EXECUTIVO DA CM DE OLHÃO APOSTA NA CULTURA PARA TODOS OS OLHANENSES. ANTÓNIO PINA À DIREITA DO EDIL FRANCISCO LEAL (CTR)
“No futuro vamos querer levar as pessoas a fazerem cultura e mostrar e promover o que se faz em Olhão e no Algarve”, asumiu, em conferência de imprensa, António Pina, vice-presidente da Câmara Municipal de Olhão, ladeado por Marina Mota, conhecida actriz e empresária de teatro, que nos dias 12 e 13 deste mês, com Carlos Cunha e outros actores bem conhecidos do nosso panorama teatral, encheu o Auditório Muncipal de Olhão com a peça "Três em Lua-de-Mel".
"Apostamos num novo conceito de programação cultural", admitiu o autarca olhanense, reconhecendo que "as dificuldades aguçam o engenho e a crise pode ser um ponto de partida interessante para repensar a forma como se faz e promove a cultura no concelho".
“O paradigma é este: as pessoas estão dispostas a pagar aquilo que gostam e conhecem, mas também nos cabe a responsabilidade de formar públicos, pois nem sempre são os artistas de renome que enchem as salas de espetáculos, especialmente quando durante muitos anos não tivemos nem espaços nem hábitos culturais. É preciso repensar se é por aí”, sublinhou Pina em jeito de advertência.
Até porque "a Câmara Municipal de Olhão decidiu aplicar uma nova filosofia na sua política de programação cultural", assegurou o vice-presidente da autarquia olhanense.
"O programa completo para o Auditório Municipal de Olhão será apresentado no dia 19 de março, na semana em que o auditório completa dois anos de atividade", anunciou o vereador,adiantando que "a aposta vai ser na qualidade. Do jazz à ópera, do fado ao pop, o calendário de eventos será diversificado".
Pina não se conteve e acabou por antecipar o nome de alguns artistas que vão actuar no auditório - "Ricardo Ribeiro, Pedro Viola e Susana Travassos", afiançando ainda que a nóvel e moderna sala de espectáculos olhanense "vai continuar a contar com grandes espetáculos nacionais e internacionais, já que é tempo de dar espaço ao que de melhor se faz no concelho e na região e apostar na criação de novos públicos".
Já no que à Casa da Juventude de Olhão e Biblioteca Municipal diz respeito,António Pina enfatizou: "Vão ter à disposição dos olhanenses aulas e workshops variados, desde a dança à música, teatro e artesanato".
O vice-presidente da autarquia assegura ainda que "o programa cultural não esquece os mais jovens, pois quem participa em atividades de dança poderá, no futuro, estar mais propenso a assistir a espetáculos de dança, quem aprende a cantar ou a tocar um instrumento terá uma apetência maior para assistir a concertos e espetáculos de música, assim como quem gosta de pintar ou de esculpir estará mais sequioso para apreciar o trabalho de outros artistas".
Por seu turno, Marina Mota não escondeu a sua aprovação ás ideias culturais apresentadas pelo vice da autarquia olhanense, a quem a actriz-empresária disponibilizou os préstimos da sua companhia, também "em defesa do Teatro de Revista".
