segunda-feira, 15 de novembro de 2010

HÁ 67 ANOS MORREU DUARTE PACHECO



Nascido em Loulé, a 19 de Abril de 1899, o Engenheiro Duarte Pacheco, faleceu no Hospital da Misericórdia de Setúbal (16 de Novembro de 1943), na sequência de um acidente de viação, ocorrido na véspera e nas imediações de Vendas Novas.
Das mais destacadas figuras algarvias do século XX, foi um brilhante engenheiro e estadista, cuja memória se encontra patente no monumento erguido na sua terra natal e nas inúmeras obras que a sua acção fez realizar e que, ainda hoje, volvido mais de meio século, são uma referência na vida do País.
Formado em Engenharia Electrotécnica no Instituto Superior Técnico (1923), de que foi um aluno brilhante e onde exerceu funções de docência e direcção, ocupou pela primeira vez funções políticas em 1928, com apenas 28 anos, como Ministro da Instrução Pública e mais tarde, com 33 anos, é nomeado Ministro das Obras Públicas e Comunicações e, depois, a 1 de Janeiro de 1938, assume as funções de Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e a partir de 25 de Maio daquele ano cumulativamente volta a exercer a pasta das Obras Públicas e Comunicações, até à sua trágica morte.
É sob a sua orientação que se dá início à construção dos edifícios do Instituto Superior Técnico (Lisboa), que constituiria o primeiro campus universitário português; é autor do projecto dos «novos bairros sociais» de Alvalade, Encarnação, Madredeus e Caselas, mandou construir a primeira auto – estrada portuguesa (Lisboa – Vila Franca de Xira, pioneira da actual A1, a marginal Lisboa – Cascais, o Estádio Nacional, a Fonte Luminosa, o Parque de Monsanto e o Aeroporto de Lisboa, sendo o grande responsável pela organização da Exposição do Mundo Português (1940) e propôs em Conselho de Ministros a construção de uma ponte rodoviária sobre o Tejo, ligando Lisboa ao Montijo, pela zona do Beato.
É este insigne algarvio, de engenheiro de grande mérito e visão e realizador estadista, o louletano Eng. Duarte Pacheco, que, volvidos 67 anos, recordamos com admiração e respeito.
A GOVERNADORA CIVIL
ISILDA VARGES GOMES