João Marques, Líder do PS-Faro
A Câmara Municipal de Faro é a “única responsável pelo mau início do ano lectivo no Concelho, cuja má preparação está a causar problemas na maioria dos estabelecimentos de ensino” acusa o Partido Socialista (PS) de Faro, após uma primeira abordagem efectuada junto dos agrupamentos escolares de Faro, em função das inúmeras queixas, recebidas nos últimos dias pelos seus vereadores, de pais e professores.
"A redução de cerca de 20 auxiliares nas escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, comparativamente com o ano lectivo anterior, a falta de colocação de animadoras nos jardins-de-infância (Pré-escolar) e dos professores das disciplinas de enriquecimento curricular, cujas colocações são da responsabilidade do Município, estão na base, do mau inicio do ano lectivo, levando a que existam neste momento escolas em Faro que estão a encerrar às 15 horas e actividades extra-curriculares que não existem", sublinha o PS.
O Partido Socialista de Faro acusa a maioria de direita no Executivo Municipal de “insensibilidade social e de falta de planeamento e vontade política ao relegar para plano secundário o ensino, as escolas e as necessidades educativas das crianças de Faro”.
Apesar das dificuldades e dos problemas estarem a ser sentidos de forma generalizada por todas as escolas do Concelho, o PS Faro "realça o caso do Agrupamento da Sé, onde a Unidade de Surdos do Algarve, a funcionar na EB1 da Penha, está a funcionar de forma insuficiente e por extrema dedicação e empenho da Directora daquele agrupamento, assim como a abertura do ensino nocturno que se encontra suspensa até que a Câmara de Faro contrate assistentes administrativos".
Segundo o levantamento efectuado pelo Partido Socialista junto dos vários Agrupamentos do Concelho "existem escolas que estão a encerrar às 15h00 e jardins-de-infância (Pré-escolar público) onde não existe tão pouco uma única animadora colocada".
A situação das actividades de enriquecimento curricular, "é também preocupante". "O atraso na colocação de professores é gritante em várias escolas, situação que levou mesmo agrupamentos a adiar o seu início, com prejuízo para os alunos e respectivas famílias", continua em tom crítico o PS.
O Partido Socialista de Faro está “solidário com todos os professores e encarregados de educação e lamenta profundamente que a educação tenha deixado de ser uma prioridade para a Câmara Municipal” que, contrariamente ao que fizeram as restantes autarquias do Algarve, "não aproveitou a excepção aprovada em Portaria pelo Ministério da Educação, para, em tempo renovar, o contrato dos auxiliares administrativos colocados o ano passado nas escolas do Concelho".
O PS\Faro recorda que "já tinha alertado para a possibilidade de surgir este problema, e fez um pedido publico no dia 3 de Setembro que era imperioso a “Câmara Municipal agir Já!”"
“A coligação de direita, em particular o seu presidente e o seu responsável pela área da educação, parecem ter passado o Verão de férias, esquecendo as suas responsabilidades para com a comunidade escolar de Faro”, acusa o PS adiantando que “quem não faz o trabalho de casa tem maus resultados” tentando agora justificar os problemas criados pela inacção com argumentos de contabilista, uma vez que, afirmam os socialista, “o problema não está em saber se os rácios oficiais foram ou não cumpridos, mas em antecipadamente reconhecer que em função de todas as actividades que as escolas desenvolvem com os seus alunos não era possível o ano lectivo iniciar-se com menos duas dezenas de auxiliares, sem animadoras e sem os professores das actividades extra-curriculares colocados”.
