sexta-feira, 28 de maio de 2010

Secretário de Estado da Saúde defende transparência e rigor na relação entre médicos e indústria farmacêutica


No 16.º Congresso Nacional de Medicina Interna
O secretário de Estado da Saúde defendeu esta quinta-feira ser necessário existir “transparência e rigor na relação entre médicos e indústria farmacêutica”, esta manhã, no 16.º Congresso Nacional de Medicina Interna, em Vilamoura. Manuel Pizarro interveio na mesa-redonda “Cooperação Médicos e Indústria – Que Futuro?”, em que também participaram o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, e o presidente da Apifarma, Almeida Lopes.

Pedro Nunes chamou a atenção para o facto de “os médicos precisarem da indústria para aceder à informação relevante, uma vez que os estados se demitiram da formação e da investigação”. Da parte da indústria farmacêutica, Almeida Lopes explicou que “quando se faz investigação, tenta satisfazer-se necessidades dos médicos ainda não colmatadas”.

A pensar no desenvolvimento desta cooperação, o presidente do congresso, António Martins Baptista, destacou, sobretudo, a necessidade de reflectir “sobre o futuro da relação entre os médicos e a indústria e sobre o futuro da formação médica, ou seja, quem é que vai financiar a formação médica daqui para a frente, se continuará a ser a indústria e, se não, quem será.”

Durante o segundo dia de congresso, os internistas portugueses tiveram ainda a oportunidade de debater temas de âmbito científico, como a hipertensão e o risco cardiovascular, a esteato-hepatite etanólica e não etanólica, as particularidades do doente idoso, a doença vascular pulmonar, as dislipidémias e a assistência médico-cirúrgica partilhada.

A tarde do dia 27 foi também dedicada a assuntos do interesse do jovem Internista e termina com uma Assembleia do Colégio da Especialidade de Medicina Interna.