quinta-feira, 4 de novembro de 2010

moção apresentada pelo PCP na Assembleia Municipal de Faro relativa à cobrança de portagens na Via do Infante


Ontem, dia 3 de Novembro de 2010, os eleitos da CDU apresentaram na Assembleia Municipal de Faro uma moção sobre a cobrança de portagens na Via do Infante.
Por considerarem que:
 o Algarve atravessa uma crise económica e social de dimensões preocupantes, cuja superação, além de exigir um novo rumo político, exige também o pleno aproveitamento de todos os seus recursos, estruturas e equipamentos;
 as micro e pequenas empresas, que constituem 97% do tecido empresarial da região, enfrentariam sérias dificuldades se tivessem que pagar portagens na Via do Infante;
 o aprofundamento dos problemas económicos da região, que inevitavelmente resultariam da introdução de portagens na Via do Infante, iria agravar o flagelo do desemprego, que na região algarvia já afecta cerca de 30.000 pessoas;
 a Via do Infante foi, na sua maioria, construída com fundos comunitários e verbas provenientes do Orçamento de Estado, pelo que não é uma SCUT;
 a EN 125 não constitui uma alternativa à Via do Infante, nem mesmo depois de terminadas as obras de requalificação anunciadas pelo Governo;
 as forças políticas da região algarvia devem ter uma posição firme e clara sobre esta matéria, lutando empenhadamente para travar a intenção do Governo do PS, apoiado pela Direcção Nacional do PSD, de introduzir portagens na Via do Infante;
os eleitos da CDU propuseram à Assembleia Municipal de Faro que manifestasse o seu desacordo com a introdução de portagens na Via do Infante e que a moção, a ser aprovada, fosse enviada ao Governo, à Assembleia da República, à AMAL, às assembleias municipais da região algarvia e aos órgãos de comunicação social.
A moção apresentada pelo PCP foi aprovada com votos contra e abstenções de deputados municipais do PS. Os deputados municipais do PSD, apesar do seu partido defender a introdução de portagens nas SCUTs e na Via do Infante, votaram favoravelmente.
O PCP, pelo seu lado, mantém-se coerente com a posição que sempre defendeu e fará tudo o que estiver ao nosso alcance para que não sejam introduzidas portagens na Via do Infante.