Esta peça de teatro, com base num texto escrito e apresentado publicamente, pela primeira vez, em 1995, surge como um pretexto para expor as relações de amor e morte entre mulheres e homens, filhos e bastardos, príncipes e princesas, segredos e mentiras, inveja e mau olhado, o quebrante e o aquebrantado, o poder e o já não poder mais. Tudo isto visto aos olhos de uma velha, vivida, que na rotina diária de um horrível quotidiano lá continua a descascar ervilhas.
A encenação procura revelar a teatralidade dessas relações. Os figurinos não são inocentes. Também não o são as personagens. Revisitado o texto, amadureceu-se a narrativa mas manteve-se o conceito do espectáculo que, na altura, esteve em cena durante quatro anos. O resultado é uma divertida comédia, com momentos de tensão, em que o público revendo-se em uma ou outra situação acaba por rir de si próprio e, já agora, dos outros.
Com texto, encenação e figurinos de João Evaristo, cenografia e responsabilidade técnica de Sousa, adereços de Joaquim Parra e operações técnicas de Zeta Duarte, “E a Velha lá Continuava a Descascar Ervilhas” conta com as interpretações de Billy Guerreiro, Henrique Dias, Joaquim Parra, João Evaristo, Marta Vargas, Nicole Lissy, Paulo Moreira (Voz Off); Sabrina Ildefonso e Paulo Martins.
