sábado, 16 de janeiro de 2010

Congresso extraordinário do PSD é "sintoma de ausência de liderança", diz Mendes Bota


O líder do PSD/Algarve considerou que a realização de um congresso extraordinário do partido é um "sintoma da ausência de liderança de que o PSD padece" e defendeu que sejam rapidamente marcadas eleições directas.

Pedro Santana Lopes disse que já conseguiu reunir o número de assinaturas necessárias à convocação de um congresso extraordinário do PSD e que espera que seja agendado para a primeira semana de Março.

Contudo, Mendes Bota diz que o aparecimento de "iniciativas avulsas" para realizar um congresso extraordinário é apenas um sintoma da ausência de liderança de que o partido padece, como um "autêntico barco à deriva sem capitão".

"O país está na crise económica e social em que está e o PSD vai fazer catarses colectivas, discutir estatutos e debates inconclusivos?", questiona o também deputado, defendendo eleições "o quanto antes".

"O PSD deve é marcar as eleições para a liderança e mobilizar-se para um debate nacional com as bases do partido, aberto à sociedade, com os candidatos à liderança e as ideias que sustentam".

De acordo com Mendes Bota, "só existe um caminho estatutário para definir a estratégia do partido e é proposta pelo líder eleito em sufrágio directo". Pretende-se alterar esta regra estatutária?", questiona.

Quando a iniciativa de Santana Lopes foi tornada pública, a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, considerou "bastante positivo" que haja um congresso extraordinário.

O social-democrata Macário Correia, presidente da Câmara de Faro, já pediu urgência na realização de um congresso do PSD para que o partido esteja preparado para governar "a qualquer momento".
Lusa