sexta-feira, 7 de maio de 2010

"Desafio é passar das actuais oito para 40 mil toneladas de Peixe em Aquacultura até 2015" - ministro em Olhão







"Temos um desafio fundamental, que é passar das oito mil toneladas que tivemos em 2008, para cerca de 40 mil toneladas até 2015", disse hoje o ministro António Serrano, durante as cerimónias de adjudicação da Área de Produção Aquícola da Armona (APAA), inauguração do Observatório de Aquicultura, em Olhão, e lançamento da 1ª pedra de uma nova fábrica de conservas, junto à Lota-Pesca da cidade da restauração.
A APAA, perto da Ilha da Armona, vai ter uma área de 34 quilómetros quadrados de extensão em zona marítima, divididos em 60 lotes, que vai ter capacidade para produzir cerca de 18 mil toneladas de peixe e bivalves em aqualcultura, ou seja mais de metade do que o que se produz atualmente em Portugal.
Trinta e um dos 60 lotes já estão atribuídos, sendo que 20 lotes são destinados à área dos bivalves o que vai permitir produzir 4,4 toneladas de mexilhão, ostras e vieiras. Os 11 lotes destinados para a área do peixe vão permitir produzir 14 mil toneladas de robalo, dourada, sargo e corvina, explicou o ministro.
"Apoiar a investigação no setor aquícola e ajudar os agentes económicos a fazer bem aquacultura é essencial para gerar emprego e é também uma alternativa à exiguidade dos recursos marinhos", sublinhou o governante.
António Serrano, que momentos antes tinha inaugurado o Observatório de Aquicultura em Olhão, garantiu, ainda na sede do IPIMAR, que este é "um organismo que tem como missão congregar em torno da actividade da aquacultura a indústria, mas também a investigação e as autarquias, acompanhando o desenvolvimento da aquicultura em Portugal de forma permanente, quer na investigação e desenvolvimento tecnológico, quer nas actividades desenvolvidas por entidades públicas e privadas ou efetuar a ligação entre o setor produtivo, universidades e outros interessados".
"Um português consome uma média de 56 quilos de peixe por ano, mas a pesca portuguesa é deficitária para o consumo", assumiu António Serrano, salientando que, "a par da aquacultura, a industria conserveira pode também ajudar o setor das pescas em Portugal".
Numa manhã muito produtiva, em Olhão, o ministro da Agricultura e Pescas, acompanhado do secretário-de-Estado da pasta, Luís Vieira, colocou, com mestria (enquanto brincava ao dizer que tinha sido ajudante de pedreiro)a 1ª pedra e respectivo cimento da futura fábrica de conservas Freitasmar, uma unidade que vai ser construída em Olhão.
A obra, avaliada em 2.485.771.90 milhões de euros, deverá estar concluída em Dezembro próximo, terá uma comparticipação comunitária de 957.022.18 mil euros.
"A indústria conserveira dá emprego a 2.500 pessoas e está a recrudescer e a retomar a actividade, mas orientada por padrões de qualidade e inovação", assegurou no local o ministro, ciente que "a indústria conserveira tem futuro e vai promover o desenvolvimento do Algarve".
Como mostra a nossa foto-reportagem, a satisfação do Autarca olhanense, Francisco Leal, dos governantes e restantes autoridades que participaram nas cerimónias extravasou para as operárias que vão laborar na futura fábrica de conservas de Olhão.

Futebol: Olhanense - Jorge Costa anunciou abandono dos leões de Olhão no final da temporada



O treinador do Olhanense, Jorge Costa, anunciou hoje, em Olhão, que vai abandonar aquele clube algarvio no final da presente Liga portuguesa de futebol.
Em conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Paços Ferreira, partida marcada para domingo, às 16:00, Jorge Costa declarou que "foram dois anos fantásticos em Olhão", mas que por uma questão de carreira decidiu "procurar novos desafios e ser treinador noutros clubes".
O ainda treinador do Olhanense, que conseguiu levar o clube do Algarve à primeira divisão na época passada e que esta temporada conseguiu a manutenção, acrescentou ainda que não tem nenhum convite formalizado até ao momento.
"Está tudo em aberto e até há a possibilidade de parar durante uma época", disse.

tomou decisão "contra o coração"

O treinador de futebol do Olhanense, Jorge Costa, disse hoje que o fim do seu ciclo no clube algarvio, onde passou "dois anos fantásticos", se prende com a procura de novos desafios para a sua carreira.
"É uma decisão que vai contra aquilo que o coração diz, depois de dois anos fantásticos a todos os níveis", disse Jorge Costa, na conferência de imprensa de antevisão da deslocação de domingo ao terreno do Paços de Ferreira, na 30ª e última ronda da Liga.
O técnico acrescentou que nesta fase da sua carreira preferiu "pensar mais com a razão, deixando o coração de lado", sublinhando: "Para mim, é importante para consolidar uma carreira, procurar abraçar outros projectos".
"É um processo normal de crescimento meu enquanto treinador, procurar novos desafios e ir crescendo de forma natural, sabendo que provavelmente vou-me arrepender muitas vezes da decisão, que não foi fácil", sustentou Jorge Costa.
O treinador, que comandou o emblema algarvio no regresso ao escalão principal 34 anos depois e, esta temporada, garantiu a manutenção, assegurou que "não vai ser fácil encontrar um clube como este".
Quando foi apresentado em Olhão, há dois anos, Jorge Costa disse que às vezes era preciso dar um passo atrás para dar depois dois à frente, e hoje, questionado sobre essas palavras, frisou que o balanço "foi positivo".
"Sair de Braga, vir para Olhão -- numa aposta de risco das duas partes --, subir o clube no primeiro ano, conseguir manter o clube na primeira divisão... Foram dois anos de sucesso e acho que estes dois passos em frente foram conseguidos", referiu.
Sobre o seu futuro, Jorge Costa revelou que todas as hipóteses estão em aberto: "Neste momento, não tenho contactos com ninguém nem perspectivas de clubes. Não tenho qualquer convite oficial."
Instado a comentar o interesse de outros clubes e até a possibilidade de ir para o estrangeiro ou ingressar como adjunto no FC Porto, o técnico assegurou que "nada, neste momento, está fora de questão".
"Desde que o projeto seja ambicioso e se enquadre naquilo que penso para o meu futuro, estou aberto a tudo", adiantou, comentando que prefere trabalhar em Portugal e que também "há a possibilidade de parar" se não aparecer um projeto com o qual se identifique.
Agência Lusa