terça-feira, 11 de janeiro de 2011

PS-Tavira promoveu almoço de Ano Novo: A REGIONALIZAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA PORTUGAL


DEPUTADO ANTÓNIO JOSÉ SEGURO FOI O CONVIDADO DE HONRA

MIGUEL FREITAS DEIXOU ALGUNS RECADOS

JORGE BOTELHO NA SUA INTERVENÇÃO

ASSISTÊNCIA INTERESSADA
No passado domingo, 9 de Janeiro, a Comissão Concelhia do P.S. organizou, num hotel da cidade, um almoço de Ano Novo, no qual estiveram presentes, António José Seguro, Deputado na Assembleia da República e Presidente da Comissão Parlamentar dos Assuntos Económicos, Inovação e Energia, Miguel Freitas, Deputado e Presidente da Distrital, Jovita Ladeira, Deputada, representantes das Concelhias de Castro Marim, Vila Real de Santo António, Olhão, Faro, Loulé, S. Brás de Alportel e Albufeira, ex-autarcas de Tavira, Fialho Anastácio e Jacinto Rodrigues e cerca de centena e meia de militantes e apoiantes.
Miguel Freitas, começou por referir a presença do dirigente nacional, na região “o que é bem preciso”, prosseguindo com a alusão “a vitória saborosa do PS nas últimas eleições autárquicas. Isso deve-se ao trabalho e militância daqueles que trabalham nesta concelhia. É quando ganhamos que temos de ter a grandeza de perceber quanto importante é manter um partido novo, unido em volta de uma liderança. Estamos em tempo de muitas dificuldades no País, na Região e também em cada um dos concelhos. Temos de estar conscientes de que temos de reagir. Ser autarca hoje é preciso ter uma grande resistência, ter a noção exacta daquilo que são as suas responsabilidades”.
O dirigente algarvio, chamou a atenção para a descentralização para as autarquias de alguns Serviços e para a situação de “endividamento quase insuportável. Temos de reflectir sobre o processo de descentralização em Portugal. Hoje, os Serviços, têm cada vez menos capacidade de resposta, porque têm menos dinheiro e pessoas, para as necessidades”.
 
A REGIONALIZAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA PORTUGAL
 
- Não apenas para responder à eficácia do Estado Central, mas também para ajudar a resolver o problema das autarquias. Vamos ter a revisão constitucional e o pior seria se a não tivéssemos. A mensagem que temos de deixar a todos os Partidos, mas particularmente ao PS é a necessidade que essa Revisão Constitucional, tem para avançar. Aquilo que a Constituição impõe relativamente à regionalização não faz sentido. É preciso alterar o texto. Temos de dizer que a obrigatoriedade do Referendo não faz sentido. Só com a regionalização seremos capazes de voltar a crescer de forma consistente, com um novo modelo de coesão Nacional. Combater o desemprego e a crise social.
A mensagem que podemos deixar aos grandes Partidos – PS e PSD – é que se entendam para que se possa avançar com esta Revisão Constitucional. Na região temos o modelo de desenvolvimento quase esgotado. Não podemos pensar que os outros vão fazer por nós. Temos de ser nós a fazer. Vivemos essencialmente do turismo, mas até nisso temos de criar novos caminhos, para trazer mais gente e com mais possibilidades de gastar dinheiro nesta região.
Temos de potenciar os nossos pescadores e agricultores, mas também nos novos investimentos que ai vem, na metalomecânica, nas energias alternativas. Temos tanta coisa para fazer, mas temos de ser nós Algarvios a fazer. Precisamos de todos. Precisamos da regionalização e de autarquias fortes.
Jorge Botelho, Presidente do Município e da Concelhia de Tavira, começou por referir a presença dos ex-autarcas e candidatos “que não ganharam”, prosseguindo: “Ganhamos as eleições porque muita gente trabalhou para isso. Militantes e independentes que nos acompanharam e que apostaram em que éramos capazes de ganhar o que devemos agradecer. Em 2006 escolhemos uma linha. Aqui falamos nós e não interessa quem assim não quer e vencemos em 2009. Apostamos nalgumas ideias que estão no nosso programa e que é para fazer durante quatro anos e ninguém de bom censo pensa que vamos fazer no primeiro ano.
Quando tomamos posse em Outubro de 2009, ninguém nos entregou nada. Tivemos de ir à procura dos processos e isso deu trabalho e vamos conseguir realizá-los”.
Botelho, falou das alterações que houveram, no tocante a festas, como a Passagem de Ano, com fogo de artifício, o carnaval, o Verão “que trouxeram muita gente a Tavira. “Tavira, como terra do centro do Sotavento do Algarve, muitas vezes ficou esquecida, continuar a afirmar-se, como destino privilegiado”.
O Autarca falou de algumas obras já em curso, como a estrada de ligação a Santa Luzia, “em que as pessoas falavam, falavam, mas a obra não aprecia. Começamos a estrada de ligação entre Cachopo e Santa Catarina da Fonte do Bispo. Resolvemos as obras do edifício do BNU, catorze anos em obra e vai ser inaugurado pela Páscoa”. Prosseguiu enumerando outras obras, como a da Igreja das Ondas, a iniciar em breve, do projecto do Porto de Pesca que dura há vinte anos e “a Marginal de Cabanas, fomos nós que a acabamos”.
Mencionou as finanças da autarquia, no retraimento do investimento público e privado. Das urbanizações que ainda não saíram para a rua. Do endividamento e gestão financeira para regularizar a situação. “Tavira é a terra que nos próximos dez anos maior salto irá dar em termos de desenvolvimento. Porque o que os tavirenses querem ter, é oportunidades de investimento e de oportunidades para criar postos de trabalho, ideias claras e credíveis, contas arrumadas, sem entrar em loucuras, com as coisas a acontecerem no terreno. Falar menos e fazer mais”.
A finalizar não se esqueceu de lembrar a continuação da traça das linhas arquitectónicas da cidade “mas olhar também para o mar, para as actividades náuticas que podem gerar riqueza”.
António José Seguro, iniciou referindo que a gestão de Jorge Botelho se tem centrado nas pessoas. Recordou a luta de vinte anos para a construção do Porto de Pesca de Tavira “que não visa só a melhoria das condições de trabalho dos pescadores, mas também atrair turismo de qualidade a este concelho, em competição normal com os concelhos vizinhos. Isso é positivo. Trás riqueza. Só com investimento e riqueza se pode gerar emprego, para esta região”.
Mas nem tudo são boas notícias, prosseguiu: “Entramos neste ano de 2011 numa situação de grande dificuldade Nacional em que são pedidos sacrifícios a todos nós. Ninguém pode ficar de fora. Seria completamente errado se o sacrifício que temos andado a pedir aos portugueses caísse em saco roto. Se os portugueses que estão prontos a fazer sacrifícios não sentissem que a curto ou médio prazo, esses sacrifícios levarão a viver uma vida melhor. Pode não ser para nós, mas tem de ser para as próximas gerações de portugueses, para os nossos filhos. Nós não nos identificamos com a política do corte. Se crescermos economicamente teremos riqueza o que pode gerar emprego de qualidade sustentável.
Nós temos andado a viver há décadas a crédito. Temos andado a gastar o que não temos e temos andado a pedir emprestado aos nossos filhos e netos. Isto não é justo. Nenhuma geração tem o direito de delapidar os recursos futuros. Se continuarmos a gastar o que não temos, então temos de trabalhar muito mais. Nós temos de deixar de viver a crédito. Temos de ser mais solidários com as próximas gerações”.
 
Geraldo de Jesus