sábado, 29 de maio de 2010

Reforma do Sistema de Saúde americano encerra 16.º Congresso Nacional de Medicina Interna


O 16.º Congresso Nacional de Medicina Interna encerrou hoje com uma conferência de Donna Sweet, Internista norte-americana que falou sobre “A Reforma do Sistema do Saúde Americano vista pelos Médicos”. A sessão aconteceu às 11h15, na sala Fénix I.

No passado mês de Março, foi promulgada nos Estados Unidos uma reforma que promete o acesso a cuidados públicos de saúde a 95 por cento da população. Donna Sweet, directora do Departamento de Educação em Medicina Interna do Via Christi Regional Medical Center em Whichita, nos EUA, refere que o facto de existirem 46 milhões de habitantes no país sem acesso a seguros de saúde leva a que as pessoas recorram unicamente aos serviços de urgência, aos quais têm direito por lei, e cheguem aos hospitais “mais doentes do que deveriam”, o que acarreta despesas avultadas.

Segundo a especialista, as grandes falhas a nível de política de saúde nos EUA passam por haver “dez milhões de imigrantes ilegais que são excluídos do regime de saúde, recorrendo apenas aos serviços de urgência, e pelo facto de os médicos não se livrarem do conceito da taxa de crescimento sustentável, pelo que terão de continuar a fazer cortes nas despesas de saúde”.

Além da conferência de Donna Sweet, no último dia do congresso haverá ainda lugar para três mesas redondas sobre os desafios na doença vascular cerebral, acerca da importância da imagiologia na Medicina Interna e sobre os novos modelos de organização hospitalar preconizados pelos Internistas.

O 16.º Congresso Nacional de Medicina Interna, que teve início a 26 de Maio e termina amanhã, contou com a participação de cerca de 1300 Internistas, superando as expectativas da organização.