos nesta faixa etária refere que poderá diminuir o seu consumo nesta época festiva. Já as faixas etárias entre os 25 e 34 e os 35 e os 44 anos são as que mais mencionam o impacto destas medidas nas compras de Natal (79% e 76%, respectivamente). «Como é do conhecimento geral, o Natal é uma época de consumo por excelência: as tradições de Natal apelam ao consumo e as campanhas de marketing são bastante agressivas. Tudo nos incentiva ao consumo. Actualmente, estamos a viver um período de recessão que, só por si, já leva os portugueses a diminuir o consumo. O corte no subsídio de Natal fará com que a redução no consumo seja ainda maior, como podemos constatar pelas conclusões deste estudo», afirma Conceição Caldeira Silva, responsável pelo Observador Cetelem em Portugal.
Para além do impacto no consumo, o estudo do Observador Cetelem revela ainda que o corte no subsídio de Natal terá impacto nas poupanças dos consumidores (37%) e nos gastos a médio-longo prazo (29%). Apenas para 11% dos inquiridos os cortes não irão ter qualquer tipo de influência. Esta análise foi realizada em colaboração com a Nielsen e aplicada, através de um inquérito quantitativo, a 500 indivíduos de Portugal Continental, de ambos os sexos, dos 18 aos 65 anos, entre o período de 3 a 4 de Outubro de 2011. O erro máximo é de +4,4 para um intervalo de confiança de 95%.