quarta-feira, 16 de junho de 2010

POOC: SUSPENSÃO DAS DEMOLIÇÕES É DE INTERESSE PÚBLICO - CFC



"Perante um Estado “falido” e carências, seria “crime de lesa Pátria e lesa Faro”, gastar 20 milhões € só em Faro nas 750 demolições que o Estado e a Câmara de Faro querem fazer. É preciso trazer à razão os inimigos das casas nas Ilhas e respeitar as pessoas", refere em comunicado, que transcrevemos na íntegra, o movimento Cidadãos Com Faro no Coração (CFC), liderado pelo ex-presidente da Câmara de Faro, José Vitorino.

1. Passaram 5 anos sobre a entrada em vigor do POOC (Junho de 2005) que, de entre outras medidas, previu a demolição de casas (quase todas em Faro), cuja aplicação está a cargo da Polis Ria Formosa, SA.

2. A Associação Cívica CFC analisou a situação e concluiu ser de interesse público a suspensão das demolições do POOC, fazendo sim a requalificação dos espaços.
O Estado e a Câmara têm intenção de demolir cerca de 750 edificações em Faro, com um escandaloso custo que só em Faro rondará os 20 milhões €.
Acresce que o poder público, nalguns casos, está a atuar ilegalmente há já 4 anos, não cumprindo prazos que o próprio POOC obriga. Com a suspensão tudo ficará sanado.

3. CFC considera que esse gasto seria um crime de “lesa Pátria e lesa Faro” e uma provocação aos mais desfavorecidos e desempregados.
Perante um Estado “falido” e a profunda crise, não havendo dinheiro público, por exemplo, para a Marina de Faro e para retirar a linha de caminho de ferro da cidade, a prioridade é construir infraestruturas em vez de demolir casas.
Por outro lado, com um ambiente nacional de crispação e depressivo, a presente situação em Faro ainda revela maior falta de sensibilidade e de respeito pelas pessoas.

4. Em Faro, as cerca de 750 edificações que pretendem demolir, incluem as zonas nascente e poente da Ilha de Faro (não aceitável) e até casas da área já desafetada; Hangares (sem fundamento); zona nascente do Farol (as que estão a poente não causam problemas?); casas que designam de 2.º habitação no Núcleo da Culatra (porquê?); e Ilhotes.

5. Para conseguir a suspensão das demolições e avançar com as requalificações dos espaços, o caminho é de contestação para trazer à razão os inimigos das casas nas Ilhas.
A contestação é redobrada em relação à maioria na Câmara e ao Presidente, porque na campanha eleitoral disseram ser contra as demolições. Agora, até tratam de forma indigna algumas pessoas (Ilha de Faro) ao dizerem que não têm quaisquer direitos, mas que farão o favor de lhes dar uma casa, que ninguém lhes pediu. Noutros casos, vão iludindo com conversas de oportunismo.Conclui o documento do movimento CFC