“Manuel Cabanas e os Intelectuais e Artistas do seu Tempo” é uma exposição através da qual ficamos a conhecer uma plêiade de personalidades que influenciaram a vida deste insigne algarvio. Pessoas que conviveram directamente com ele, ou que simplesmente foram referências na sua formação como homem informado e culto.
Em muitas delas encontramos o gosto pela arte, a defesa do Republicanismo, a busca das liberdades fundamentais, o gosto pela história, pelo jornalismo, a maçonaria mas, principalmente, um humanismo, um espírito de tolerância e um desejo de saber que os torna diferentes e grandes exemplos para os dias que correm.
Manuel Cabanas (11 de Fevereiro de 1902 – 25 de Maio de 1995) foi uma figura de excepção a todos os títulos. Um homem de bem, impoluto e de uma seriedade irrepreensível, de boa e recta consciência, de um só rosto e uma só palavra, de incomparável generosidade que a todos fascinou.
Este algarvio de pensamento livre, de Vila Nova de Cacela /VRSA, antifascista, republicano convicto lutou pelas liberdades fundamentais dos portugueses. Lidou com as figuras mais relevantes do cenário cultural e político de Portugal. Artista de eleição dedicou-se à técnica da encadernação e à xilogravura, através da qual produziu uma obra notável; Filantropo auxiliou sempre que pôde aqueles que necessitavam. Jornalista colaborou com muitos periódicos nacionais. Historiador, por convicção e grande empenho, escreveu artigos principalmente sobre o concelho que o viu nascer.
No âmbito da exposição “Manuel Cabanas e os Intelectuais e Artistas do seu Tempo”, dia 27 de Maio, às 21h30, no Auditório da Biblioteca Municipal, haverá uma tertúlia sobre a vida e a obra desta figura incontornável da história do século XX portuguesa.
“Tudo sacrifiquei à minha modesta mensagem espiritual no intuito de realizar alguma coisa que se prolongasse para além da minha vida”.
Manuel Cabanas
