"A opção na ligação à Via do Infante tem de ser a nascente, exigindo-se forte luta contra o poder central e fim do "conluio e conivente silêncio"entre o Engº Macário Correia e o PS", critica o Movimento Autárquico Independente CFC, liderado pelo ex-edil farense José Vitorino, através de nota de imprensa, que transcrevemos na íntegra, acrescentando: "CFC sempre tem acompanhado o processo da ligação de Faro à Via do Infante e vem denunciar a intenção do Governo, com o silêncio conivente da Câmara, avançar com o traçado que destrói os ricos terrenos da Campina".
"Para o CFC, sendo o aumento da produção agrícola condição da sobrevivência nacional, é criminoso fazer uma "plantação" de tapete betuminoso e aterros em solos que são dos melhores do país, quando há uma alternativa a nascente com muito menores prejuízos. Além da morte dos solos e quebra na produção, acrescem os riscos de cheias para moradores, instalações e culturas.
A definição do traçado da ligação de Faro à Via do Infante, sempre foi pouco transparente e muito contestada, por algumas forças e através do importante trabalho da Comissão que representa os agricultores. Porque já passaram dez anos com profundas mudanças no Concelho, na região e no país, o processo deve ser reaberto. A opção a fazer é pelo traçado na zona a nascente da EN 2, por ser o melhor.
Para isso, é indispensável uma luta forte contra o poder central pela Câmara, em vez do "conluio e conivente silêncio" entre o Engº Macário Correia e o PS.
É urgente uma ligação digna entre Faro e a Via do Infante, mas sem sacrifício dos solos da Campina. No entanto, as ultimas informações apontam para o caminho errado: querem excluir o traçado nascente e implantar a estrada numa zona repartida pela EN 2 (com rotundas) e pela zona a poente, causando graves prejuízos à agricultura.
O CFC sempre lutou pelo traçado a nascente e fez duras criticas à conduta do anterior executivo e ao atual Presidente da Câmara. De fato, o Engº Macário Correia, tal como aconteceu com as portagens em que deu o dito por não dito, neste caso joga em dois tabuleiros: por um lado, tem iludido os agricultores dando a ideia de que vai resolver; por outro, ninguém nunca lhe ouviu uma palavra forte contra o Terreiro do Paço.
A situação ainda é agravada porque o Engº Macário Correia e o PS recusaram discutir e votar na Assembleia Municipal recomendações contra novas urbanizações e outras medidas para defesa da Campina, chegando ao ponto de considerarem que a Campina já não tem uma importância fundamental.
É essencial defender a Campina, pelo que o CFC apela ao Presidente e à Câmara para porem fim ao silêncio e darem a cara por esta luta", conclui o documento.