segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PS Algarve considera que níveis de abstenção nas Presidenciais 2011 exigem reflexão política


PESCADORES, MAIS E MENOS JOVENS, DO NÚCLEO DOS HANGARES NÃO FALTARAM AO DEVER CÍVICO


APESAR DO FRIO INTENSO QUE SE FEZ SENTIR A COMUNIDADE PISCATÓRIA CULATRENSE, ESPECIALMENTE OS MAIS IDOSOS, NÃO FALTOU NA URNNA DE VOTO

OS MEMBROS DA MESA DE VOTO CULATRENSE TAMBÉM TIVERAM PROBLEMAS COM A IDENTIFICAÇÃO DOS ELEITORES ATRAVÉS DO CARTÃO DO CIDADÃO

TAMBÉM NA CULATRA OS IDOSOS FORMARAM O GROSSO DA COLUNA DOS VOTANTES
O Presidente do PS Algarve, Miguel Freitas, considerou hoje que os níveis de abstenção registados nas Eleições Presidenciais 2011, exigem uma reflexão política, particularmente no que diz respeito à região algarvia, onde o número de eleitores que se deslocaram às urnas diminuiu de forma significativa relativamente às Presidenciais de 2006 (menos 16.01% de votantes).
“Neste quadro de reflexão é necessário perceber, não só as razões para a fraca participação dos portugueses num acto eleitoral importante como o de ontem, como também o voto em branco - que foi bastante elevado, e também o voto consciente nos candidatos que se apresentaram contra o sistema”, sustenta Miguel Freitas, salientando a propósito que a abstenção registada ontem no País, e em particular no Algarve, será a principal questão a ser avaliada na Comissão Política da Federação, a realizar na próxima sexta-feira, para análise dos resultados eleitorais.
“A altíssima abstenção, que no Algarve foi superior à média nacional, merece uma leitura, porque fragiliza o sistema político e cria, na região, uma situação que deve ser reflectida por todos”, sustenta o líder socialista, para sublinhar que, perante o escrutínio de ontem, há sobretudo que avaliar se, o que está em causa, é um eventual “desencanto generalizado dos portugueses face aos sistema político”.
Considerando que a reeleição de Cavaco Silva, “não constituiu surpresa”, o Presidente do PS Algarve reconhece que os resultados alcançados pelo candidato apoiado pelo seu Partido, Manuel Alegre, ficaram abaixo das expectativas, mas não merecem uma leitura diferente na região relativamente ao resto do País. Miguel Freitas sublinha que o número de votos obtidos pelos candidatos apoiados por Partidos e sobretudo a baixa votação para a reeleição de Cavaco Silva constitui também matéria que merece leitura atenta por parte dos partidos políticos.
A concluir o líder socialista defende que, após o acto eleitoral, chegou o momento para um novo entendimento entre o Governo e o Presidente da República.
“O que se espera agora é que se retome a cooperação institucional entre o Presidente da República e o Governo nas questões essenciais para que o País consiga ultrapassar a situação actual e seguir em frente. Esta é a grande preocupação e para isso é necessário assegurar estabilidade, cuja principal responsabilidade está do lado de Cavaco Silva”, defende Miguel Freitas.