No dia 22 de Agosto, Diogo Barbosa e Sérgio Pestana foram eliminadas por Alberto Ghoerghe (Roménia) e Nathan Thorley (Gales), respectivamente. Na categoria de 69 kg, Diogo Barbosa perde de forma ambígua num combate caracterizado pelas acções irregulares do árbitro central, tais como, trocar os atletas nos cantos e realizar contagens de protecção ao atleta que havia sido superior.
No final do combate, apura-se o duvidoso resultado de 23-18. Quem assistiu garante que o português foi superior e as provas físicas no rosto do seu adversário comprovam a opinião geral.
Sérgio Pestana perde frente a um atleta com uma experiência marcadamente superior, no entanto, o jovem farense mostra que ainda têm uma margem de progressão elevada, pois é o seu primeiro ano como júnior.
No dia 23 de Agosto, a equipa de arbitragem volta a fazer má prestação, alvo de diversos protestos do público e dos técnicos das selecções, no combate entre André Sousa frente a Merkulovs Genadijs (Letónia). André entrou no primeiro assalto de forma ponderada e estudiosa; por sua vez, Merkulovs “despejava” golpes não efectivos na guarda cerrada e hermética de André. No inicio do segundo assalto o português já se sabia superior ao adversário e dá inicio o seu habitual trabalho de demolição, asfixiando o adversário nas cordas com fortes sequências de golpes.
No terceiro assalto, André crente da sua vantagem, entra de forma completamente destruidora, atropelando literalmente o letónio, que “corria” à frente de André e foi assistido duas vezes por hemorragia nasal. André impressionava na sua primeira aparição nos palcos europeus pela sua crescente prestação, no entanto para estupefacção de todos os presentes, o resultado final é desfavorável ao português (12:9).
Este resultado não reflecte a realidade do combate como é possível testemunhar em http://www.youtube.com/watch?v=4wH-CdtRi4o
Walter Pestana, o técnico responsável, garante que “o esforço destes jovens e de toda a equipa não merecia este final! Não estamos a trabalhar no mesmo pé de igualdade do que as outras nações aqui representadas, pois partimos para este Campeonato sem apoios financeiros e institucionais; não temos qualquer apoio nem protecção da própria Federação Portuguesa de Boxe, nem mesmo um oficial ou seu representante que nos acompanhe e auxilie. A este nível competitivo a ética desportiva e o fair-play são sepultados pelos interesses e alianças futuras...
Este tipo de acções podem destruir a carreira de qualquer atleta, pois é impossível fazer um jovem de 17 anos compreender que o seu projecto desportivo foi destruído pela negligência de profissionais da arbitragem e principalmente, pelo não reconhecimento do seu próprio país! Não existe nenhuma selecção presente neste Campeonato que não traga os seus próprios árbitros, Oficiais ou Delegados, Médicos, Massagistas, etc, etc. Nós trazemos na bagagem o equipamento pago do nosso bolso, mas com a palavra PORTUGAL gravada, não trazemos nenhum representante nem qualquer acompanhante oficial, mas viemos cheios de coragem, paixão e orgulho, decididos a carregar o nosso País às costas! É com grande mágoa que assisti a estes resultados e mágoa ainda maior por não existir uma instituição nacional que ponha cobro a esta situação. PORTUGAL é realmente muito pequeno!”
Arena Faro