Prémio de 6.000 Euros para o texto dramático “A filha” reuniu consenso do Júri
O texto dramático “A filha”, de Ana Mendes, reuniu o consenso do Júri para ser eleito como o melhor texto da edição de 2010 do Prémio Albufeira de Literatura, no valor de 6.000 Euros. A entrega do Prémio é no próximo Sábado, no Âmbito do Paginários.
No próximo Sábado, 15 de Maio, às 17h00, no Salão Nobre dos Paços do Município, Ana Mendes recebe o Prémio Albufeira de Literatura 2010 – Dramaturgia, pelo texto “A filha”.
O júri, constituído por Gabriela Borges, do CIAC – Centro de Investigação em Artes e Comunicação da Universidade do Algarve, José Correia Tavares, da Associação Portuguesa de Escritores e Armando Nascimento Rosa, vencedor da edição de 2008 e docente de Dramaturgia na Escola Superior de Teatro e Cinema, considerou que “a obra possui qualidades dramatúrgicas que se destacaram dos restantes concorrentes, evidenciando potencialidades cénicas contemporâneas, com uma linguagem que se pauta por um apreciável ritmo dramático, no âmbito de uma poesia teatral de cunho contemporâneo, dentro de um imaginário de drama familiar da actualidade. A construção da personagem feminina, dentro do seu perfil teatral e humano é representativa de uma juventude actual”.
Ana Mendes nasceu em 1973, estudou Ciências da Comunicação na Universidade da Beira Interior, argumento na Fundação Calouste Gulbenkian (CITEN – Centro de Imagem e Técnicas Narrativas) e cinema de animação na La Poudrière – École du Film d’Animation, em Valence, França.
O primeiro livro “Adeus, até Breve” foi publicado em 2001 pelas edições Ulmeiro. No ano seguinte, participou na antologia “Le Bocal Portugais”, uma colectâneas de textos dramáticos encenados e publicados pela companhia Gare au Thèâtre, em Paris. Em 2008, publicou “Uma Mesa são Tábuas”, editado pela Imprensa Canalha. Está também representada em antologias no Brasil e na Suíça. Em 2006, descobriu a paixão pelo teatro, num workshop organizado pelo Teatro Maria Matos. Escreveu as peças “Velha Louca” e “Condomínio”, mais tarde encenadas pela Companhia Te-atro – Grupo de Teatro de Leiria. Em 2007, foi uma das co-vencedoras do concurso “Isto não é um Concurso”, organizado pelos Artistas Unidos, com a peça “O Lago”, a qual foi apresentada no Festival de Teatro de Almada, com encenação de João Miguel Rodrigues, elenco de António Filipe e Custódia Gallego. Este ano vai estrear-se na Irlanda, com a participação no Festival Absolut Fringe, Dublin, 2010, com a peça “Self-portrait”, escrita e representada pela própria, voz de Ant Hampton, produção de Lynnet Moran. Na área do cinema, realizou os filmes experimentais “Birds”, “Nacional 03”, “Ao Domingo vou à Caparica”, “Purification” e Picheleira”, os quais foram seleccionados para festivais na Escócia, Hungria, Portugal, Ucrânia e China. Escreveu argumentos para vários filmes de cinema de animação, suportados pelo ICA (Instituto do Cinema e Audiovisual), entre eles “Desassossego”, de Lorenzo degl’Inoccenti”, “O Sapateiro”, de Vasco Sá e David Doutel, e “Independência de Espírito” de Marta Monteiro.
Ana Mendes ganhou o Prémio Néon de Argumento atribuído pelo Corta! Festival de Curtas Metragens do Porto, 2006; o Prémio de Argumento do Vírus – Festival de BD, Ilustração e Cinema de Animação de Leiria, 2009; uma Menção Honrosa no Prémio Litterarius atribuído pelo Racal Clube de Silves 2007; e participou na Berlinale Talent Campus 2009.
Instituído pelo Município de Albufeira, este Prémio insere-se no âmbito do “Paginários – As Paginas do imaginário”
