quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"HÁ REGRAS DEMOCRÁTICAS QUE NÃO ESTÃO A SER RESPEITADAS EM FARO" - JOSÉ VITORINO


O líder do movimento Cidadãos com Faro no Coração (CFC), José Vitorino, ex-presidente da Câmara de Faro, numa conferência de imprensa de "balanço do 1º. mandato" do actual executivo, acusou ontem Macário Correia, edil farense, de "abuso de poder" e de "ofensas e difamações, prepotência, perseguição aos munícipes, mentiras e manipulações, compadrio partidário e dificuldade em lidar com as regras democráticas". "Há regras democráticas que não estão a ser respeitadas em Faro", salientou Vitorino, para quem Macário é um "vendedor de ilusões".
Na Assembleia Municipal (AM) o presidente recusa-se a responder às perguntas e inquirições da oposição, dizendo que não o faz porque não são construtivas. Nem na Assembleia Nacional se dizia isto, com este descaramento todo", afirmou o líder CFC, criticando ao mesmo tempo a actuação do presidente da AM, o socialista Luís Coelho, de "perguntar ao presidente (da Câmara) se coloca ou não à votação as propostas apresentadas".
Ainda com o PS como alvo, José Vitorino admitiu "não compreender a posição dos socialistas quando criticam o Plano de Reequilíbrio Financeiro e depois o deixam passar através da abstenção", sabendo-se que "depois têm de aprovar o empréstimo". Uma situação financeira complicada, como explica Vitorino: "Juntando aos 48 milhões do empréstimo os 38 milhões da dívida existente, a Câmara fica com mais de 150 milhões de euros para pagar".
“Em vez do paraíso prometido pelo candidato que se apresentou como salvador, Faro está perante um inferno. É o principal responsável por um enorme embuste eleitoral", sublinhou José Vitorino, que acusou Macário de ter dito "mentiras aos molhos" na apresentação do plano de reequilíbrio Financeiro.
Praticamente sem se deter, o líder CFC continuou em tom muito crítico para com Macário Correia: "Perante uma situação financeira que conheciam em pormenor, o presidente e a maioria comprometeram-se com 200 medidas que satisfaziam as aspirações dos munícipes farenses. Agora, sem coerência e com despudor, desculpam-se com o que já sabiam".
Assim, "o balanço é de descalabro", enfatizou o ex-autarca farense, para quem a coligação PSD/CDS-PP, "em apenas um ano, já perdeu a legitimidade democrático-eleitoral, porque os eleitores foram enganados".
Para que não restem dúvidas, José Vitorino enumerou "doze pecados, sem perdão" e referiu-se a "mais de uma centena de actos graves" cometidos pelo actual presidente e respectivo executivo municipal, destacando a "destruição da estrutura da sociedade farense, através do estrangulamento das associações clubes e instituições de solidariedade social", bem como a "total ausência de consciência social".
Mas as acusações do ex-presidente passam igualmente pela gestão financeira da Câmara, considerando-a "incompetente e ruinosa", sustentando igualmente que houve um "aumento de despesas em 2010, em vez da redução apregoada", acrescentando ao rol de críticas "os custos acrescidos com os maus contratos com a Fagar, custo do comboio turístico na ilha sem passageiros e terrenos doados à Ambifaro, superiores aos dois milhões de euros que o executivo diz ter reduzido".
Ainda no que aos gastos diz respeito, o líder CFC vai mais longe nas criticas ao executivo liderado por Macário Correia: "Foram nomeados três comissários político-partidários para administrarem as empresas municipais, recebendo em conjunto anualmente cerca de 200 mil euros. O critério de escolha foi a distribuição de tachos a altos dirigentes do PSD e CDS ou familiares. É um imperativo que de imediato se demitam ou sejam demitidos".
Já sobre os apoios às juntas de Freguesia, José Vitorino não tem dúvidas em afirmar: "As Juntas de Freguesia, em vez da autonomia prometida são asfixiadas e ficam de mão estendida à espera dos apoios da Câmara, que são de ddireito".
Ciente que faro está transformada "numa cidade "impossível"", o ex-edil continua a não esquecer as ilhas, recordando: "Mantém-se o cutelo das demolições"

Governo Civil de Faro premeia atletas, técnicos e dirigentes por mérito desportivo algarvio


Reconhecer o mérito desportivo de individualidades ou colectividades que tenham contribuido para o prestígio do desporto no Algarve, é o objectivo dos prémios a atribuir pelo Governo Civil de Faro, no âmbito da Honra ao Mérito Desportivo Algarvio-2010, cuja cerimónia decorrerá no próximo dia 22 de Novembro, pelas 21h00, no Real Marina, em Olhão.
Promovida pelo Governo Civil de Faro, com o apoio da Direcção Regional do Instituto do Desporto de Portugal (IDP), a inicitiva, a realizar anualmente, pretende incentivar o universo de praticantes, técnicos, dirigentes, familiares de praticantes ou beneméritos, na obtenção de resultados relevantes na área desportiva, ética e social.
“O esforço que é desenvolvido por atletas, técnicos, dirigentes e até pelos respectivos familiares, para promover e desenvolver a prática desportiva na região, tanto ao nível amador, como profissional, deve ser reconhecido, não só pela sociedade civil, mas também pelas entidades oficiais, porque esse é um trabalho que prestigia e enaltece a nossa região”, considera a Governadora Civil de Faro.
Reconhecendo que o desporto é uma actividade que requer muitas vezes alguns sacrificios pessoais, Isilda Gomes salienta a importância de premiar a dedicação de todos os seus praticantes, a qual tem permitido aumentar, tanto o número de modalidades, como o nível competitivo na região.
“Temos grandes e honrosos exemplos do desporto de qualidade que se pratica no Algarve e, ao premiarmos todos os que contribuem para elevar essa fasquia, estamos a cumprir um dever que é o de apoiar e reconhecer o seu trabalho”, considera a Governadora Civil, frisando a importância das actividades desportivas para o desenvolvimento sócio-educativo dos mais jovens.
“É nos desportistas que as crianças e os jovens encontram muitas vezes inspiração para uma conduta saudável e íntegra, que os leva a contribuir de forma decisivamente para uma sociedade bem estruturada, por isso há que apoiar incondicionalmente os nossos atletas e todos os responsáveis pela prática desportiva na região”, sustenta Isilda Gomes.
No âmbito deste projecto, foram apresentadas pelas associações representativas dos clubes desportivos da região, quatro nomeações para cada uma das 11 categorias instituídas pelo regulamento. Um colégio de sete elementos, presidido pela Governadora Civil de Faro, elegerá um vencedor entre os quatro nomeados em cada uma das categorias, o qual será anunciado na próxima segunda-feira, durante a cerimónia da entrega de prémios.
As distinções da Honra ao Mérito Desportivo Algarvio-2010 serão atribuídas nas categorias de Fair Play; Amizade; Comunicação; Juiz do Ano; Atleta do Ano do Desporto Adaptado; Revelação do Ano; Técnico do Ano; Clube do Ano; Dirigente do Ano; Atleta do Ano e Prémio Carreira Desportiva.
O júri que irá eleger os vencedores é presidido pela Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, sendo constituído por mais seis elementos com ligações à prática desportiva, designadamente o Director Regional do IDP, Joaquim Paulino, César Correia (antigo árbitro internacional), Isidoro Sousa (Sporting Clube Olhanense), João Leal e Neto Gomes (jornalistas) e Rogério Teixeira (Associação de Ciclismo).
Para além de um galardão concebido especialmente para o evento, a atribuir aos vencedores, todos os nomeados receberão uma placa evocativa desta primeira edição da Honra de Mérito Desportivo Algarvio-2010.

9º CICLO DE CANÇÕES DE NATAL NO CONCELHO DE LOULÉ


Pelo nono ano consecutivo, a Câmara Municipal de Loulé promove o Ciclo de Canções de Natal, que decorre de 5 a 19 de Dezembro, nas igrejas das freguesias do Concelho. Prestigiados grupos corais participam neste evento, levando o espírito natalício às populações, através da música e de um repertório baseado nos clássicos de Natal.

O Ciclo de Canções de Natal arranca no dia 5, pelas 16h30, na Igreja de S. Pedro do Mar, em Quarteira, com a actuação da Orquestra do Algarve.

Segue-se, no dia 8, às 21h00, a actuação do Coro da Câmara Municipal de Albufeira, na Igreja de S. Sebastião, em Boliqueime.

A 11 de Dezembro estão previstos três espectáculos: Coro Infantil e Juvenil de Loulé (16h30, Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Vale Judeu), Coro Infantil da Fundação António Aleixo (16h30, Igreja de Nossa Senhora da Glória, em Benafim) e Grupo Musical de Santa Maria (21h00, Igreja de Nossa Senhora da Assunção, em Alte).

O Coral da Câmara Municipal de Albufeira realiza o seu segundo concerto no âmbito deste Ciclo de Canções no dia 12, pelas 10h30, na Igreja do Barranco do Velho. No mesmo dia, pelas 16h30, na Igreja de Nossa Senhora da Assunção, em Querença, o Coral de Tavira sobe ao palco com algumas das mais belas músicas desta época.

No âmbito do programa deste evento, terão ainda lugar os seguintes espectáculos: Cante Andarilho (dia 18, 15h30, Igreja de Santo António, no Ameixial, e dia 19, 10h30, Igreja de S. João da Venda, em Almancil), Musical Santa Maria (dia 18, 16h30, Igreja de Santa Rita, na Tôr, e dia 19, 16h30, Igreja de S. Sebastião, em Salir), e Stella Splendens (dia 18, 21h00, Igreja Matriz de Loulé).

O Ciclo de Canções de Natal é mais uma das iniciativas promovidas pelo Município de Loulé inseridas no Programa de Animação de Natal, com o objectivo de animar as localidades durante esta quadra, incrementar o comércio tradicional mas, acima de tudo, levar o espírito de fraternidade associado ao Natal junto das populações.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

XII FESTIVAL DE TEATRO DE ALTE


O Teatro da Estrada e a Horta das Artes, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé, Junta de Freguesia de Alte e Casa do Povo de Alte, realizam o XII Festival de Teatro de Alte durante o mês de Dezembro.
O evento arranca dia 1, com um espectáculo surpresa. No dia 4, pelas 21h30, na Casa do Povo de Alte, o Grupo Arte de Viver da Universidade Sénior de Loulé sobe ao palco com a peça “Granizo de Estrelas”, encenada por José Teiga.
“Cartas de Amor de Fernando Pessoa a Ofhelia Queiroz” é o nome do espectáculo apresentado pelo Grupo de Teatro Contemporâneo de Albufeira, que decorre no dia 5, pelas 21h30, na Horta das Artes. Luísa Monteiro é a encenadora desta peça centrada no debate da vida e obra de Fernando Pessoa.
É no Pólo Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte que o TAL – Teatro Análise da Casa da Cultura de Loulé apresenta “Noite de Poesia: Contos do Gin-Tónico”, de Mário Henrique-Leiría. Esta iniciativa tem lugar dia 8, às 21h30.
O Grupo Fiasco leva a cena “Não te isaltes Isaltina”, uma peça encenada por Francisco Tavares, com alunos do Conservatório Nacional de Teatro, que terá lugar dia 10, na Horta das Artes, às 21h30
No dia seguinte, à mesma hora e no mesmo local, o Teatro Evoé, de Lisboa, sobre ao palco com o espectáculo “Restos”, do dramaturgo Bernardo Santareno. A peça é encenada por Pablo Fernandes.
Criado no âmbito do projecto sénior “Bem Me Quer”, o Miramulim - Grupo de Teatro Amador de Alte faz a sua estreia neste festival com a peça “Alte, Água e Vida”, uma criação colectiva coordenada por Pedro Monteiro, que terá lugar na Casa do Povo de Alte, no dia 12, às 21h30.
No encerramento deste evento, que acontece a 17 de Dezembro, o Grupo de Teatro Penedo Grande, de S. Bartolomeu de Messines, apresenta o espectáculo “O Marinheiro de Fernando Pessoa”, que terá lugar na Horta das Artes, pelas 21h30.

Ricardo Martins em Albufeira: ESPECTÁCULO MUSICAL “CAMINHEIRO DE MIM”


O cantor Ricardo Martins, que fez história no Festival RTP da Canção 2010, apresenta o seu mais recente trabalho no Auditório Municipal de Albufeira.
Na próxima Sexta-feira, dia 19 de Novembro, o Auditório Municipal de Albufeira recebe pelas 21h30, o espectáculo musical “Caminheiro de Mim”.
Ricardo Martins, participante do Festival RTP deste ano, lançou o seu segundo trabalho intitulado "Caminheiro de Mim". Segundo o cantor, este CD, composto por 11 músicas, insere-se dentro do género pop romântico, com algumas baladas.
Ricardo foi uma das revelações do Festival deste ano e o tema "Caminheiro de Mim" foi uma grande surpresa ao alcançar o 2º lugar no televoto do público. Foi um dos temas mais aplaudidos da noite com alguma sonoridade étnica, que alcançou no final o 7º lugar com 12 pontos.
O cantor, apresenta o seu novo cd ao piano, com Nuno Martins na Guitarra Acústica, no Baixo Ricardo Jorge Martins, nas teclas Messias Charneco e na Bateria José Candeias.

"FARO EMPREENDEDOR "



Tem início amanhã, dia 18 de Novembro, pelas 09h00, a iniciativa “Faro Empreendedor – Formação, Empreendedorismo e Emprego”, organizada pela AmbiFaro e pela Câmara Municipal de Faro. A iniciativa decorre até ao dia 20 de Novembro na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve (E.S.G.H.T.), com várias oficinas, palestras, mesas redondas e debates.
A Sessão de Abertura realiza-se das 09h00 às 09h30, no Anfiteatro da E.S.G.H.T. com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Faro, O Reitor da Universidade do Algarve, o Director do Centro de Emprego de Faro e o Director da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve e é aberta ao público em geral, sem necessidade de inscrição prévia.
Esta acção tem como finalidade fomentar o empreendorismo, divulgar saídas profissionais, oportunidades de emprego e promover a discussão sobre medidas de combate ao desemprego que se faz sentir na região. Nesse sentido, farão parte dos painéis de debate agentes económicos, associativos, académicos e técnicos especializados neste domínio.
No quadro de crise económica que assola o país, esta iniciativa que convoca a participação de agentes públicos e privados, envolvendo a Universidade do Algarve, para melhor formar, ensinar a empreender e a criar alternativas de emprego, constitui uma excelente oportunidade de aprendizagem que qualifica quem nesta actividade participar.

Em Lagoa: 'SCHUMANN' POR FRANCISCO BRAZÃO E FRANCISCO SASSETTI


o barítono algarvio Francisco Brazão

Francisco Sasseti

Recital de Canto e Piano no Auditorio Municipal de Lagoa – 1 de Dezembro


O já bem conhecido baixo-barítono Francisco Brazão e o conceituado pianista Francisco Sassetti vão estar presentes no Auditório Municipal de Lagoa, no próximo dia 1 de Dezembro, num recital de canto e piano, a assinalar o bicentenário do nascimento do compositor Robert Schumann.
Ao longo de 2010, o cantor Francisco Brazão tem vindo a homenagear Robert Schumann e seus seguidores, em cidades Algarvias e numa recente tour, que fez pela Escócia. Teve o prazer de ser acompanhado pelos pianistas André Piollanti e Joseph Fleetwood.
À semelhança destes Recitais, a Archimousiké, empresa produtora deste espectáculo, irá promover, na cidade de Lagoa, no próximo dia 1 de Dezembro, aquele que será um memorável espectáculo, proporcionada pela cumplicidade que o baixo-barítono Francisco Brazão e o pianista de renome Francisco Sassetti, apresentarão em palco.
Este espectáculo conta com o todo o apoio logístico do Auditório Municipal de Lagoa e do Município de Lagoa, e o patrocínio do Monte Santo, Suite Resort de cinco estrelas no Carvoeiro.
O objectivo é chegar junto de novos públicos, para dar a conhecer aquele que foi um dos grandes compositores do Romantismo.
Lagoa é a localidade onde o cantor Francisco Brazão já é reconhecido pelo seu talento e grande contributo na área coral.
Neste sentido, dirigimo-nos a V. Exa., com o intuito de solicitar disponibilidade na divulgação do referido evento.

INFORMAÇÕES SOBRE O RECITAL:

Uma das formas musicais mais apreciadas no período Romântico foi o Lied, palavra alemã que significa "canção". De entre os músicos que se dedicaram à composição de Lieder, durante a primeira metade do sec. XIX, destacou-se o compositor alemão Robert Schumann.
Com o intuito de comemorar os 200 anos do nascimento daquele grande compositor, o baixo-barítono Francisco Brazão e o pianista Francisco Sassetti juntaram-se para interpretar o ciclo de 16 canções 'Dichterliebe, op. 48' (Amor de Poeta, op. 48), composta em 1840, para voz solista acompanhada por piano.
No início da segunda parte do recital, os dois músicos prestam homenagem a um outro grande compositor emblemático do período Romântico na Europa: Maurice Ravel, aluno de composição de Fauré e fortemente influenciado por Liszt. Outras obras a apresentar evocam dois distintos compositores portugueses, nomeadamente Vianna da Motta, um dos últimos alunos de Liszt, e Luis de Freitas Branco, uma das mais importantes figuras da cultura portuguesa do sec. XX. Para completar este exigente e magnífico repertório, o pianista Francisco Sassetti interpretará a solo o sublime 'Claire de Lune', de Debussy.

BIOGRAFIAS

Natural do Algarve, Francisco Brazão é mestrando em Canto na ESART sob orientação da Professora Ana Ester Neves. Trabalhou com Armando Possante, Birgit Wegemann, Claire Vangelisti, Guillemette Laurens, Isabel Alcobia e João Lourenço.
Tem realizado recitais em Portugal e no Estrangeiro interpretando diversos lieder, mélodie, árias e duetos de algumas óperas.
Apresentou-se em ópera e em concerto em diversas cidades do País sob direcção de maestros como Gonçalo Lourenço, João Paulo Santos e José Carlos Oliveira. Interpretou o papel de Aeneas na ópera Dido and Aeneas de Henry Purcell, de Ariodate na ópera Xerxes de Händel, e de D. Parmenione em L’occasione fa il ladro de Rossini.
Estudou direcção com os maestros Artur Pinho, Cara Tasher, Eugene Rogers, Gonçalo Lourenço, José Filipe Guerreiro e Paulo Lourenço. Dirige o Coral Ideias do Levante e o Coro Internacional de Aljezur. Estudou Pedagogia com Edwin Gordon e Jos Wuytack, entre outros. Realizou diversas oficinas de Técnica Vocal para actores e cantores. Presentemente lecciona no Curso de Formação Musical no INUAF, em Loulé e no Curso Profissional de Artes do Espectáculo – Interpretação, na Escola Secundária Pinheiro e Rosa, em Faro.

Francisco Sassetti é natural de Lisboa, e iniciou os seus estudos musicais com Maria Fernanda Costa. Estudou ainda com Dinorah Leitão e Tãnia Achot. Na classe de Eugene Pridonoff da Universidade de Cincinnati (E.U.A) obteve o mestrado em Piano Performance (1995).
Francisco Sassetti tem-se destacado como um dos principais pianistas acompanhadores portugueses nos últimos 20 anos. Tendo iniciado a carreira de concertista em 1998 no Teatro S. Luíz em Lisboa, já se apresentou com a grande maioria dos principais cantores nacionais, por todo o país e ainda em Espanha, França, Bélgica, E.U.A., Alemanha e Uruguai.
Em 2006 apresentou-se com a Orquestra Sinfonietta num concerto de piano a quatro mãos de Malcolm Arnold , com Ilda Rodrigues e sob a direcção de Vasco Pearce de Azevedo e tem, nos últimos anos, colaborado com a Fundação Calouste Gulbenkian em diversos recitais para crianças como músico-actor. Apresenta-se também com o Côro Regina Coeli, o Côro do Teatro Nacional de S. Carlos, Coral Luísa Todi, Coral O Tempo Canta, Coral Lisboa Cantat, Côro da Universidade de Lisboa e Côro Públia Hortênsia.
Gravou com a cantora alemã Ute Lemper para o filme francês “Aurelien”, com Sandra Medeiros (3 canções de Emanuel Frazão), com Catarina Molder (“Cantar os Clássicos” 2009), com Ângela Silva e Paulo Guerreiro (“Brumas”, 2010) e ainda com Maria João um disco com música de Emanuel Andrade. Gravou por diversas vezes para a Antena 2 e ainda para a Rádio Clássica de Cincinnati. Prepara para 2011 a gravação de 2 cds com a cantora Catarina Molder.
É actualmente pianista acompanhador na Escola Superior de Música de Lisboa e na Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Lagos assinou Protocolo de Cooperação com a Comissão Nacional da UNESCO

Núcleo Museológico do Mercado de Escravos foi inaugurado

A Câmara Municipal de Lagos e a Comissão Nacional da UNESCO celebraram, recentemente, um Protocolo de Cooperação com vista à criação do Centro UNESCO de Lagos.




O protocolo foi assinado pelos Presidentes da Câmara Municipal de Lagos e da Comissão Nacional da UNESCO, Júlio Barroso e Embaixador Fernando Andresen Guimarães, respectivamente. Esta iniciativa decorreu no 1º dia de trabalhos do Colóquio Internacional “A Herança do Infante”, iniciativa que integrou o VI Festival dos Descobrimentos.
A decisão foi tomada tendo em conta, entre outras razões, o facto da UNESCO (Agência especializada das Nações Unidas para a Educação, Ciência, Cultura e Comunicação) recomendar o desenvolvimento de parcerias, a nível nacional, entre as Comissões Nacionais da UNESCO e as instituições do Estado e da sociedade civil que prosseguem objectivos coincidentes com as áreas do seu mandato; o facto do Município de Lagos assumir-se como Cidade dos Descobrimentos, numa referência histórica às viagens de exploração lançadas pelo Infante D. Henrique a partir do barlavento algarvio as quais conduziram à abertura e globalização do mundo e o facto do Município ter desenvolvido actividades culturais relacionadas com a memória histórica e com o património cultural emergentes dos contactos que, desde então, os portugueses estabeleceram com outros povos e culturas não europeus.
Para o Presidente da Comissão Nacional da UNESCO, Fernando Andresen Guimarães, foi uma “satisfação assinar este protocolo para a abertura do Centro UNESCO de Lagos, até pelo passado histórico deste concelho”. Falando a propósito do tema discutido anteriormente no Colóquio, «História de um arrabalde durante os séculos XV e XVI: do“Poço dos Negros” à Gafaria de Lagos», o Embaixador voltou a relembrar a forma como os povos de então lidavam com a lepra, com a escravatura e com a questão das gafarias. Para o responsável da Comissão Nacional da UNESCO “é importante que Lagos assuma este passado uma vez que foi muito relevante para a história da cidade”. E a este propósito referiu a exposição, que estará patente no Núcleo Museológico de Lagos e que integra o Projecto “Rota do Escravo” da UNESCO.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Lagos, este Protocolo significa “uma grande honra para Lagos ter sido escolhido por este parceiro para termos um Centro UNESCO. Lagos é uma cidade que não enjeita a sua história, ainda que nem tudo tenham sido rosas. Mas no tempo histórico em que tudo aconteceu Lagos brilhou no horizonte e é isso que se pretende dar a conhecer melhor”. E como referiu Júlio Barroso, “trabalhar em parceria com a UNESCO, que tem o seu nome reconhecido a nível nacional, é uma das melhores formas para o conseguir”.
O autarca terminou a sua breve intervenção expressando o desejo de que “este Centro UNESCO de Lagos seja uma satisfação para todos”, deixando a certeza de que “a autarquia tudo fará para dinamizar este espaço”.
De acordo com Protocolo assinado, e entre outras obrigações, a Câmara Municipal propõe-se criar um Centro UNESCO vocacionado para a abordagem histórica e cultural das relações estabelecidas entre Portugal e o Mundo, no passado, e suas representações nos tempos de hoje, que terá a sua sede no Edifício da Janela Manuelina.
Por seu turno, e em consonância com os princípios enunciados no Acto Constitutivo da UNESCO, serão atribuições do Centro UNESCO de Lagos colaborar ou cooperar com instituições locais, regionais ou internacionais, nas acções e realizações que têm ligação com os objectivos da UNESCO; suscitar e encorajar a defesa dos valores proclamados pela UNESCO, procurando e promovendo os meios eficazes para o efeito e contribuir para a promoção do exercício de uma cidadania mais consciente e participativa em torno das questões ligadas à liberdade e ao respeito da diversidade das expressões culturais, através da organização de exposições, da edição de materiais em suportes vários, apresentação e discussão de filmes e debates temáticos.
No final da cerimónia todos os presentes foram convidados a participar na Inauguração do Núcleo Museológico de Lagos, localizado na Praça do Infante, e que se encontra agora aberto ao público todos os dias (excepto segundas e feriados), das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h.


Núcleo Museológico do Mercado dos Escravos

Na exposição agora patente neste Núcleo Museológico procura-se explorar, culturalmente, a ligação de Lagos «dos Descobrimentos» à história do tráfico negreiro. São igualmente divulgados os dados históricos, relatados nas fontes documentais e enriquecidos pelos testemunhos recuperados nas escavações arqueológicas efectuadas no Parque de Estacionamento do Anel Verde. As paredes apresentam acabamentos diferentes: em dourado simbolizam o poder da coroa, responsável pelas empresas marítimas, o lucro obtido pelo comércio; em vermelho o sofrimento de quem é retirado violentamente do seu meio social e trazido para a Europa para fazer um percurso indigno de vida e de morte; em cartão de embalagem o tráfico de mercadorias, Lagos como entreposto comercial de uma Nova Era.
Esta exposição, que conta com o apoio do Centro Nacional da UNESCO e do Projecto “Rota do Escravo” da UNESCO, pretende mostrar: a inserção da escravatura no novo contexto económico das viagens de descobrimento da costa ocidental africana a Sul do Bojador; o escravo como mercadoria (incorporado nas tarefas quotidianas mas descartado sem dignidade); o fascínio pelo exótico no quotidiano dos lacobrigenses: evidenciado no gosto por consumir e possuir novos produtos e objectos que as viagens transoceânicas permitem [cerâmicas dos séc. XV-XVI, de Espanha, Itália, China,...] e a assimilação dos escravos negros pela sociedade da época: baptismo.
Exposição / Núcleos:

O contacto com a África sub-saariana
- Instalação alusiva aos 230 escravos negros da primeira leva de escravos africanos vendidos em Lagos na Era dos Descobrimentos. A madeira simboliza o porão do barco em que foram trazidos, correspondendo um escravo a cada uma das 230 cordas.
- Instalação com caixas de madeira: contêm os produtos africanos aos quais passámos a ter acesso desde que se iniciou a exploração comercial da costa ocidental africana.
- O fascínio pelo exótico sub-saariano permaneceu desde a Era dos Descobrimentos: espada cerimonial, esculturas de negros em madeira e uma presa de elefante. As peças procedem do Museu Municipal de Lagos.

O escravo como mercadoria
Aqui se apresentam moedas da Era dos Descobrimentos, com destaque para um pequeno tesouro escondido, e perdido, bem como objectos descartados na lixeira do Vale da Gafaria e recolhidos nas escavações arqueológicas: o esqueleto de um escravo negro (que depois de morto foi tratado como coisa sem utilidade), adornos inúteis e restos de loiças partidos.
A integração dos pretos e a evocação da memória da escravatura
Um espaço limpo, branco, que simboliza a progressiva incorporação dos antigos escravos na sociedade. Os pretos continuaram a desempenhar as tarefas que ninguém queria fazer, mas já eram aceites socialmente por terem sido baptizados, abraçando assim a religião dominante.
A Rota do Escravo é um projecto da UNESCO que pretende contribuir para o conhecimento da realidade do tráfico de escravos, e das suas múltiplas consequências, ao longo dos séculos. Simultaneamente, ao destacar o intenso movimento de trocas entre povos, culturas e civilizações a que o tráfico de escravos deu origem, o projecto pretende contribuir para um activo diálogo intercultural entre as áreas geográficas tocadas pela escravatura, bem como para uma cultura de paz e coexistência pacífica entre os povos.
Recorde-se que, a partir de 1444, Lagos passou a receber todos os anos carregamentos regulares de escravos, que eram normalmente capturados em razias ou adquiridos por troca na costa ocidental de África. Utilizados em trabalhos pesados e em tarefas domésticas, os escravos africanos, a partir de então, passaram a fazer parte da paisagem humana portuguesa, que marcarão de forma profunda. O edifício do Mercado de Escravos, em Lagos, perpetua a memória desse tráfico de seres humanos, que também abastecia outras regiões portuguesas, e que estaria centralizado na Casa da Guiné, em plena zona ribeirinha.

VATe - Serviço Educativo estreia "A Tempestade", em Alcoutim




O VATe - Serviço Educativo da ACTA dá início à tournée escolar com o espectáculo de marionetas "A Tempestade" de William Shakespeare no próximo dia 23 de Novembro, em Alcoutim. Durante os meses de Novembro e Dezembro este espectáculo irá de autocarro visitar as escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico da região do Algarve.
Inspirado na última peça escrita pelo dramaturgo inglês William Shakespeare, o espectáculo “A Tempestade” conta-nos a história do Duque Próspero que, após ter sido expulso do seu reino e lançado no mar num batel sem vela nem mastro, com a sua filha Miranda, chega a uma ilha onde vai residir e a mandar.
Que ilha é esta onde Próspero e Miranda vivem?
Todas as “ilhas” onde nos refugiamos para pensar, julgar, disputar, estabelecer a ordem. Quantas “tempestades” tem o Homem levantado, jogando o jogo do poder? A que custo?
Aparentemente tudo está solucionado. Próspero tanto nos poderá parecer admirável e bondoso como déspota, vingativo e manipulador.
Próspero é um homem sábio e vai recorrer às suas “artes mágicas” para fazer sonhar. O Teatro ainda tem esse poder!
A encenação é Jeannine Trévidic de e a concepção das marionetas de Carla Dias, a interpretação fica a cargo de Jeannine Trévidic e de Carla Dias e a operação de luz e som é realizada por Luisa Gonçalves.
O espectáculo tem a duração de 30 minutos, e é seguido do atelier “Dos Cotovelos para baixo”. Este atelier refere-se ao espaço no nosso corpo que vai do cotovelo até à ponta dos dedos. É neste pedaço de corpo que nos vamos concentrar. No topo, a seguir ao pulso, está a mão. A mão não serve só para agarrar ou calçar uma luva. As mãos podem ter vida própria, transmitir sentimentos, ter algo importante para dizer. Elas não são todas iguais, as minhas são diferentes das tuas, mesmo a minha mão direita não é igual à minha mão esquerda. Partindo das características das personagens da peça “A Tempestade” vamos trabalhar sobre a diferença, sobre as nossas qualidades e defeitos, vestindo as nossas mãos com luvas de diferentes feitios e imaginando que têm roupas, caras e personalidades diversas.

Câmara de Faro combate a Doença das Palmeiras


A Câmara Municipal de Faro, em face de informação imprecisa que tem sido veiculada a respeito das medidas tomadas para controlo e erradicação da praga do escaravelho das palmeiras, vem tornar público o seguinte:
1. O escaravelho das palmeiras é um insecto que vive e se alimenta no interior do tronco desta. Tem preferência pela Phoenix canariensis - palmeira comum em Portugal com tronco grosso em forma de ananás mas pode atacar outras espécies. Os danos produzidos são tão graves que findam a vida da palmeira hospedeira. Para além disso, estes insectos gozam da aptidão de sustentar voos contínuos de longa distância entre 4- 5 km, pelo que a sua propagação é crítica de conter, como se tem observado pela sua difusão na faixa costeira algarvia.
2. A FAGAR, em estreita articulação com a autarquia, estabeleceu como prioritário o combate a esta praga. Têm garantido um apertado plano de vigilância às palmeiras na identificação dos sintomas da doença e prepararam atempadamente um plano de ataque em que avulta a aplicação regular de produtos de acção preventiva e curativa.
3. O método que tem oferecido mais garantias de êxito no tratamento de cada palmeira, e que quando aplicado num estágio inicial da praga pode consentir a sobrevivência da planta, é o que consiste na pulverização por inundação da coroa de um produto biológico à base de nemátodos. O tratamento, sem garantia de sucesso, dura pelo menos 2 anos e apenas oferece resultados visíveis ao fim de 9 meses.
4. A Fagar trata todas as palmeiras, independentemente de estas apresentarem sinais de infestação e está nesta altura a executar a aplicação do insecticida que compreende a fase de preparação e pulverização, que pode custar entre 100 a 250 euros por palmeira, dependendo da altura desta e dos meios utilizados. Já foram empregues cerca de 29.000 € nestes tratamentos e serão necessários mais 36.000 € para proceder à limpeza, corte e incineração das 70 palmeiras já identificadas como irrecuperáveis.
5. Das cerca de 400 palmeiras existentes no concelho estima-se que 100, na melhor das hipóteses, tenham que ser removidas. Estamos a envidar todos os esforços para atenuar o cataclismo ambiental que esta praga acarreta, já que esta espécie é um marco identitário da cidade e do concelho pelo que merece o esforço financeiro que esta intervenção demanda.

«DIA DO NÃO FUMADOR» - 17 DE NOVEMBRO


Assinala-se a 17 de Novembro uma efeméride que importa a toda a Humanidade, o «Dia Mundial do Não Fumador», nela convergindo mesmo aqueles que são fumadores, já que, directa ou indirectamente exercem os efeitos da sua nefanda acção sobre todos, transformando-os em «fumadores passivos».

Conhecidas são, com milhões de mortes pelas doenças provocadas, as terríveis consequências do tabagismo e que não obstante todas as determinações, campanhas educativas e sensibilizadoras, custos, etc. prossegue com esse cortejo terrível de tragédia, dor, sofrimento e elevados gastos aos erários público e privado.

Recordo que o tabagismo é considerado pela Organização Mundial de saúde (OMS) a principal causa de morte em todo o Mundo, considerando tratar-se de «um grave problema de saúde pública, constituindo o tabaco uma terrível droga, provocando, como tal, acentuada dependência».

Reconheço, com a oportunidade plena que a comemoração deste «Dia Mundial do Não Fumador» faculta, o texto directo que a peça do dramaturgo russo Anton Tchekov, «Os malefícios do tabaco», refere.

Assume que a desabituação da nicotina é difícil, mas na defesa da saúde mental, física e económica dos fumadores e, com um significado e uma justiça social plena e destacada para os não fumadores, é preciso, cada dia com mais veemência, prosseguir a campanha educativa e sensibilizadora para se atenuar, cada vez mais, os nocivos efeitos, deste vício avassalador.

A GOVERNADORA CIVIL

ISILDA VARGES GOMES

“LESS THAN BEAUTY”: ALEXANDRE SEQUEIRA LIMA EXPÕE EM LOULÉ



É inaugurada no próximo sábado, 20 de Novembro, pelas 18h00, na Galeria de Arte do Convento Espírito Santo, em Loulé, a Exposição de Pintura “Less than Beauty”, de Alexandre Sequeira Lima, que estará patente ao público até 31 de Dezembro.

“A poeira das estrelas rir-se-á dos nossos rituais tribais e a arte continua a ser a nossa maior herança para os nossos herdeiros mutantes e transfigurados”, refere o artista.

No âmbito desta Exposição, realizam-se Ateliers Educativos integrados no Projecto “Conhecer pela Sensação” que visam a sensibilização dos jovens estudantes do ensino básico e secundário para uma aprendizagem artística que complemente o seu desenvolvimento psicossocial valorizando a sua autonomia criativa indissociável de uma fruição pedagógica escolar.

As actividades compreendem uma visita guiada ao espaço expositivo sendo o seu visionamento o ponto de partida e um estímulo para a realização de actividades criativas no domínio da expressão oral e gráfica num espaço configurado como atelier.

Cada sessão terá a duração de duas horas, estando limitadas a um número máximo de 15 participantes.

Para o público em geral, a Exposição “Less than Beauty” pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 17h30, e aos sábados e feriados, das 10h00 às 14h00. Encerra aos domingos.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

ANDEBOL SENIOR MASCULINO: AO VENCER, O DERBY ALGARVIO, O VELA DEU UM PASSO EM FRENTE




Nacional da 3ª. Divisão – Zona Sul- CLUBE VELA TAVIRA, 24 – LAGOA A. C., 19
Foi uma partida jogada em bom ritmo, com a equipa da casa a dominar desde o início, sem estar em causa a qualquer momento o resultado final. O guarda-redes, Nuno Vicente esteve ao seu nível e quando substituído por Cláudio Carmo, a baliza esteve sempre bem guardada. Na frente, Abel Nunes não falhou os livres de sete metros. Carlos Abraúl, Nuno Ribeiro e Aliú Djaló afinaram a pontaria. Nos visitantes sobressaíram Pedro Silva e Ruben Rosário. Ao intervalo a equipa da casa vencia por 12 – 9.
“Não foi um jogo bonito, reconheceu o Professor, Hélder Leal, treinador da equipa tavirense, mas foi um jogo ponderado, onde o mais importante era os três pontos e esses conseguimos. Poupamos o Vladimir, que esteve no banco pronto para entrar caso fosse necessário, por estar “tocado” do treino de ontem. Temos no próximo sábado uma deslocação difícil ao Pavilhão do Torrense, não sei o resultado de hoje, porque jogam mais tarde, mas estamos empatados em número de pontos. Os meus jogadores estão a trabalhar bem e concentrados para os próximos jogos. O público continua a apoiar-nos, cada vez em maior número porque estamos a ter bons resultados. Ainda espero voltar a ver aqui, o saudoso, oitavo exército”.
Com esta vitória, o Vela passou a liderar com 19 pontos, seguindo-se o Torrense, com 17.
Arbitragem positiva.

Geraldo de Jesus

FICHA TÉCNICA

Pavilhão Municipal de Tavira
Árbitros: Nuno Santos e Nuno Gonçalves
Clube de Vela: Nuno Vicente, Aliú Djaló (3), Saul Assis (2), Abel Nunes (4), Duarte Ribeiro (4, Carlos Abraúl (6), Luís Palmilha (2), João Catarino (1), Hugo Santos, João Palhinha (1), Vladimir Bolotskikh, Gueorgui Kovatchky, André Sousa (1) e Cláudio Carmo.
Treinador: Professor, Hélder Leal
Lagoa A. C.: Daniel Jorge, Fábio Sequeira (1), Miguel Lamy, Ruben Rosário (7), Tiago Gonçalves (1), Tiago Pita, Pedro Diogo, Tiago Gomes (1), Pedro Silva (6), Alexandre Ascensão, Jorge Bravo, Marco Fernandes, Daniel Santos (3) e João Pedro
Treinador: Jorge Dias

Presidente da República prestou homenagem ao Infante D. Henrique em Lagos





O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, esteve no passado dia 13 de Novembro, em Lagos, e presidiu à cerimónia protocolar que decorreu no âmbito da Celebração dos 550 Anos Sobre a Morte do Infante.
A cerimónia, que teve lugar na Praça do Infante, contou com a presença de individualidades regionais e nacionais, nomeadamente autoridades civis e militares, o Duque de Bragança e o Bispo do Algarve.
O Presidente da República chegou à Praça do Infante às 16h00, tendo sido acompanhado até à Tribuna de Honra pelo Chefe de Estado-Maior da Armada, Almirante Fernando Melo Gomes, e pelo Presidente da Câmara Municipal de Lagos, Júlio Barroso, ao que se seguiu o momento das honras militares e da deposição de coroas e homenagem junto à Estátua do Infante.
O Presidente da Câmara Municipal de Lagos foi o primeiro a intervir na cerimónia, começando por lembrar que “nesta data, 13 de Novembro de 2010, passam exactamente 550 anos sobre o desaparecimento dessa figura maior da História de Portugal que foi o Infante D. Henrique. Com efeito, foi a 13 de Novembro de 1460, na sua vila de Sagres, que faleceu Dom Henrique. Nesse mesmo dia, o seu corpo foi trasladado para a Igreja de Santa Maria em Lagos (não esta que se encontra nesta praça, mas a antiga, situada no interior do núcleo primitivo deste centro histórico, arrasada pelo terramoto de 1755). Só algumas semanas mais tarde, já em 1461, os seus restos mortais seriam finalmente sepultados no Mosteiro da Batalha. Assim como esteve ligado à vida do Infante, o município de Lagos também na morte o acolheu”.
Recordando que “Henrique, o Infante, destacou-se sobretudo como um líder, um estratego, um comandante e um empreendedor esclarecido, que soube organizar homens e meios, traçar metas e objectivos, enfrentar desafios e obstáculos, conseguindo resultados inovadores e multiplicadores” Júlio Barroso afirmou que esta acaba por ser “uma verdadeira lição de empreendedorismo de sucesso para os tempos de crise que correm.”
Lembrando ainda as raízes e da educação do Infante, o autarca lacobrigense aproveitou para sublinhar ainda outra lição dos tempos henriquinos: “sem um investimento sólido na cultura e na educação, é muito mais difícil vencer desafios e obstáculos, pois falta o conhecimento, os hábitos de trabalho, a capacidade, a imaginação e a auto estima necessários para se ultrapassarem os problemas de forma criativa e inovadora. É, pois, de toda a justiça e com toda a legitimidade histórica que os municípios das «Terras do Infante», em parceria com o município da Batalha, com o alto patrocínio do Governo da nação e do mais alto magistrado da nossa democracia, convoquem todos os portugueses a evocar a figura do Infante Dom Henrique e o que ela representa”.
Já a terminar a sua breve intervenção, Júlio Barroso, reforçou que “sem saudosismos, saibamos ter orgulho nesse passado tão rico de progresso e de vontade de vencer. Honremos, no presente e no futuro, o legado de pioneirismo e espírito empreendedor, que, com determinação, esforço e coragem permitiu ultrapassar bojadores e adamastores, fazer calar velhos do Restelo e dar a conhecer novos mundos ao mundo. E possamos todos juntos ajudar a cumprir Portugal, e, com Fernando Pessoa, repetir: «Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena!»”
Seguiu-se a alocução do Presidente da República, que aqui se transcreve na íntegra:
“No dia em que se completam 550 anos sobre a morte do Infante D. Henrique, reunimo-nos em memória do Navegador. Nós, portugueses, bem sabemos de quanto lhe somos devedores.
A sua presença é ainda hoje sentida em todo o Portugal e, em singular medida, nas Terras do Infante. Recordo a homenagem que lhe prestei quando decidi, como Primeiro-Ministro, dar o nome de Infante de Sagres à auto-estrada que liga o Algarve ao resto da Europa. Quis, com este gesto, continuar a rota do Infante D. Henrique, que daqui abriu Portugal ao mundo.
Lagos foi o berço de um sonho que extraiu mundos do mar. Destas praias partiram as caravelas do filho de D. João I. As mesmas caravelas que depois retornavam com novas das terras e dos homens desconhecidos.
Navegadores, cientistas e mercadores de “desvairadas nações de gentes tão afastadas do nosso uso”, todos eles, assinalava Gomes Eanes de Zurara, ansiosos “de ver a formosura do mundo”, povoavam estas ruas onde se ouviam falares exóticos e se discutiam os feitos dos homens de D. Henrique.
Escutavam-se os relatos das últimas viagens. Estudavam-se as cartas e as rotas, os céus e os mares. Questionavam-se as certezas da sabedoria medieval.
Astronomia, matemática e geometria conjugavam-se para produzir os conhecimentos práticos que tornavam possível a próxima viagem, aquela que permitiria ir um pouco mais além. Assim se cumpriu a ambição do Infante, indo sempre um pouco mais além.
Nos primeiros tempos foi necessário ultrapassar as amarras da lenda e do medo e superar os estreitos limites do saber fundado na autoridade.
A vontade foi mais forte que a lenda e o medo e mostrou que navegar podia ter ida e volta, ao contrário do que dizia a tradição do Mar Tenebroso.
Poderá um só indivíduo mudar o curso da história? Terá um único ser humano a possibilidade de instaurar algo de novo na vida de todos os outros seres humanos? E de assim afectar o destino de todo um povo?
Um indivíduo pode ser a força vital por trás de certos acontecimentos que mudam a história. Aquele cujo sonho amadurece no tempo certo.
Marinheiro e missionário, sonhador mas prático, movido por ideais de cavalaria e pela vontade de saber, foi um ser humano com todas as suas contradições, colocado numa situação extraordinária. Ou, indo mais fundo, foi um ser humano que, pelo peso da sua personalidade, fez extraordinária a situação que viveu. Porque não se limitou a sonhar e passou à acção.
O Infante não aceitou nunca os limites que a terra nos queria impor. E, por isso, encontrou no mar um destino. Para nós foi, acima de tudo, o descobridor da vocação atlântica de Portugal.
Quando começou, todos os problemas estavam por resolver. Dele foi o primeiro empreendimento pensado, organizado e, sobretudo, duradouro. Por quarenta anos se navegou em nome de D. Henrique.
Foi um empreendimento longo, que soube inspirar com temeridade e pertinácia.
É reconhecido por todos como o primeiro grande impulsionador das viagens de exploração marítima. Estendeu os limites do mundo e foi também o autor moral de uma das maiores transformações a que a humanidade assistiu.
Na Europa nada se sabia ao certo dos mares, nem das terras, nem das gentes. Antes dele, a dispersão, o isolamento. Depois dele, a descoberta mútua e o deslumbramento causado pela diversidade dos modos de vida e pela compreensão da unidade essencial do homem.
Foram dados os primeiros passos, os decisivos porque mais difíceis, para promover a união dos ramos separados e distantes da grande família humana. Pela primeira vez, a história tornou-se história universal.
São justas e devidas as palavras que Fernando Pessoa dedicou ao Príncipe do Mar:
O único imperador que tem, deveras, O globo mundo em sua mão.
Nada representa melhor esse mundo novo que amanhecia do que a estória das primeiras crianças nascidas nas ilhas atlânticas, os gémeos filhos de Gonçalo Aires Ferreira, servidor da Casa do Infante e um dos primeiros povoadores insulares.
Ao menino foi-lhe dado o nome de Adão e o de Eva à menina, como se aquelas crianças fossem os símbolos de um recomeço, de uma nova idade do homem na terra.
A nova idade em que todos os povos começavam a estar em contacto, partilhando ideias e valores, promovendo a troca de conhecimentos e de bens.
Sabemos hoje que o encontro de povos e de culturas oferece oportunidades sem fim. Mas também sabemos que esse encontro pode ser um confronto.
Uma cultura viva e fiel às suas origens, uma cultura que fomente a criatividade na ciência, na economia, na arte, na espiritualidade, faz desse encontro um impulso criador que dá forças para vencer.
De D. Duarte, o irmão do Infante que foi Rei, ouviram-se palavras avisadas no Leal Conselheiro:
“A barca firme e segura e forte e bem aparelhada, o estado das virtudes é, em que mui poucos perecem e podem navegar seguramente e passar sem perigo pelas ondas da tormenta deste mundo a porto seguro.”
Contra ventos e marés, sei que seremos capazes de arribar a porto seguro. Assim saibamos navegar e, como venho insistindo, tirar partido do mar.
Mas falta largar do cais. Falta, para ir mais além, ter de novo a visão e a capacidade para decidir dar os primeiros passos de um empreendimento secular.
Temos, de novo, de colocar o mar no nosso futuro, como do fundo do passado D. Henrique sonhou para todos nós, que habitámos estes 550 anos.
Celebremos o nosso Henrique Navegador, com o coração aparelhado para que se cumpra Portugal.”
Depois do momento das alocuções, o Presidente da República e convidados dirigiram-se ao Núcleo Museológico do Mercado de Escravos, para conhecer a exposição aí patente. Mais tarde Aníbal Cavaco Silva esteve no Centro Cultural de Lagos, onde visitou a Exposição Retratos do Infante Dom Henrique, patente até ao final do ano, e assistiu à ante-estreia da peça sinfónica “Suite das Descobertas”, cuja autoria é do compositor Armando Mota, tendo sido executada pela Orquestra do Algarve, sob a batuta do maestro Osvaldo Ferreira.
Recorde-se que a Celebração dos 550 Anos Sobre a Morte do Infante foi uma iniciativa conjunta da Associação de Municípios “Terras do Infante” (Aljezur – Lagos – Vila do Bispo) e do Município da Batalha.

Porque Tristezas Não Pagam Dívidas: ALBUFEIRA PREPARA FIM-DE-ANO EM GRANDE





Na contagem decrescente para mais um fim de ano, a autarquia de Albufeira irá apresentar o programa que marcará a passagem de 2010 para 2011. A Praia dos Pescadores volta a ser palco de um evento que se conta entre os maiores do país. O concelho de Albufeira foi pioneiro no Algarve neste tipo de eventos que constituem hoje, um forte motivo de atracção de turistas fora da época de Verão.
A apresentação do Programa de Fim de Ano 2010/2011 decorrerá esta 6ª feira, 19 de Novembro. A autarquia prepara uma apresentação pública destinada a entidades oficiais, imprensa empresários e parceiros, e que decorrerá no Restaurante – Bar Sétima Onda, a partir das 18h30.
O fim de ano em Albufeira é hoje um dos principais eventos do género em todo o país. Nos últimos anos, a autarquia tem apostado num conjunto de actividades que visam preencher diversos momentos daqueles que visitam Albufeira nesta época do ano. Este ano, a Praia dos Pescadores manter-se-á como o grande palco para acolher as celebrações da noite de passagem de ano.
Refira-se que os estudos de retorno económico demonstram que o evento tem um impacto de cerca de 10 milhões de euros na economia local. Na actual conjuntura, a autarquia vai reduzir o investimento de forma significativa. A solução passará pela criação de uma parceria abrangente que resultará num formato diferente daquilo que tem vindo a ser apresentado. Apesar da redução em matéria orçamental, está prometida uma grande campanha mediática de promoção ao destino Albufeira.
A partir do final do dia, e logo após a apresentação oficial, os canais online farão uma primeira divulgação do programa. Os mais curiosos poderão visitar a página albufeira.pt ou acompanhar as novidades através do Facebook.

Semana da Reflorestação Nacional em Tavira


O Município de Tavira aderiu à Semana da Reflorestação Nacional, a qual terá lugar, de 23 a 28 de Novembro. Em Tavira, a campanha de plantação está agendada para os dias 23 e 27, no Parque de Lazer da Mata da Conceição.

Prevê-se a participação de 45 alunos da Escola D. Paio Peres Correia, no dia 23, bem como de 70 guias e escuteiros, no dia 27.

Numa iniciativa do Movimento Plantar Portugal (MPP), este projecto visa contribuir para a conservação da natureza, biodiversidade e uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.

O seu significado não passa, unicamente, pelo gesto de plantação de árvores, favoráveis à manutenção do equilíbrio natural, mas também pela motivação à alteração de comportamentos e atitudes que tendem a agravar a tendência repressiva sobre os bens essenciais à vida humana e do planeta.

O Movimento Plantar Portugal, ao qual a Câmara Municipal se associa, trabalha “para que as pessoas tenham a oportunidade de se aproximar da floresta, de a poder vivenciar, observar, plantar e proteger.” Neste sentido, o papel dos municípios portugueses é crucial no estímulo à participação activa da sociedade, uma vez que a concretização deste género de acções proporciona o equilíbrio entre a população e os ecossistemas.

Governadora Civil de Faro reconhece que "Algarve-100 Anos de República, 100 Personalidades" é homenagem obrigatória aos que prestigiaram a região





“Os cidadãos são o que temos de melhor e os que têm construído este Algarve merecem de todos nós um profundo respeito e uma profunda admiração”, referiu ontem à noite a Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, durante a apresentação do livro “Algarve-100Anos de República, 100 Personalidades (1910-2010)”.
Para a Governadora Civil, promotora desta publicação que assinala as comemorações do Centenário da República, a obra escrita em co-autoria pelo professor António Rosa Mendes e o jornalista Neto Gomes, pretende constituir-se como uma homenagem às mulheres e homens que, independentemente da sua naturalidade e origem, contribuíram de forma exemplar para a afirmação do Algarve no contexto nacional.
“Não é fácil encontrarmos uma compilação onde estejam reunidos cidadãos de todos os quadrantes da sociedade em perfeita harmonia e isto significa que todos nós temos um lugar na história e um papel fundamental na construção de uma sociedade”, considerou Isilda Gomes, sublinhando que dar um lugar à história é construir um futuro.
No Salão Nobre, onde a apresentação da obra foi antecedida pela interpretação do Concerto da República pelo Coral Ossónoba, a Governadora Civil salientou ainda que a publicação deste testemunho histórico surge num momento em que, a determinação e coragem dos homenageados, constitui um estímulo que pode ajudar os portugueses e os algarvios a enfrentarem as dificuldades actuais.
“Numa altura em que Portugal está a passar por algumas dificuldades, trazemos aqui à memória mulheres e homens que, com muita luta e trabalho, ajudaram e continuam a ajudar a construir Portugal e a fazer do Algarve uma região cada vez maior e melhor e este é um exemplo que nos dá ânimo e estímulo para, também nós, darmos o nosso contributo a essa causa”, referiu Isilda Gomes.
Durante a cerimónia, que contou com a presença de homenageados, bem como de familiares e amigos de algumas das 100 Personalidades seleccionadas pelos dois autores do livro, a Governadora Civil elogiou o trabalho de investigação desenvolvido pelo professor Rosa Mendes e o jornalista Neto Gomes, tendo realçado que esta é uma obra incompleta apenas pela omissão de muitas outras centenas de cidadãos que contribuíram e contribuem para engrandecer o Algarve.
“Todos os cidadãos são imprescindíveis na nossa sociedade”, afirmou Isilda Gomes, para quem a publicação de “Algarve – 100 Anos de República, 100 Personalidades”, para além de uma homenagem a importantes figuras da região, representa também o reconhecimento obrigatório do Algarve a todos os que dedicaram e os que continuam a dedicar as suas vidas à valorização de uma região cada vez mais justa e solidária.
Uma região que, segundo o professor Rosa Mendes, “não é tão pobre como por vezes querem dar a entender”, e onde os seus cidadãos merecem o devido respeito e consideração.
“Nestes últimos cem anos e nos outros cem que se irão seguir, nós algarvios, temos dado grandes exemplos de cidadania”, referiu Rosa Mendes durante a cerimónia de apresentação da obra, a qual, salientou, estando “longe de ser perfeita”, simboliza os verdadeiros valores da República.
Para um melhor conhecimento das 100 Personalidades que integram o livro, o jornalista Neto Gomes fez, por sua vez, questão de apresentá-las individualmente, salientando os principais aspectos da vida pessoal e profissional de cada um dos homenageados, de origens e actividades tão diversas como as de pescador, médico, político, industrial, escritor, empresário, religioso, militares, desportista, pintor, historiador e investigador, entre outras.
“São cem, mas faltam vocês” diria o co-autor da obra a concluir a apresentação dos homenageados que, refere na nota introdutória do livro assinada em parceria com Rosa Mendes, “foram fundamentais no combate ao cinzentismo (.) e que nas diferentes áreas de intervenção tudo fizeram para o prestígio do Algarve e do País”.
Por sua vez os Presidentes da Assembleia Municipal de Faro e da Câmara Municipal de Faro, respectivamente, Luís Coelho e Macário Correia, elogiaram o Governo Civil de Faro pela publicação desta obra histórica, que constitui um tributo da região às muitas personalidades que ajudaram e ajudam o Algarve a evoluir rumo ao progresso e a um futuro promissor para as novas gerações.

Gyotaku: Técnica Japonesa na Biblioteca Municipal de Tavira


No dia 19 de Novembro, pelas 18 horas, decorre, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, a palestra Gyotaku, por Rachel Ramirez.
Trata-se de uma acção dedicada às origens e à história de uma técnica de gravação de imagens japonesa chamada Gyotaku. Há mais de um século atrás, os japoneses, com a intenção de recordar o resultado das pescarias, cobriam os peixes com tinta e pressionavam uma folha de papel de arroz sobre eles.
O desenvolvimento e uso da técnica, os materiais e a estética, espalhados por todo o mundo, são alguns dos aspectos abordados na conferência. A forma como esta técnica alia a arte e a ciência possibilita o conhecimento acerca da conservação do meio marinho, assim como das práticas e do uso de materiais amigos do ambiente.
Gyotaku é uma palavra japonesa que traduzida literalmente quer dizer "peixe" (gyo) e "impressão" (taku). Apesar da impressão de peixes ter tido a sua origem, no Japão, em meados de 1800, os primeiros esboços de gyotaku foram concebidos, durante a era Tokugawa, com o objectivo de celebrar a apanha de peixes para uma festa de Lordes Samurais.
Esta técnica foi implementada a nível internacional, nos anos 50, e, neste momento, é utilizada por todo o mundo, inclusive por estudantes, praticantes de pesca desportiva, biólogos marinhos, cientistas, artistas e ilustradores.
Ainda no decurso desta acção, está patente até dia 20 de Novembro, na Casa 5, uma exposição de Rachel Ramirez subordinada a este tema.

Dados BiográficosRachel Ramirez nasceu a 18 de Fevereiro de 1965, em Kowloon, Hong Kong (Japão) e, actualmente, vive, em Olhão, onde faz trabalhos a duas e três dimensões.
Licenciou-se em Belas-Artes, no Central St. Martins College of Art, de Londres (1989-1992) e obteve o mestrado em Belas-Artes, no Royal College of Art, também de Londres (1992-1994). Estudou, ainda, em Berlim e no Japão, através de duas bolsas de estudo que lhe foram concedidas. A sua tese de doutoramento, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto intitula-se “Gyotaku: it´s Origins and Relationship with Art and Science”.
Desde 2006, que é membro da Nature Printing Society, organização internacional dedicada à educação, história e prática da arte de gravação natural.
Nos últimos anos, fez exposições individuais em vários países, nomeadamente, Portugal, Reino Unido, Japão, Estados Unidos da América, Finlândia e Argentina. Além disso, alguns dos seus trabalhos figuram em colecções privadas na Bélgica, Cuba, Alemanha, Grécia, Japão, Holanda, Espanha, Suíça, Portugal, Reino Unido, Estados Unidos da América e em colecções públicas nestes três últimos países.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

HÁ 67 ANOS MORREU DUARTE PACHECO



Nascido em Loulé, a 19 de Abril de 1899, o Engenheiro Duarte Pacheco, faleceu no Hospital da Misericórdia de Setúbal (16 de Novembro de 1943), na sequência de um acidente de viação, ocorrido na véspera e nas imediações de Vendas Novas.
Das mais destacadas figuras algarvias do século XX, foi um brilhante engenheiro e estadista, cuja memória se encontra patente no monumento erguido na sua terra natal e nas inúmeras obras que a sua acção fez realizar e que, ainda hoje, volvido mais de meio século, são uma referência na vida do País.
Formado em Engenharia Electrotécnica no Instituto Superior Técnico (1923), de que foi um aluno brilhante e onde exerceu funções de docência e direcção, ocupou pela primeira vez funções políticas em 1928, com apenas 28 anos, como Ministro da Instrução Pública e mais tarde, com 33 anos, é nomeado Ministro das Obras Públicas e Comunicações e, depois, a 1 de Janeiro de 1938, assume as funções de Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e a partir de 25 de Maio daquele ano cumulativamente volta a exercer a pasta das Obras Públicas e Comunicações, até à sua trágica morte.
É sob a sua orientação que se dá início à construção dos edifícios do Instituto Superior Técnico (Lisboa), que constituiria o primeiro campus universitário português; é autor do projecto dos «novos bairros sociais» de Alvalade, Encarnação, Madredeus e Caselas, mandou construir a primeira auto – estrada portuguesa (Lisboa – Vila Franca de Xira, pioneira da actual A1, a marginal Lisboa – Cascais, o Estádio Nacional, a Fonte Luminosa, o Parque de Monsanto e o Aeroporto de Lisboa, sendo o grande responsável pela organização da Exposição do Mundo Português (1940) e propôs em Conselho de Ministros a construção de uma ponte rodoviária sobre o Tejo, ligando Lisboa ao Montijo, pela zona do Beato.
É este insigne algarvio, de engenheiro de grande mérito e visão e realizador estadista, o louletano Eng. Duarte Pacheco, que, volvidos 67 anos, recordamos com admiração e respeito.
A GOVERNADORA CIVIL
ISILDA VARGES GOMES

NA LEMBRANÇA DE ANTÓNIO ALEIXO



Foi em 16 de Novembro de 1949 que, em Loulé, terra de seu pai, onde há muitos anos residia, faleceu António Aleixo, aquele que, muito justamente, é considerado um dos ícones e referência maior da dita poesia «popular» portuguesa e um testemunho assinalado a nível mundial.
Nascido em Vila Real de Santo António, a 18 de Fevereiro de 1899, bem cedo conheceu as agruras da vida, conhecendo uma vasta panóplia de actividades profissionais (trabalhador rural, tecelão, soldado, polícia, vendedor de cautelas, emigrante...), ao sofrimento das doenças, de que se refere o tempo passado no Sanatório dos Covões (Coimbra), onde teve a dita de conhecer o grande amigo que foi o artista Tóssan (António Santos) e ao poeta – cantor – animador – dramaturgo, mas sempre com o pensamento vivificante nessa quadra de tão profundo sentido filosófico:

«A arte é força imanente

não se ensina, não se aprende,

não se compra, não se vende,

nasce e morre com a gente».

Hoje é uma saudosa evocação e um testemunho de um algarvio de quem a poesia enche páginas de uma profunda atitude libertadora e meditativa ou, como o definiu, aquele que foi como o poeta dizia «o seu secretário», o sempre lembrado Doutor Joaquim Magalhães:

«O poeta está afinal mais vivo, do que quando andou por este mundo».
A nossa homenagem, nela concretizando a lembrança de todo o Algarve, para com António Aleixo, um filho dilecto que tanto o honra, recordando a quadra de forte inserção política:

«Vós que lá do vosso império

prometeis um mundo novo,

Calai-vos! Que pode o Povo

Querer um mundo novo a sério!»


A GOVERNADORA CIVIL
ISILDA VARGES GOMES

Tavira: Bolsas de Estágio “Leonardo da Vinci”: pré-inscrições abertas


Estão abertas as pré-inscrições para o Programa “Leonardo da Vinci”, entre os dias 15 e 30 de Novembro de 2010, para estágios profissionais, com duração de 14 semanas, que decorrerão em Espanha (Sevilha), Irlanda (Cork) e Reino Unido (Londonderry), entre 13 de Fevereiro e 21 de Maio de 2011.
A Câmara Municipal de Tavira irá atribuir doze Bolsas de Mobilidade, quatro para cada país, destinadas a recém-licenciados, recém-diplomados em formação profissional, desempregados, ou pessoas em procura activa de emprego que tenham disponibilidade para participar no programa.
É assegurado ao participante: seguro; curso de língua (2 semanas); estágio (12 semanas); transportes locais; transfer; alojamento (quarto duplo e regime de self catering); viagem de ida e volta para o país de destino; supervisão do programa; acompanhamento final e certificação.
As inscrições deverão ser formalizadas mediante preenchimento de formulário de pré-inscrição disponível em www.cm-tavira.pt. Os formulários deverão ser remetidos via e-mail para juventude@cm-tavira.pt, devidamente acompanhados dos seguintes documentos: Curriculum Vitae, Cartão de Cidadão ou Bilhete de Identidade e Contribuinte.
Esta iniciativa, co-financiada pelo Programa Aprendizagem ao Longo da Vida 2007-2013, visa, essencialmente, favorecer a incorporação no mercado de trabalho dos diplomados, dar continuidade à formação e aumentar os níveis de qualificação e conhecimento sobre o mundo empresarial europeu e contribuir para a formação linguística dos jovens.

Dia da Memória: Governadora Civil de Faro apela a automobilistas para que poupem vidas com condução segura



"Temos de ter consciência que, a esmagadora maioria dos acidentes rodoviários, é causada por erro humano, por isso nesta data de homenagem às vítimas da estrada, temos de reforçar a mensagem de que só com uma condução segura é possível poupar vidas”, refere a Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, no âmbito das acções evocativas do Dia da Memória, que decorrerão no próximo sábado, dia 20, no Algarve.

Lamentando que, apesar de todos os esforços desenvolvidos por parte das entidades oficiais, este seja um flagelo que continua a causar sofrimento junto de muitas famílias na região, Isilda Gomes realça a necessidade de um maior participação da sociedade civil no combate a esta problemática.

“O combate à sinistralidade rodoviária é uma responsabilidade colectiva, mas essa participação não se resume a estar presente em eventos e campanhas. Passa principalmente pela consciencialização individual, porque este é um problema que começa em cada um de nós e por isso mesmo é em cada um de nós que deve ser trabalhado. Se assumirmos a condução segura como um dever pessoal, estou certa de que alteramos radicalmente os comportamentos de risco nas estradas”, defende Isilda Gomes, para dedicar um apelo especial aos mais jovens.

“A principal causa de morte de cidadãos com menos de 30 anos continua a ser a sinistralidade rodoviária e este é um cenário que temos, obrigatoriamente, de inverter. Os jovens têm de encarar este como um problema sério, que os afecta directamente, mas a educação para uma condução segura tem de ser intensificada nas escolas e na família, porque só assim será possível alertá-los para as consequências que advém dos comportamentos de risco nas estradas”, frisa a Governadora Civil.

À semelhança dos anos anteriores as acções evocativas do Dia da Memória reúnem no Algarve entidades regionais e sociedade civil. Para além dos cidadãos que anualmente se associam individualmente à efeméride, as cerimónias de sábado contam com a participação de várias centenas de motociclistas das diversas Associações, Moto Clubes e Grupos Motards da região, que se concentrarão pelas 10h00 junto ao Governo Civil de Faro.

Seguir-se-á o “Desfile pela paz nas estradas”, num percurso pela EN125 até à ermida da Sr.ª da Piedade, dedicada à Mãe Soberana, em Loulé, onde decorrerá uma missa evocativa das vítimas da estrada, celebrada pelo Bispo do Algarve. Após um momento evocativo em que será guardado um minuto de silêncio, será feita uma largada de pombos pela Columbófila de Loulé.

Esta iniciativa promovida pelo Governo Civil de Faro conta com o inestimável apoio da Diocese do Algarve e da Câmara Municipal de Loulé.

IV Festival de Órgão Faro 2010 Continua a proporcionar boa música



A Igreja do Carmo (Faro) foi palco do segundo concerto, um belo dueto (órgão e voz) com o organista Daniel Oliveira e com a soprano Susana Duarte.
O próximo concerto, dia 20 Novembro, às 21h30 na Igreja do Carmo, será o primeiro recital de órgão de uma artista feminina no Festival de Órgão.
Edite Rocha apresenta-nos um programa musical do século XVI a XVIII. Poderemos ouvir compositores ingleses como William Byrd ou John Bull (reinado da Rainha Elizabeth I).
Difundir a música original composta para órgão por compositores portugueses é um dos objectivos do festival, e, Edite Rocha, apresentará os compositores: António Carreira, Pedro de São Lourenço, Manuel Rodrigues Coelho ou Fr. Manuel de Santo de Elias.
´
Últimos dias do Programa do IV Festival sw Órgão de Faro
20 Nov 2010 - 21h30 - Igreja do Carmo
Edite Rocha

27 Nov 2010 - 21h30 - Igreja da Sé
Luca Antoniotti

OrganizaçãoAssociação Cultural Música XXI, Direcção Regional de Cultura do Algarve e Câmara Municipal de Faro

Hospital de Faro - Pequenos gestos salvam Vidas: Curso de Suporte Básico de Vida Pediátrico para Professores, Educadores e Cuidadores de Crianças


Na sequência do sucesso registado na primeira edição do Curso de Suporte Básico de Vida Pediátrico para Pais, o Hospital de Faro e a Secção Regional Sul da Ordem dos Enfermeiros pretendem dar continuidade à iniciativa através de uma formação direccionada para professores, educadores e/ou cuidadores de crianças.
Intitulado "Pequenos gestos salvam Vidas!", o curso tem lugar nos dias 20 de Novembro e 18 de Dezembro, entre as 9:00 e as 17:00 horas, no Centro de Formação, Investigação e Conhecimento do Hospital de Faro EPE.
Ministrado por enfermeiros do Hospital de Faro, o curso tem como objectivo capacitar os professores e educadores/cuidadores de crianças para utilização de procedimentos em caso de necessidade de utilização de manobras de suporte básico de vida.
As inscrições para cada curso são limitadas a 20 pessoas, devendo as mesmas serem efectuadas através do email: ausenda.duarte@ordemenfermeiros.pt
Segundo dados da Unicef de 2001, o afogamento é a segunda causa de morte acidental nas crianças, ultrapassada apenas pelas mortes em acidentes rodoviários. Em 2009 foram atendidas no Hospital de Faro treze crianças na sequência de acidentes na água e afogamentos, números que motivaram a unidade a alertar e ensinar aos pais técnicas de suporte básico de vida que podem ser executadas de imediato e que podem contribuir para a diminuição das consequências por
afogamento.