quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

MORREU O FARENSE QUE ERA "SÓ PRETO E BRANCO"


Joaquim Sequeira, que aos 60 anos de idade tinha regressado aos "leões" de Faro no início desta temporada, para treinar a equipa do SC Farense, que milita na II Divisão Nacional (13º), Zona Sul, foi encontrado esta manhã já sem vida em sua casa, segundo fontes próximas do emblema da capital algarvia, vítima de doênça súbita.
Joaquim Sequeira, que foi adjunto de Paco Fortes nos anos 90, na I Divisão, além de responsável técnico de outos emblemas algarvios, como o Silves e Padernense, que conseguiu subir à III Divisão Nacional, antes de enveredar pela carreira de treinador jogou no SC Farense, na década de 70, na I Divisão.
A notícia caíu em Faro que nem uma "bomba". Morreu o farense que se gabava de ser "só preto e branco", quando confrotado com associados que dividiam a sua simpatia por mais de um clube.
O farensismo de Joaquim Sequeira ficou ainda conhecido por ter afirmado a um árbitro da I Divisão, em pleno jogo do seu SC Farense: "sr. árbitro, o senhor é grande mas não é grande coisa", tudo porque a arbitragem, na opinião de Sequeira, estaria a prejudicar o Farense.
Homem frontal e amigo do seu amigo, Joaquim Sequeira, que eu tive a enorme honra de ter conhecido e lidado muito de perto durante muitos anos, não só na minha condição de jornalista, mas também como farense, é mais um farense que, a mim e a muitos farenses, deixa muitas saudades.
Quantas tardes e noites que eu, o saudoso José Mealha e o Bernardino Martins passámos com o Sequeira no Farense e, sobretudo, na sede do Futebol Clube S. Luís, discutindo o futebol formação e o futuro dos dois clubes, muito mais promissor, considerávamos (e ainda considero), se os dois emblemas cumprissem um acordo que ainda chegou a ser assinado, para aproveitamento mútuo dos jovens das respectivas escolas, que continuam a perder-se para o futebol, na sua maioria, de forma inglória.
Á família enlutada apresento as minhas mais sentidas condolências.
Manuel Luís