Teixeira Gomes era a claridade num cenário sombrio. Na peça, o jogo de luzes tornar-se essencial. Mas também a apresentação das personagens: a preto e branco, como se fossem fotos vivas. Apenas Manuel Teixeira Gomes terá cor, sobressaindo do conjunto do estúdio fotográfico criado para contar as suas histórias.
Cada foto “tirada” no decorrer da peça traduz um tempo de narrativa do protagonista: da primeira infância, desde o nascimento em Vila Nova de Portimão ao fim da vida, em Bougie, na Argélia. Em cada um desses tempos renovam-se as personagens em cena: grupos atrás de grupos que contarão pedaços de uma história que sendo a de Teixeira Gomes é a história do seu imaginário e um pouco da nossa história enquanto povo.
Uma peça de retratos para um retrato do homem... Em contracena – para um grupo de oito actores – estarão personagens da República à Palavra, de Sabina Freire a João de Deus, de Soares dos Reis, a Fialho de Almeida, Mulheres Amadas, Opositores políticos, ou Salazar.
Uma peça com a duração aproximada de sessenta minutos, ao longo dos quais revemos uma grande figura histórica – com a possibilidade simultânea de nos revermos nas emoções que nos percorrem e que por vezes insuspeitamos.
Este espectáculo conta com a participação dos actores Bruno Martins, Carlos Pereira, Elisabete Martins, Glória Fernandes, Luís de A. Miranda, Pedro Mendes e Tânia Silva, da bailarina Ana Filipa Antunes e do músico José Alegre. A coreografia ficou a cargo de Evegueni Beliaev, os figurinos são de Sónia Benite e Ana Rita Fernandes a execução cenográfica é de Tó Quintas, as imagens e o vídeo de Marco Mártires, desenho e operação de Luz de Octávio Oliveira, sonoplastia e operação de som de Pedro Leote Mendes, produção executiva de Elisabete Martins, comunicação de Cristina Braga, secretariado de António Marques e direcção de produção de Luís Vicente.
