segunda-feira, 11 de outubro de 2010
ROTARY CLUBE DE TAVIRA Distingue melhores alunos das Escolas de Tavira
Da esqª. Marisa Brito, Maria Couto e Carlos Teixeira
Ana Matias fala do livro de Moita Flores
Rotary de tavira apresenta o livro “Mataram o Sidónio”, da autoria de Moita Flores (drtª)
Em sessão que decorreu na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, o Rotary Clube de Tavira distinguiu os melhores alunos das Escolas de Tavira e apresentou o livro da autoria do Dr. Francisco Moita Flores.
Rui Machado, Presidente da Direcção, referiu-se ao Rotary Internacional, um clube de profissões, com cerca de um milhão e duzentos mil sócios, pertencentes a mais de trinta e um mil clubes, localizados em cento e sessenta e sete países que prestam serviço humanitário em elevado nível ético em todas as profissões, ajudam ao crescimento, ao bem-estar e à paz no mundo. São estas características que movem o Rotary Clube de Tavira na defesa dos interesses gerais desta região e de um modo muito mais directo à comunidade tavirense e do concelho, não deixando contudo de participar em programas nacionais e internacionais, num perfeito intercâmbio de acção.
Setembro é em Rotary o mês das novas gerações. O Rotary internacional pede-nos para estarmos atentos aos mais jovens, pois eles são o futuro da humanidade, por isso desde à uns atrás, temos vindo a distinguir os melhores alunos das Escolas de Tavira, cujo percurso escolar deve ser seguido por todos os outros jovens. Este ano os alunos distinguidos são:
- Marisa Raquel dos Santos Cristo Brito, Escola D. Paio Peres Correia
- Maria Teresa Rodrigues Couto, Escola Secundária Dr. Jorge Correia
- Carlos Moura Pereira Lucas Teixeira, Escola D. Manuel I (ver caixa)
O Presidente da Câmara Municipal de Tavira, Jorge Botelho, dirigindo-se aos jovens: “Quero dar uma palavra pessoal a cada um de vós dizendo-lhes que estudar compensa e ainda por cima dá prémios. Vocês são de facto os melhores alunos do Município de Tavira, dos dois Agrupamentos e da Escola Secundária, por isso, vocês merecem os parabéns e a distinção de pessoas ilustres que fazem parte do Rotary Clube de Tavira que os distinguiu por serem os melhores alunos, o que é importante é que sustentem esse brio de estudar e ser bons alunos e continuarem a trabalhar para serem os futuros lideres do amanhã.
Isso é que é importante. Fazer a distinção daqueles que gostam de estudar e que às vezes se desviam de outras coisas, deixam de fazer outras coisas para se situarem naquilo que verdadeiramente é importante na vossa idade. Que é estudar, ser bons cidadãos e acima de tudo fazer também outras coisas diferentes dos outros, porque na prática usam muito melhor o seu tempo. A gestão do também hoje é a coisa mais importante, Parabéns aos professores e pais destes jovens porque fizeram um bom trabalho”.
Foi a Drª. Ana Matias, Coordenadora da Biblioteca da Escola Secundária Dr. Jorge Correia que apresentou a obra e que numa breve análise nos disse: “Mataram o Sidónio” é um romance delicioso de se ler. O romance presta homenagem aos médicos que participaram na primeira República e particularmente a dois deles. O Asdubral e o Azevedo Pais, por ele ter-se deixado convencer da importância da polícia criminal e do instituto de medicina legal para que as provas tivessem base científica e não a base de tortura, a ser o réu a confessá-los. Depois toda a escrita é muito viva, muito dinâmica, muito interessante. Tem momentos com grande intensidade dramática, mas também momentos que nos perdemos a rir”.
O autor, Moita Flores sobre o tema. “Mataram o Sidónio” é um livro que já vivia há muito dentro de mim e que tem a ver com muito daquilo que é o momento das ciências forenses em Portugal que é a criação da polícia de investigação criminal, por um lado e do instituto de medicina legal, por outro. Por outro lado, é relatar um tempo muito ruim, talvez o pior tempo que Portugal atravessou no século XX e a década que conhecemos, que foi o ano de 1918 que criaram vários problemas e graves tragédias que assolaram o País, desde a pneumónica, passando pela fome, pelo racionamento, pela guerra. Enfim. Por um conjunto de circunstâncias que determinaram um dos anos mais difíceis da nossa contemporaneidade”.
- Sidónio ficou para uns, em mau homem. Afinal, ele sacrificou-se, como hoje acontece, para não dizer a verdade.
- Não. Digamos que Sidónio é um homem do seu tempo e contraditório. Um homem estranho. Um homem que foi mitificado e como mito que se transformou começou as pessoas a viverem apaixonadas pelo mito ou a adiar o mito e esta contradição faz com que ele se perpetue como uma das personagens mais fascinantes da História da República e por isso mesmo no ano Centenário da República surjam tantos trabalhos sobre Sidónio Pais. De facto, é uma personagem controversa que rapidamente mobiliza paixões.
No final da sessão, Rui Machado esclareceu-nos do facto de a distinção dos alunos não ter sido feita, como habitualmente, em Setembro. “Tivemos a oportunidade de trazer cá o Dr. Moita Flores. Então tentamos colar os prémios escolares ao Dr. Moita Flores e o Centenário da República. Esta manifestação trouxe muitos conhecimentos à comunidade. Teve muita gente, mas podia ter muito mais. Penso que foi do agrado de todos”.
Geraldo de Jesus
OS JOVENS DISTINGUIDOS, AGRADECERAM AOS PROFESSORES E NÃO ESQUECERAM OS FAMILIARES
O primeiro a usar da palavra foi Carlos Teixeira: “Não acredito que se formem bons alunos se não houverem excelentes professores. Eu acho que os não poderia ter escolhido melhor. Quero agradecer aos meus pais, que são a minha retaguarda e o meu porto de abrigo e por fim ao Rotary por me atribuir esta distinção que demonstra que afinal trabalhar e aprender compensa”.
Maria Couto, referiu que “algumas pessoas que estão aqui já me viram a receber o prémio do Ministério Público. Quero que saibam que há três anos estive também aqui nesta posição a receber, tal como os meus colegas, o prémio do nono ano. Por isso o que eu quero dizer fundamentalmente, é que continuem a trabalhar pois podem voltar a estar aqui daqui a três anos para receberem o vosso trabalho com muito mérito. Quero agradecer aos meus pais, por todo o apoio, aos professores que me acompanharam, alguns deles não puderam estar da outra vez, mas estão agora aqui. Quero agradecer muito, por todos os valores que me transmitiram e ao Rotary Clube de Tavira por mais uma vez estar a reconhecer todo o esforço que dediquei à Escola ao longo destes doze anos. Vou continuar a trabalhar, agora na faculdade, com muito afinco”.
Marisa Brito, começou por agradecer “a quem me trouxe aqui, pela excelente iniciativa de distinguir os alunos com melhores notas. Quero agradecer à minha professora do ensino primário, pelos dados que me deu e a todos os professores da Escola D. Paio Peres Correia que me ajudaram tanto e à minha família que me deu um apoio incondicional”.
G.J.