segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Taxas de equipamento automóvel das famílias europeias próximas da saturação


Os dados mais recentes sobre o mercado automóvel revelados pelo Observador Cetelem indicam que as taxas de automobilização na Europa estão a diminuir entre as novas gerações, o que leva à saturação das taxas de equipamento automóvel das famílias. Desde o início da década de 2000, a percentagem de famílias que possuem um ou mais automóveis quase parou de aumentar na Alemanha, Itália e Bélgica e só os países que apresentam um atraso significativo na taxa de automobilização como Espanha, Portugal e Polónia continuam a progredir.
Em Portugal a taxa de automobilização das famílias é de 72%, o segundo entre os países analisados a apresentar a taxa menor. No entanto, o seu crescimento foi idêntico em pontos percentuais ao de França e Reino Unido, cerca de +3%p.p.. A Polónia é dos países em que a taxa de automobilização das famílias é mais baixa, 53%, enquanto a média europeia ronda os 75%. Já Espanha foi dos países que apresenta o maior aumento entre os países europeus, 7% (passou de uma taxa de 71% para 78%). Na Alemanha esta taxa não registou qualquer tipo de evolução e na Bélgica e na Itália o aumento foi mínimo, 1%.
Até há muito pouco tempo, a renovação das gerações produzia um efeito positivo no equipamento automóvel. Às últimas gerações não automobilistas apareciam as gerações contemporâneas, as da banalização do automóvel, altamente automobilizadas e multi-automobilizadas. Actualmente, estes efeitos de grupo no aumento da automobilização estão a chegar ao fim e o Observador Cetelem constatou, através dos últimos inquéritos, que as taxas de automobilização estão a diminuir entre as novas gerações.
«Mais urbanas e dispondo de muitas alternativas de transporte, as gerações mais novas parecem ter uma perspectiva diferente em relação ao automóvel. As dinâmicas dos parques automóveis e das vendas, no futuro dependerão essencialmente de três tipos de tendências: as gerações futuras irão adquirir menos automóveis, irão adquirir o seu automóvel mais tarde, ou então verificar-se-ão as duas situações.» afirma Conceição Caldeira da Silva, Responsável pelo Observador Cetelem.
As análises económicas e de mercado, bem como as previsões, foram realizadas em colaboração com o Instituto de estudos e de consultadoria BIPE (www.bipe.com). Os inquéritos aos consumidores foram conduzidos pela TNS em Julho de 2010. No total foram inquiridos 4.800 europeus, divididos em sub populações representativas dos grupos etários de cada país, num novo perímetro do estudo, que é agora constituído por oito países. Pela primeira vez nesta edição, a Bélgica e a Polónia vieram alargar o perímetro de estudo, juntando-se à Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Itália e Portugal.