sábado, 2 de janeiro de 2010

Agricultura no Algarve com prejuízos de 2 milhões de euros devido ao mau tempo

O temporal registado quarta-feira da semana passada no Algarve provocou danos na agricultura regional na ordem dos dois milhões de euros e, para enfrentar os prejuízos, o deputado socialista Miguel Freitas vai pedir ao Governo medidas de apoio para a região.
"Vou pedir, na próxima semana, ao Governo que haja uma extensão das medidas, hoje aprovados em Conselho de Ministros, ao Algarve", disse Miguel Freitas em entrevista à Lusa, depois de ontem ter visitado as zonas agrícolas mais afectadas no Algarve pelo mau tempo.O Conselho de Ministros aprovou esta quarta-feira uma resolução que acciona verbas do PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural do Continente), permitindo o financiamento a fundo perdido de 50 por cento, o que representa um total de 18 milhões para comparticipar investimentos na agricultura até 36 milhões de euros.O deputado parlamentar pelo círculo do Algarve referiu que as zonas agrícolas mais afectadas pelo temporal no Algarve estão localizadas nos concelhos de Faro e Olhão, mas também há prejuízos em Silves, Albufeira e Tavira, nomeadamente com a destruição de estufas de tomate, melão e alface."A situação do Algarve, felizmente, não é tão dramática como noutras regiões do país, mas existem situações graves que necessitam de uma atenção especial do Governo", referiu, reiterando que pedirá a extensão da medida de reposição de reposição de potencial produtivo (estufas) ao Algarve.Miguel Freitas defende também que o Algarve deve ser apoiado com a linha de crédito de 50 milhões de euros, com prioridade para casos mais dramáticos, como alguns jovens agricultores que têm investimentos na ordem dos 600 mil euros em estufas e que perderam todo o investimento destruído.O Ministério da Agricultura, através do seu assessor, adiantou à Lusa que a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAPAlg) está no terreno a realizar o levantamento de todas as situações relacionadas com os prejuízos do mau tempo com o objectivo de determinar medidas de apoio caso seja necessário."A DRAPAlg está a fazer o levantamento de todas as situações para ter o retrato mais exacto dos prejuízos na região, que será depois remetida ao Ministério, que vai determinar as medidas de apoio caso seja necessário", esclareceu o assessor.
Lusa