quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

DESPEDIMENTOS NA GROUNDFORCE EM FARO: MARCHA-ATRÁS PARA CORRIGIR MÁ-FÉ E FALTA DE IMPARCIALIDADE - CFC


"O que tem acontecido confirma que a pressão autárquica era fundamental e que o Presidente, PSD e PS tornaram-se corresponsáveis pela dramática situação, ao boicotarem a luta que CFC propôs", afirma, em nota de imprensa que transcrevemos na íntegra, o movimento Cidadãos com Faro no Coração (CFC), liderado pelo ex-presidente da Câmara de Faro, José Vitorino.
"O Movimento Autárquico Independente CFC tem continuado a acompanhar com grande preocupação a situação dos trabalhadores da Groundforce despedidos em Faro, sendo solidário com o seu estado de ansiedade e revolta. Por razões de má-fé e falta de imparcialidade, CFC vem apelar a que o poder público faça marcha-atrás.
Em declarações feitas na Assembleia da República, o Ministro dos Transportes afirmou que não haveria despedimentos coletivos nas empresas públicas dos transportes e que os ajustamentos de pessoal seriam feitos em diálogo com os Sindicatos. Segundo CFC, quando são necessárias reestruturações é assim que se deve fazer sempre.
Porém, a postura correta que o Governo revelou agora vem confirmar o que CFC sempre disse sobre o despedimento coletivo dos 336 trabalhadores da Groundforce em Faro (empresa detida a 100% pela TAP/Estado): foi um ato bárbaro e com atentado à dignidade, num processo viciado, de má-fé, duvidoso na sua legalidade e com desrespeito pelo princípio constitucional da imparcialidade. CFC pergunta: fazem-se reestruturações sem despedimentos coletivos nas outras empresas públicas (bem) e houve despedimento coletivo na Groundforce (mal)?
Não há seriedade nem coerência do Governo, sendo legítimo exigir e apelar à marcha-atrás na Groundforce, com início de negociações no âmbito de uma reestruturação global da empresa.
O que o poder público fez em Faro foi um golpe sujo e desonesto: num conluio entre Groundforce/TAP/Ministérios do Trabalho e dos Transportes, esvaziaram a Groundforce de contratos e fecharam a Escala de Faro, como se o Aeroporto tivesse encerrado. Depois, de forma "sinistra", seguiram uma estratégia de isolamento dos trabalhadores de Faro que fizeram de vítimas, com pressão e medo sobre os restantes da empresa para os desmobilizar de formas de luta mais duras.
Os fatos revelam que a pressão dos partidos na Assembleia da República tem sido quase nula e os candidatos presidenciais, uns nem ligaram e outros esqueceram o assunto no período de campanha eleitoral.
Conforme propostas CFC, isto confirma que pressão a sério apenas os órgãos autárquicos em Faro a poderiam fazer mas, por razões de má politica, o Presidente, PSD e PS boicotaram o processo e tornaram-se corresponsáveis pela dramática situação", conclui o documento CFC.