quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Protecção Civil do Algarve trabalha em "rede consolidada" - considera Governadora Civil de Faro
“Estamos a trabalhar numa rede consolidada, que já atingiu a maturidade, mas é necessário prosseguir e aperfeiçoar cada vez mais este esforço, para conseguirmos dar a resposta mais adequada também a eventuais situações de emergência que surjam durante o Inverno”, disse hoje a Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, referindo-se aos bons resultados alcançados na região durante o períodode incêndios florestais.
Isilda Gomes, que falava durante a reunião ordinária da Comissão Distrital de Protecção Civil (CDPC), realçou o forte empenho de todos os agentes de Protecção Civil para o sucesso das acções de prevenção e de combate aos incêndios florestais, tendo sublinhado que este foi o segundo melhor ano da última década no Algarve.
“Conseguimos reduzir, em 36,6%, o número de ocorrências e em 89,6%, a área ardida na região, comparativamente a igual período do ano passado, o que traduz a eficácia operacional do trabalho em rede que estamos a desenvolver, com o importante envolvimento de todos os responsáveis distritais e municipais nesta área”, considerou a Governadora Civil.
De 1 de Janeiro a 26 de Setembro deste ano registaram-se no Algarve 345 ocorrências (menos 201 do que em 2009), designadamente cinco incêndios em áreas florestais, cinco em zonas agrícolas e 335 em espaços incultos. A área ardida durante o referido período foi de cerca de 184 hectares, ou seja, menos 1586 hectares do que em 2009.
Este ano a maior incidência de ocorrência verificou-se durante a fase ‘Charlie’, que termina hoje, com um total de 266 incêndios: quatro florestais, um agrícola e 261 em espaços incultos.
Na reunião, durante a qual foi feito o balanço das acções operacionais realizadas ao longo dos meses de Verão, Isilda Gomes realçou ainda que, à semelhança de 2009, nesta época balnear não se registaram vítimas mortais em praias vigiadas do Algarve, sendo que há a assinalar quatro mortes por queda de falésias e duas em zonas balneares não vigiadas.
Para a Governadora Civil, concluído que está o período mais crítico sobretudo em matéria de incêndios florestais, as atenções devem concentrar-se agora no planeamento das medidas de prevenção para o próximo Verão, mas também nas acções preventivas de risco inerente à época das chuvas, especialmente na consolidação de arribas localizadas em zonas mais vulneráveis.
“Sei que o Algarve está preparado, tem homens e mulheres capazes de dar essa resposta com eficácia, mas a prevenção de riscos é extremamente importante, não devendo por isso ser descurada em situação alguma, para que possamos enfrentar todas as adversidades meteorológicas com a máxima tranquilidade”, frisou Isilda Gomes, reiterando a sua confiança nos operacionais de Protecção Civil da região.
Durante a reunião da CDPC, em que foram agendados os exercícios no âmbito dos Planos Prévios de Intervenção da A22 e do Aeroporto Internacional de Faro, decorreu ainda a aprovação prévia do Plano Especial de Emergência de Protecção Civil para o Risco Sísmico e Tsunamis do Algarve, que será posteriormente colocado à consulta pública.