Candidato a Presidente da JSD/Algarve, Bruno Inácio
Da esquerda para a direita: Carlos Gouveia Martins, candidato a vice-presidente, Jorge Vicente, mandatário distrital, Bruno Inácio, candidato a presidente, João Silva, candidato a vice-presidente e Inês Cabrita, candidata a vice-presidente.
Jorge Vicente, Presidente da J.F. Ferreiras (Albufeira) é o Mandatário Distrital
Teve lugar, no dia 21 de Outubro, a apresentação da candidatura “Atitude & Confiança” liderada por Bruno Inácio, à JSD/Algarve.
A estrutura que vai para eleições após a saída de Fábio Bota tem sufrágio marcado para o próximo dia 13 de Novembro e assistiu à apresentação deste candidato e da sua equipa na sede do PSD distrital em Faro, numa sala onde faltaram lugares para as dezenas que quiseram assistir à sessão.
Nesta sessão foram apresentados os candidatos a vice-presidentes da estrutura, João Silva (Albufeira), Inês Cabrita (Silves) e Carlos Gouveia Martins (Portimão). Foi ainda apresentado o mandatário distrital da candidatura, Jorge Vicente, um dos mais jovens Presidentes de Junta de Freguesia do Algarve e exemplo de dedicação pública em prol das populações. Jorge Vicente é aquilo a que Bruno Inácio chamou de “exemplo de um jovem que não sendo partidário faz política na sua forma mais nobre, numa junta de freguesia onde os problemas das populações estão mais próximos”.
Depois da apresentação do mandatário distrital e dos candidatos a vice-presidentes a sessão começou com a intervenção do Presidente demissionário da JSD/Algarve, Fábio Bota, que agradeceu a todos os bons anos de JSD que teve e enalteceu o papel da estrutura na região. Deixou palavras de incentivo para com esta candidatura e elogiou Bruno Inácio que considerou ser “a pessoa certa para liderar um novo projecto para a JSD/Algarve”.
Quem igualmente interveio foi o mandatário distrital da candidatura, Jorge Vicente, que agradeceu o convite que lhe foi dirigido e afirmou que era com muito gosto que aceitou o mesmo por considerar que se tratam de “pessoas válidas, com perfil e com capacidade para levar por diante um projecto credível em prol dos jovens no Algarve”. O mandatário referiu ainda que hoje as pessoas estão fartas de tricas partidárias e que querem que lhes seja dita a verdade. “Hoje vê-se um empurrar de responsabilidades entre os responsáveis políticos e as pessoas querem é que se encontre soluções para os seus problemas”, acrescentando que acreditava que esta “equipa que agora se apresenta tem qualidade para fazer a diferença”.
A intervenção final pertenceu ao candidato a Presidente da JSD/Algarve, Bruno Inácio, que fez uma análise do estado da região no que respeita à juventude e apresentou as razões da sua candidatura. Depois de agradecer a Fábio Bota e a Miguel Guerreiro (Presidente demissionário da Mesa do Plenário da JSD/Algarve) pelos anos que teve a trabalhar com eles, lançou igualmente palavras de agradecimento e elogio a Jorge Vicente, mandatário distrital da candidatura.
Numa alusão seu ao passado recente como dirigente da JSD/Algarve, Bruno Inácio referiu que “não quero me apresentar como melhor, nem como pior do que quem antes de mim esteve. Apenas quero garantir que serei diferente”.
O candidato apresentou as razões da sua candidatura e referiu que para além de ter uma visão muito clara daquilo que pretende para a região e de ter conseguido reunir um grupo de jovens com qualidade de intervenção política, está nesta candidatura porque quer “fazer politica com consequências”. De resto esta foi a tónica do seu discurso onde por várias vezes sublinhou a “necessidade de haver uma consequência das acções políticas das estruturas partidárias”.
Houve ainda a oportunidade para apresentar aquelas que são as prioridades para o seu mandato, caso seja eleito: habitação, emprego e educação. Segundo o candidato, nestas três áreas existem “graves problemas que os jovens algarvios sentem e que a JSD/Algarve têm o dever de colocar em discussão pública”. Na área da habitação falou daquilo que considera ser “o sufoco de uma geração altamente endividada, o que acaba por ser castrador da emancipação dos jovens”. Lançou criticas ao governo pela má gestão do programa Porta 65 (de incentivo ao arrendamento jovem) e criticou a falta de preocupação dos nossos governantes com este problema. Na área do emprego comentou aquele que considera ser “o maior drama dos jovens no Algarve, com a região a passar pela primeira vez na historia desde que existem estatísticas os 30 mil desempregados, com a maior taxa do país, cerca de 22%”. Voltou a criticar o governo por adiar sucessivamente obras públicas essenciais no Algarve que em muito poderiam ajudar a reverter esta situação desesperante. No que respeita a educação deixou vários avisos e chamadas de atenção. Referiu-se à recente nomeação de António Pina para provedor do aluno da Universidade do Algarve que considerou positiva mas alertou que “estaremos atentos à sua acção e esperamos que as pontes que pretendem ser criadas com os alunos sejam sólidas e de interesse comum”. Ainda sobre a universidade deixou palavras de preocupação para com a forma como o governo distribui o dinheiro pelas universidades e mostrou-se apreensivo quanto à situação financeira da Ualg. No que respeita ao ensino secundário, referiu que “o facto da primeira escola pública do Algarve aparecer na posição 69 dos rankings nacionais é a imagem do investimento que o governo faz na educação na região” e sublinhou ainda que “se não fossem as autarquias que têm investido milhões no parque escolar, a nossa melhor posição seria ainda pior”. Ainda sobre o tema mostrou preocupação sobre a forma como têm sido realizadas as transferências de competências nesta área, do Ministério da Educação para as autarquias, naquilo que chamou de “presente envenenado”.
Para finalizar abordou ainda os temas da inexistência de uma rede de transportes públicos na região e da luta de que pretende fazer parte pela regionalização. Finalizou referenciando duas questões muito concretas: a desorçamentação do IPJ no Algarve cuja actividade se encontra extremamente limitada e ainda o mesmo problema no que respeita à Direcção Regional de Cultura.
