terça-feira, 23 de agosto de 2011
Associação Académica da UALG "indignada perante a indefinição do processo de atribuição de bolsas de acção social"
Associação Académica da Universidade do Algarve (UALG) enviou, hoje, para o Ministério da Educação e Ciência uma missiva onde manifesta a sua "indignação perante a indefinição do processo de atribuição de bolsas de acção social para o ano lectivo 2011/2012".
Assim, o Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato e o Secretário de Estado do Ensino Superior, João Filipe Queiró, receberam o protesto, que transcrevemos na íntegra:
"A Associação Académica da Universidade do Algarve vem, por este meio, demonstrar a sua indignação perante a indefinição do processo de atribuição de Bolsas de Acção Social para o próximo ano lectivo.
Estamos a menos de um mês do arranque do ano lectivo 2011/2012 e continuamos sem saber quando é que haverá alteração às nefastas alterações ao Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo de Ensino Superior introduzidas pelo anterior Governo. Assistimos recentemente ao anúncio do corte de 66 milhões de euros para as Universidades Portuguesas, mas medidas que visem diminuir a injustiça social entre os estudantes do Ensino Superior tardam em ser definidas e divulgadas, prevendo a Associação Académica da Universidade do Algarve iguais atrasos na análise de processos e pagamento das bolsas de estudo que só prejudicam a normal frequência do Ensino Superior dos nossos colegas com mais dificuldades socioeconómicas. Preocupa-nos ainda a indefinição dos prazos aos quais os estudantes já inscritos no Ensino Superior, e que no passado não foram Bolseiros, se possam candidatar à bolsa de estudo de Acção Social.
A Associação Académica da Universidade do Algarve lamenta ainda a falta de respeito demonstrada por parte do Ministério da Educação e Ciência em não ter chamado os representantes dos estudantes desta Academia, facto que acontece pela primeira vez nos últimos anos, em que temos contribuído activamente e de forma construtiva para a melhoria do Ensino Superior Português.
A leitura que podemos fazer desta atitude, poderá ser o de existir uma relação privilegiada com as academias ouvidas que nos transcende e provavelmente transcenderá também a maioria dos estudantes do Ensino Superior que não se sentem ouvidos nem respeitados pelo actual Governo. Em matérias de melhoria da qualidade e igualdade no Ensino Superior não existem academias de 1ª e de 2ª classe, nem existem porta-vozes do movimento associativo predefinidos para estas questões que tanto afectam os estudantes do Ensino Superior Português", conclui o documento assinado por Guilherme Sabrosa Apolinário Portada, presidente da Direcção Geral da Associação Académica da Universidade do Algarve