terça-feira, 23 de novembro de 2010

"A TRAPALHADA E A VERGONHA" - João Pereira, BE Olhão


Vem o vereador eleito pelo Bloco de Esquerda para a câmara de Olhão por este meio (Nota de Imprensa, que transcrevemos), "exercer o direito de resposta às sucessivas declarações de elementos da comissão coordenadora distrital do algarve do Bloco à qual eu também pertenço. A coordenadora distrital do Bloco, veio retirar a confiança política ao seu único vereador eleito pelo Algarve ilegitimamente ao abrigo dos Estatutos do Bloco.
-Quem deu a confiança política ao vereador e o elegeu como cabeça de lista foi a coordenadora concelhia e seria esta que a teria que retirar.
-Como tal não aconteceu, e a Assembleia de concelhia declarou em plenário realizado no dia 19-11-2010, que reitera a confiança política na minha pessoa e como até ao dia de hoje, não fui notificado legalmente conforme preceituado na lei desta decisão, considero-me vereador do Bloco e continuarei a utilizar o nome do partido até considerar legal ao abrigo dos estatutos a retirada de confiança política à minha pessoa.
-Esta trapalhada em que se meteu a coordenadora distrital do Bloco envergonha a democracia e o partido.
-Até hoje, o vereador João pereira não foii formalmente notificado desta decisão.Soube-a pelos órgãos da comunicação social.
-Não me foi comunicado pelo meu partido, quais os crimes políticos que cometi para me retirarem a confiança política pois é de política que se trata.
-Mais grave se torna toda esta trapalhada, quando me dizem que estou fazendo um bom desempenho autárquico.
-No dia que soube que me tinha sido retirada a confiança política, irónicamente obtive uma vitória política em detrimento da justiça.
-Nesse dia, foi a deliberar em reunião de câmara, a assinatura do contrato para a propriedade das casas do largo da feira para os seus verdadeiros proprietários.Depois de várias vezes, ter insistido conjuntamente com uma munícipe Dona Gabriela, nas reuniões públicas da câmara, municipie essa que me procurou no meu atendimento diário à população, na sede do meu partido, dizendo que, há vários anos que outros moradores, haviam metido um processo judicial contra a câmara e que ela, dona Gabriel, não entrou nesse processo, por não ter dinheiro para tal. Assim, não conseguiu contribuir monetáriamente para a acção em tribunal. Esta pressão política, conjuntamente com as dezenas de munícipes, que sentem agora o apoio de alguém, o que antes não acontecia, tem dado alguns resultados práticos, na resolução de alguns problemas que afectam as populações.
Assim, digo que era sobre este trabalho diário político, que a população apoia, que deveria ser julgado pelo meu partido.
Mas não. Contráriamente a tudo aquilo que defende para o exterior sobre a separação de poderes, o meu partido conforme relatado pelo membro do secretariado da coordenadora distrital, João Brandão, veio a terreiro no jornal o Barlavento, dizer que, a retirada de confiança política era uma medida de “precaução”!? Não vá o Bloco ter um vereador condenado em tribunal.
-Ora esta medida a fazer jurisprudência interna no Bloco de Esquerda, irá dar pano para mangas e deixar alguns membros eleitos para cargos de grande responsabilidade política de cabelos em pé se houver igualdade de tratamento dentro do partido.
-Também, para provar que não foi esse o verdadeiro motivo da retirada da confiança política, é que eu já fui julgado e condenado quando fui candidato e o meu partido sabia.Não o escondi. Mais ainda, o juiz que me condenou foi o juiz que conferiu as listas autárquicas e essa condenação não foi motivo para me impedir de ser candidato à luz da lei das inegebilidades autárquicas.
Só me resta concluir dizendo:
-Que o meu partido perde a cabeça cada vez que saiem sondagens sobre Manuel Alegre que eu, e a maioria da Concelhia de Olhão, assumimos corajosamente e públicamente, não apoiarmos, por ter sido um erro político tremendo cometido pela comissão política nacional;
-Que o meu partido perde a cabeça quando não consegue ter opiniões divergentes dentro do movimento, apesar de constar dos estatutos essa liberdade;
-Que o meu partido violou um príncipio básico da constituição a falta de respeito pela privacidade de cada um e fazendo julgamentos na praça pública sem conhecimentos de causa ainda por cima condenando preventivamente segundo eles, o que a justiça também segundo eles, ainda não condenou;
-Quero também dizer que esta conduta dos dirigentes do Bloco, for entendível, pelo meu advogado, como passível de ser considerado crime de ofensa, ou outra de qualquer ordem, serão tratadas no local apropriado.
-A liberdade conquistada no vinte e cinco de Abril de dizer alto os nossos pensamentos ficou sériamente afectada no meu partido;", conclui o documento.
João Pereira