domingo, 23 de outubro de 2011
Miguel Freitas quer transparência no projeto de prospecção de gás natural no Algarve
O Deputado do PS, Miguel Freitas, exigiu, esta sexta-feira, “transparência” ao Governo no que concerne à prospeção de gás natural no Algarve, tendo criticado o Executivo por avançar “de forma precipitada” com o projeto, “sem dar explicações aos algarvios”.
“O Governo tinha a obrigação de ter vindo à região dizer o que está em causa, já que este assunto é gerador de dúvidas e medos, muitas vezes infundados, e a população tem o direito de saber exatamente o que está a acontecer”, refere Miguel Freitas, que acompanha este processo desde o Governo Socialista, tendo sido sempre muito exigente relativamente à informação pública sobre a matéria.
O Deputado e líder do PS Algarve considera que, ao “avançar precipitadamente” com o projeto, sem dar explicações aos algarvios, o Governo está a gerar uma polémica desnecessária que prejudica a região algarvia.
“Não poderemos evitar uma discussão clara sobre a exploração de gás natural na zona costeira do Algarve, sendo fundamental saber quais os impactos, os riscos e as contrapartidas” salienta Miguel Freitas, que questionou hoje o Governo sobre a programação dos trabalhos inerentes ao desenvolvimento do projeto, bem como o respetivo contributo para a economia nacional e os impactos nas actividades económicas e no emprego a nível regional.
No requerimento apresentado na Assembleia da República o Parlamentar eleito pelo Algarve questiona ainda o Executivo quanto aos riscos ambientais provenientes da prospeção do gás natural na costa algarvia e às contrapartidas de investimento na região.
“Se há matéria a merecer uma discussão séria e qualificada é esta. E que haja um consenso regional. Nós estamos disponíveis para participar nessa discussão. Não temos nenhum preconceito. Apenas defenderemos o interesse público, da região e do país, tanto no presente como no futuro”, finaliza Miguel Freitas.
Miguel Freitas quer também saber qual é a posição dos partidos da maioria, particularmente do PSD, já que a única que se conhece é a do Deputado Mendes Bota que “é militantemente contra”.