sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Portagens: Mendes Bota considera "UM DIA TRISTE NA HISTÓRIA RECENTE DO ALGARVE"
No dia em que começaram a ser aplicadas as cobranças de portagens na Via do Infante, Mendes Bota produziu uma declaração pública a esse propósito, manifestando o seu "descontentamento, em linha com todo o posicionamento político que sempre manteve" desde há vários anos, e sem deixar de referir a "necessidade de rever o sistema eleitoral de forma a proporcionar aos eleitos à Assembleia da República uma maior autonomia de intervenção, questão que se coloca com mais acuidade nos partidos com vocação e responsabilidade governativas".
Mendes Bota recorda que foi, "em princípios da década de oitenta, na altura deputado ao Parlamento Europeu, um dos principais batalhadores pela construção da Via do Infante e pelo financiamento comunitário que permitiu a construção de dois terços do seu actual traçado".
Na contestação à introdução de portagens na Via do Infante, Mendes Bota esclareceu que recusou-se a "integrar um movimento claramente marcado pelo aproveitamento partidário de forças políticas de esquerda, mas nunca deixou de exprimir livremente as suas opiniões, mesmo quando contrárias à orientação do governo que apoia, e que goza da legitimidade democrática conferida pelo voto".
Via do Infante teve menos movimento com as portagens. Automobilistas dizem que, para poupar, Nac. 125 é a escolha
Eis o texto da declaração do deputado Mendes Bota:
“É um dia triste na história do Algarve recente. Os interesses vitais da região não foram tidos em consideração. Daqui para a frente, há que olhar de forma redobrada para a evolução dos índices de sinistralidade, de fluidez de tráfico, do impacto na actividade económica e do grau de execução das obras de requalificação da ER 125, esperança última de atenuação das consequências negativas desta medida.
Ficou também evidente a necessidade de uma reforma do sistema eleitoral que reforce a autonomia dos parlamentares eleitos, face a um sistema centralista que ignora e maltrata regiões como o Algarve.
Mas há que não esquecer aqueles que foram responsáveis pelo descalabro financeiro do país, sobretudo nos últimos seis anos, e que nos conduziram a esta situação desesperada de rapar o fundo do tacho à procura de receitas para o Estado.”