De 14 a 27 de Março decorre no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão o Festival “Cidades Invisíveis: Pontes de Istambul”. Esta programação insere-se nas comemorações nacionais do 150º aniversário de Manuel Teixeira Gomes, escritor e político portimonense para quem Istambul terá sido um ponto importante das suas errâncias mediterrânicas.
“Cidades Invisíveis: Pontes de Istambul” inclui espectáculos organizados em parceria com o CCB, havendo no entanto alguns que vão ser exibidos unicamente em Portimão. Tendo como tema a cidade do escritor Orhan Pamuk é proposta uma programação que pretende ir à descoberta de Istambul, da sua música tradicional e contemporânea, da sua dança, teatro, cinema, artes plásticas e literatura.
Na área da música destacamos Istanbul Oriental Ensemble, um espectáculo dirigido por Burhan Öçal, percussionista e figura emblemática da música Turca cigana, que aqui interpreta peças do repertório turco cigano que nos remetem para a música tradicional da dança do ventre. Os instrumentos tradicionais criam também ambientes de cariz contemporâneo com influências do Jazz. Um concerto que ilustra, através da música, a Turquia como um país de intensos contrastes, dividido entre a tradição e a modernidade. Em exibição no dia 14 de Março às 21h30.
No cinema destacamos um dos documentários que fazem parte do Ciclo de Cinema Travelling Istanbul, Vizinhos – Turquia: Outro lado da Europa, da autoria de João Romão, Vico Ughetto (Algarve) e Maral Jefroudi (Turquia) e produzido em exclusivo para a RTP. A edição e pós-produção foi realizada no Algarve e a sua exibição contará com a presença de Vico Ughetto que fará uma breve apresentação do mesmo, no dia 16 de Março às 21h00.
Na área da dança não poderíamos deixar de falar da presença de Ziya Azazi em Portimão que vai, de 15 a 17 de Março, propor uma breve abordagem ao universo e à técnica da Dança Sufi. Estes Workshops são abertos ao público. No dia 18, o próprio vai brindar-nos com Dervish, um espectáculo dividido em dois solos que reflectem a sua visão pessoal e artística da dança Sufi, e as influências da sua formação em dança clássica e contemporânea. Dois solos que transmitem o elevado estado de meditação e a apurada consciência física própria da dança tradicional Sufi, na qual o círculo e o acto de rodopiar simbolizam a perfeição e a aspiração humana à plenitude, e à paz. Um espectáculo exclusivo do TEMPO.
Mas a programação é de facto tão variada que aproveitamos para destacar a Oficina de Contos e Construção de Marionetas Conta-me um Turco, destinada a crianças entre os 3 e os 6 anos e suas famílias. Esta oficina é uma criação exclusiva, de Manuela Pedroso e Susana Medeiros, para este Festival no TEMPO, e onde se pretende dar a conhecer duas vertentes da cultura turca: as fábulas de Esopo e Karagoz (as marionetas típicas do país). Esta oficina realizar-se-á também para escolas, nos dias 15 e 16 de Março, já com lotação esgotada.
Os bilhetes para os espectáculos estarão à venda na bilheteira do TEMPO, de terça a sábado, das 14h00 às 19h00, e em dias de espectáculo das 14h00 às 21h30.
