quinta-feira, 8 de setembro de 2011
INVOCAÇÕES MARIANAS EM TAVIRA - Um livro dos irmãos, Luís e Rui Terremoto dos Santos
Na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos foi apresentado o livro Invocações Marianas em Tavira, da autoria dos irmãos Luís e Rui Terremoto dos Santos, com edição da Câmara Municipal de Tavira.
Fizeram a apresentação dos autores e do livro, o Pe. Dr. David Sequeira e Luís Horta. O prelado, recordou que as Invocações Marianas em Tavira, como os irmãos Terremoto dizem no livro, remontam ao final do século XIX. O amor a Maria. Quando vim para Tavira ainda havia uns resquícios do mês de Maria que procurei enriquecer e dar mais vida. Enchia-se a Igreja. Os tempos vão-se mudando mas o bom senso deve existir sempre. Hoje, a minha experiência do que vai por esse Algarve fora, diz-me que os Padres perderam a Fé. Sobretudo perderam o sentido espiritual e perderam o gosto pela oração. Não rezam o Terço, mandam rezar. Os Terremotos fazem aqui referência”.
Luís Horta, fundador e ex-director do Jornal do Sotavento “para muitos de boa memória já tinha iniciado a descoberta da história local quando dois jovens, eram irmãos e ainda por cima gémeos – o Luís e o Rui - apareceram com um texto para publicação. Faziam parte então, da equipa de equitetagem e expedição do jornal. Fora o Reverendo David Sequeira que lhes lançara o desafio para escreverem o seu primeiro artigo. Eles aceitaram. Estes dois irmãos trabalharam sempre em equipa. Estavam ainda no Secundário. Incentivámo-los e passaram a fazer parte dos colaboradores do jornal, devidamente identificados na ficha técnica.
Foram estudar para Évora e continuaram a trazer temas relativos ao património religioso ou não religioso. Por volta do ano 2000 chegaram com a série de artigos que intitularam Invocações Marianas em Tavira. Série que motivou o interesse dos leitores e que depois de correcções e aditamentos resultou na publicação do livro com idêntico título que ora se apresenta.
Este livro está à altura da verdade histórica que ele procura porque as Invocações Marianas em Tavira existiram. São histórias. São verdades. Isto bastaria para determinar o interesse neste livro mas os autores vão mais longe pois trouxeram aqui muito de investigação. Muito de rigor e uma criteriosa forma de apresentar o seu resultado o que permite dar-nos exaustivamente uma ideia do papel da religião cristã na importância histórica em Tavira e são pois, elementos mais que suficientes para o reconhecermos como um excelente trabalho”.
Luís Terremoto dos Santos, referiu ao POSTAL ter sido um estudo que elaboraram para o Jornal do Sotavento no período de 2000 até meados de 2001 e que a Câmara Municipal de Tavira havia resolvido editar “o que nos trouxe imensa alegria e que muito agradecemos”.
- O vídeo de apresentação do livro prendeu as pessoas. Vocês têm outros trabalhos, julgo, que na Igreja de Santa Maria.
- Sim. A convite do Dr. David Sequeira, na altura Pároco de Santiago, organizamos a exposição temporária que depois resultou no museu que pode ser visitado na Igreja de Santa Maria, com as peças únicas das várias Igrejas de Tavira. Foi um trabalho de recolha, de inventariação e depois exposição.
- Vocês como bons gémeos que são trabalham sempre em equipa. Porquê?
- Como já foi dito na apresentação, o trabalho de equipa é sempre valorizado porque há sempre falhas colmatadas com duas cabeças a pensar e as ideias surgem e é necessário depois concretizá-las. O trabalho em equipa resulta em mais eficiência.
- Pensam publicar mais alguma obra ou acrescentar novos elementos a esta?
- Um livro é sempre um trabalho inacabado. Portanto, pode ser contemplado com outra investigação mais profunda. Nós limitámo-nos aos nossos textos no J. S., embora com aditamentos e correcções, mas é possível que venhamos a propor à Câmara Municipal de Tavira a publicação de outros trabalhos que têm a ver com a recolha que fizemos sobretudo do património religioso de Tavira.
- Património que nunca mais tem fim e que está tão escondido.
- Está escondido porque falta talvez, não tanto a divulgação, mas mais a sua qualificação e protecção, devido aos constantes assaltos e roubos de que os templos de Tavira têm sido alvo.
Geraldo de Jesus