segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Num ano de campanha: Conhecimento sobre Aneurisma da Aorta duplica junto da população portuguesa em risco



Dr. Mota Capitão (Presidente da SPCCTV); Dr. João Albuquerque e Castro (Coordenador Nacional da Campanha AORTA É VIDA) e Dr. Rui Almeida (Presidente da SPACV)


Notoriedade do Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA) quase duplicou no espaço de um ano

· Factores de risco do AAA são reconhecidos pelo dobro da população

· Mais de 60 por cento dos homens com mais de 65 anos gostaria de fazer parte de um programa de rastreio

Um ano após o lançamento da campanha AORTA É VIDA, os Portugueses estão mais informados sobre o aneurisma da aorta abdominal (AAA), a doença que dá mote a esta iniciativa nacional.
Segundo os resultados do inquérito nacional hoje divulgado pela Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV) e Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular (SPCCTV), com o apoio da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral (APMCG), a notoriedade do AAA duplicou no espaço de um ano. Em 2009, um estudo nacional demonstrava que apenas 13,3 por cento dos Portugueses conheciam a doença e actualmente mais de 31 por cento da população de risco (homens com 65 anos ou mais) têm conhecimento relativamente ao aneurisma da aorta.
Também no que toca a factores de risco, existe uma maior informação. A avaliação demonstra que um maior número de inquiridos reconhece os factores de risco associados ao desenvolvimento do aneurisma da aorta (19,3%), mais 8,6% em relação ao estudo anterior: ser homem, fumador ou ex-fumador, com mais de 65 anos, ter história familiar de aneurisma aórtico, com hipertensão, doença cardiovascular ou colesterol elevado.
A ruptura de um AAA é fatal em 80 por cento dos casos, pelo que o diagnóstico precoce pode salvar vidas. Nesse sentido, a investigação efectuada indica que 61,3 por cento dos homens com mais de 65 anos (mais 17,3% que no ano anterior) gostava de fazer parte de um programa de rastreio do aneurisma da aorta abdominal. No entanto, “ainda não existe em Portugal um programa de rastreio gratuito que permita diagnosticar antecipadamente os aneurismas da aorta, apesar de se efectuar com uma simples ecografia abdominal”, esclarece o cirurgião vascular e Coordenador Nacional da Campanha AORTA É VIDA, Dr. João Albuquerque e Castro.
Perante estes resultados, que comprovam a necessidade de intervenção junto dos portugueses, em particular dos homens com mais de 65 anos, será dada continuidade à campanha AORTA É VIDA, de forma a informar todos os públicos envolvidos no processo de diagnóstico da doença, como os cirurgiões vasculares, médicos de família, radiologistas e técnicos de imagiologia.
O Coordenador Nacional da Campanha Aorta é Vida adianta ainda que “já está disponível uma Petição para a institucionalização do Dia Nacional do Aneurisma da Aorta Abdominal, como forma de alargar o âmbito de divulgação desta doença”. Os interessados podem desde já assinar esta petição através da página de internet: www.aortaevida.com.