sábado, 11 de setembro de 2010
Loulé: INAUGURAÇÃO DA ESCOLA EB1/JI DE BENAFIM
Entrou hoje em funcionamento mais um estabelecimento de ensino no interior do Concelho de Loulé. Após as obras de recuperação e ampliação, a Escola EB1/JI de Benafim voltou a abrir portas, com melhores condições para toda a comunidade escolar desta freguesia.
A intervenção neste estabelecimento de ensino passou pela remodelação e ampliação do edifício existente e criação de um novo módulo, passando agora a acolher uma sala do pré-escolar (25 alunos) e duas na vertente de 1º ciclo (35 alunos). Um refeitório, um polivalente, um parque infantil, arrumos e sanitários são alguns dos equipamentos existentes nesta escola.
Em termos arquitectónicos, a empreitada manteve a traça do edifício original, que aqui coexiste agora com um espaço moderno. Tal como referiu Eduardo Dias, director adjunto da Direcção Regional de Educação, trata-se de uma “concepção arquitectónica bastante feliz, com uma escola adequada à realidade local, em que o edifício original não está descaracterizado, pelo contrário, está reabilitado, e corresponde às necessidades educativas dos dias de hoje”.
A obra teve um investimento de 365 mil euros e enquadra-se no forte investimento municipal realizado de há três mandatos a esta parte. “Desde o início do nosso primeiro mandato foram renovadas, recuperadas ou construídas 24 escolas, no valor total que ascende a 27 milhões de euros. Tem sido uma autêntica revolução em termos de instalações, apoio no transporte, na alimentação, do acompanhamento feito pelos técnicos da área da educação da Câmara Municipal de Loulé”, frisou o edil, Seruca Emídio.
Graças a este esforço do Município, o director adjunto da Educação sublinhou nesta ocasião o facto de Loulé ser “um paradigma no Algarve daquilo que é a acção educativa de uma Câmara, substituindo-se inúmeras vezes ao poder central para responder às necessidades das populações”.
Considerando a aposta na dotação em termos de equipamentos educativos na faixa interior do Concelho, Seruca Emídio foi peremptório ao afirmar que “hoje existem melhores escolas no interior do Concelho do que no litoral, resultado também do aumento do número de alunos no litoral”.
Quanto a este estabelecimento de ensino, cuja obra teve alguns atrasos em virtude da falência do empreiteiro, o autarca deixou o desejo que “os meios agora ao dispor da comunidade escolar sejam bem aproveitados”. Até porque, na opinião do responsável máximo da Câmara Municipal, “numa Europa cada vez mais competitiva, no futuro o que nos pode salvaguardar e diferenciar é a preparação dos nossos jovens para o mundo do trabalho”
A melhor escola do agrupamento de Salir
O responsável pelo agrupamento de escolas de Salir, onde se integra também Benafim, Júlio de Sousa, realçou o facto de “esta ser a escola com melhores condições de ensino e de aprendizagem ao nível do agrupamento de Salir”.
Este responsável educativo adiantou que a segurança dos alunos será a grande prioridade para esta infra-estrutura. “Iremos desenvolver todas as acções para que este objectivo seja atingido”, assegurou.
Quanto aos projectos previstos já para este ano lectivo, Júlio de Sousa falou da Escola Activa, que terá a participação dos alunos do pré-escolar, através da deslocação de um professor da Escola de Salir ao local, em sistema rotativo (Benafim, Salir e Tôr).
Já os alunos do 3º ano irão beneficiar de aulas de apoio à Língua Portuguesa e de Matemática, com a deslocação de dois professores por todas as salas de Alte, Benafim, Salir e Tôr, no âmbito do Projecto Fénix do Programa Mais Sucesso Escolar.
Por último, Júlio de Sousa quis deixar uma palavra aos “muitos filhos ilustres de Benafim e que poderão ser um exemplo a seguir por estes jovens”. Assim, relembrou José Eusébio, natural de Benafim que, em 1929, comprou uma viatura de 19 lugares e pô-la ao serviço do povo, inaugurando a primeira carreira entre Benafim, Salir e Loulé. “Com esta iniciativa este homem foi um grande impulsionador do desenvolvimento desta terra e das carreiras rodoviárias do interior do Concelho de Loulé. Curiosamente, passados uns anos, vendeu a sua viatura a uma empresa que todos conhecemos - a EVA. O nome deste homem merece ser perpetuado nesta terra, um desafio que faço ao executivo e aos responsável da Câmara e da Junta, para que o seu exemplo possa frutificar”, concluiu.