sábado, 19 de fevereiro de 2011
PCP denuncia: Encerramento do balcão da Segurança Social – Martimlongo
"Mais uma malfeitoria do governo PS/Sócrates ao concelho de Alcoutim", critica o PCP local, através de nota de imprensa. que transcrevemos na íntegra:
Depois dos sucessivos ataques aos serviços públicos no concelho, o governo mantém uma política cega de redução de despesas que acarreta graves consequências e custos sociais para as populações e localidades.
O recente encerramento do balcão de atendimento da Segurança Social em Martimlongo era algo que se via aproximar – no período de um ano o número de funcionários no concelho foisucessivamente reduzido sem a fundamental contratação de novos elementos – de 5 trabalhadoresem 2009, apenas 2 estão actualmente ao serviço, com esforços redobrados para manter o serviçoem Alcoutim aberto ao público.
Se juntarmos esta situação ao encerramento do serviço SAP e Extensões do Centro de Saúde, afalta de profissionais de saúde no concelho e as sucessivas ameaças de encerramento de uma das escolas EBI do concelho, podemos antever que este caminho está em aceleração, já com outros alvos que se vislumbram – CTT, GNR, Juntas de Freguesia... Torna-se assim mais visível o abandono a que os governos PS e PSP têm deixado o concelho de Alcoutim e os seus habitantes.
O Desenvolvimento do Concelho é necessário mas, só possível, com uma rotura com estas políticas de direita cujas medidas sentimos diariamente na pele.
É necessário exigir que o governo e responsáveis políticos encarem o papel dos serviços públicos, de proximidade, como elemento indissociáveis de urgentes medidas de combate à desertificação e de melhoria da qualidade de vida das populações.
A Comissão Concelhia de Alcoutim do PCP, considera a situação do encerramento do balcão Martimlongo da Seg.Social inadmissível, sobretudo por nada ter sido feito atempadamente para a evitar. A degradação das condições de trabalho, a não contratação de novos funcionários e o desinvestimento generalizado nos meios humanos e físicos dos serviços públicos vão deixando ao abandono as populações e localidade das zonas interiores, que como Martimlongo, sofrem de uma desertificação humana galopante contrariada, quase em exclusivo, por aqueles que resistindo ao êxodo rural, decidem fazer a sua vida nestes locais.
Tal como com o que ocorreu com a saúde e a educação no concelho, só a mobilização popular poderá travar este caminho centralizador que distancia cada vez mais as populações interiores dos serviços a que o estado tem a obrigação de tornar acessíveis.
Além da Direcção Distrital da Seg.Social há outros responsáveis políticos que aumentam a cada dia a longa lista de medidas economicistas que apenas têm vindo a prejudicar o concelho.
O PCP, no âmbito da campanha “Portugal a produzir”, vai realizar uma Sessão Pública: “Serviços Públicos, Ponte Internacional e desenvolvimento do concelho” com o objectivo de ouvir a população e expor as propostas defendidas para uma mudança de rumo para o país", conclui o documento do PCP.