ANDEBOL – Nacional da 3ª: Divisão (Fase de subida)
F. C. INFESTA, 27 - CLUBE VELA TAVIRA, 27
Depois do regresso a casa, falamos com o treinador da equipa do Vela, Professor, Hélder Leal. “Lamentamos e pedimos desculpa aos tavirenses, aos algarvios, aos adeptos e especialmente às gentes do Sul porque não conseguimos ir ao Norte ganhar o título”.
- Como decorreu o jogo? O que faltou para a vitória e o título?
- Queria fazer um alerta às gentes do desporto porque cada vez mais o poder do Norte está a implantar-se no nosso País. Fomos jogar a Infesta com uma dupla de árbitros de Braga e jogamos sempre a subir. Quando se joga assim, temos de jogar na alta montanha e mesmo depois de ganhar o prémio da montanha, os outros jogam a descer. É muito complicado obter resultados positivos. Sentimos isso na pele durante todo o jogo. Sentimos isso quando estivemos a ganhar por três bolas e podíamos ter passado para 4/5 e não foi possível.
Sentimos também na parte final do jogo - a mesa eram dirigentes do clube da casa - que faziam entrar jogadores excluídos, antes do tempo e na parte final os árbitros tiveram de actuar porque pela primeira vez na minha vida um jogo não acabou com o som do cronómetro. Acabou com os árbitros a terem de dar mais tempo de jogo porque com o jogo parado o cronómetro continuava a funcionar. Isso significava que o Vela não tinha tempo para tentar marcar o último golo que seria o da vitória e o título de campeão nacional.
Aquilo que se passou em Infesta foi mau de mais. Bem, em termos das pessoas que ninguém nos agrediu nem insultou. Correu também bem com os nossos adeptos.
O que é um facto é que tudo o que se passou no desenvolvimento do jogo foi muito mau para o desporto, para o andebol nacional, porque acho que a Federação não teve os cuidados necessários para enfrentar um jogo daquela natureza. Em primeiro lugar não nomeou cronometristas isentos, de fora. Em segundo lugar não pôs um delegado ao jogo e em terceiro lugar nomeou uma dupla de árbitros de Braga que é próximo do Porto que já estava lá desde sexta-feira por causa do jogo de descida do campeonato nacional de juniores. Todas estas coisas são muito complicadas no desporto.
Quem trabalha durante um ano inteiro, de forma árdua e as viagens que fazemos é muito complicado perdemos o título a três segundos do fim. Ainda tivemos uma réstia de esperança quando a três segundos do final, com a tal situação dos árbitros a terem de recuar o tempo de jogo e serem eles a finalizar o jogo. Não foi o cronómetro como acontece em toda a parte do mundo. O Vladimir Bolotskikh ainda fez um remate que foi ao bloco e no seguimento, o Palmilha fez um remate espectacular que ainda hoje não sabemos como é que o guarda-redes defendeu.
O título não quis vir para o Algarve. Ficou no Norte. O que é facto é que tudo o que se passou durante o jogo foi mau de mais.
Nós tínhamos dois objectivos. Um, o mais importante, a subida de divisão ao segundo nível, um patamar abaixo da primeira divisão e que o Vela já não conseguia estar à dez anos. O segundo objectivo fugiu e daquela maneira custa muito. Ver os atletas a chorar. No final do jogo quase todos choravam porque mereciam a vitória. Lutaram como uns heróis e foram arredados, dentro do campo o que é mais complicado.
Dou os meus parabéns ao adversário, porque lutou ao longo da época, não falhou nenhum jogo, teve três empates enquanto nós tivemos uma derrota em Samora Correia, talvez por algum excesso de confiança.
Dou os meus parabéns aos atletas. À direcção do clube, aos adeptos, aos sócios porque sempre nos acompanharam durante esta época. Mas o que é um facto é que não conseguimos concretizar o golo, fica-nos essa mágoa.
Pelos comentários, arbitragem irregular
Ficha técnica
Pavilhão Escola Sec. Abel Salazar
Árbitros: César Carvalho e Daniel Freitas
INFESTA: Cesário Pacheco, Emanuel Silva, Pedro Ferreira (6), José Carvalhais (3), Diogo Caldas, André Marinho (5), Tiago Ramos, Ricardo Ramos (6), Nuno Moreira (2), Sérgio Soares, Daniel Silva, Fernando Magalhães (1), Nuno Farelo (2), Abílio Alves (2),
Treinador: Paulo Guimarães
C. VELA: Nuno Vicente, Ângelo Pereira, Saul Assis (4), Vladimir Bolotskikh (9), Duarte Ribeiro (2), Carlos Abraul (3), Luís Palmilha (5). Dinis Livramento, João Palhinha, David Roberto (1), Gueorgui Kovatchky (2), Abel Nunes (1), Cláudio Carmo e Flávio Fernandes
Treinador: Professor, Hélder Leal
Ao intervalo: 13 – 12
Geraldo de Jesus
quarta-feira, 15 de junho de 2011
No Dia do Pescador de Tavira - Cinco “Lobos-do-mar” homenageados
Cerca de trezentas pessoas, participaram no jantar/convívio que se pretende seja de confraternização, entre os homens do mar e as famílias.
Leonardo Diogo, Presidente da Associação de Armadores e Pescadores do Concelho de Tavira (APTAV), deu conta de alguns problemas da classe, entre eles, os apoios de pesca (casinhas) cuja candidatura foi aprovada, prevendo-se o início da construção entre Julho/Agosto, do ano em curso.
Leonardo Diogo
Entrega dos coletes individuais prevista para finais de Julho. Agradeceu o apoio das entidades, entre elas o Capitão do Porto e Tavira, pela sua disponibilidade, sensibilidade social, na resolução de alguns problemas da Associação. Quanto à construção do porto de pesca, “apesar de sabermos que o processo está em marcha, prevendo-se a conclusão durante 2013, apesar de optimistas, aguardamos com enorme expectativa a construção efectiva do mesmo, deixando a interrogação: Será que a obra avança?”.
José Apolinário, Director-Geral das Pescas e Aquicultura, recordou a segurança e formação profissional. “Dos homenageados de hoje, alguns passaram pela Escola de Pesca. Hoje, alguns passam pelo Formar. É muito importante ter uma boa formação profissional, para salvaguarda da vida humana. Por isso, quero sublinhar o trabalho da Associação em conjunto com a Câmara Municipal de Tavira, ao apresentar a candidatura para a existência de coletes de salvação individual. O que estamos a falar não é saber quem tem mais ou menos coragem porque o golpe de mar não é previsto. É uma questão de segurança, bem como respeitar todas as regras de boa conduta no mar, obedecendo às autoridades marítimas. Não se trata da caça à multa. Trata-se de salvar vidas humanas.
José Apolinário
O Porto de Pesca não é ainda uma realidade é verdade. Quero testemunhar o empenho do Sr. Presidente da Câmara, junto das entidades, porque o processo não pode parar, para melhorar as condições de trabalho dos pescadores”.
O Presidente da Câmara Municipal de Tavira, Jorge Botelho, enalteceu as qualidades do Presidente da Associação, Leonardo Diogo, “um homem de ideias fortes que muitas vezes vai à Câmara reivindicar os vossos direitos os vossos interesses. Quero cumprimentar todos os homenageados por aquilo que aqui se faz. É uma distinção a uma vida de trabalho que bem merecem.
Jorge Botelho
Porque se falou aqui em desafios para a frente, aos pescadores eu quero dizer que na Câmara há um Presidente que está empenhado nos assuntos da pesca em Tavira e nos assuntos do mar. A única coisa que eu peço, é que os pescadores independentemente das suas opiniões, alinhem numa conversa séria que é defender os interesses da pesca. Respeitemo-nos todos uns aos outros. Nos interesses de termos um porto de pesca que há vinte anos está prometido e não está feito. Confiar na Câmara porque estamos a fazer tudo para defender as vossas condições de trabalho. Com toda a confiança vamos ter o porto de pesca. Ultimamente, têm surgido umas dúvidas. Conseguimos que o concurso fosse para a frente. Que as propostas fossem abertas. Há dinheiro e as propostas estão a ser avaliadas e eu espero ter o processo adjudicado para o porto de pesca no fim do ano avançar. Tavira é uma terra de pescadores. Uma terra virada para o mar”.
Os pescadores homenageados foram:
Joaquim Manuel de Jesus (Santiago), nasceu no dia 3 de Junho de 1940.
Com 13 anos tirou a cédula marítima e iniciou a sua vida no mar na embarcação “Solita", na arte dos alcatruzes, sacada, bem como na pesca da sardinha.
Joaquim Manuel Jesus
Com 20 anos de idade, integrou a Traineira “Flor do Sul Florita”, da Companhia Balsense, onde pescava sardinha, biqueirão e cavala. Em 1969 emigrou para a Alemanha, onde esteve até 1974. Ano em que regressou a Portugal e adquiriu a embarcação “Jesus”, dedicando-se à pesca de redes de estremalho e de amanho.
Em 1975, com 35 anos, foi delegado Sindical da Previdência da Mútua dos Pescadores, função que desempenhou até meados dos anos 80, sendo-lhe reconhecido um elevado espírito defensor e uma voz forte e representativa na comunidade piscatória tavirense.
Algum tempo depois vendeu a embarcação “Jesus” e comprou a “Lozarela”, a qual naufragou na Barra de Tavira durante uma tempestade. Felizmente, todos os tripulantes foram salvos por um nadador-salvador da cidade.
José Liberto Pereira Campos (Luz de Tavira), nasceu no dia 9 de Janeiro de 1956. É natural da freguesia de Santiago e reside no Sitio do Pinheiro na Luz de Tavira.
José Liberto Campos
Iniciou a actividade de pescador em 1976. Em 1978, integra a embarcação “O Cherne” em Marrocos, na pesca do anzol. Neste mesmo ano embarca no “Lila” nos Açores. Entre 1979 e 1984 esteve em Marrocos e Mauritânia. No final de 1984, na embarcação “Irmão Carlos” naufraga no Cabo Bojador, não havendo vitimas. Manteve-se em Marrocos até 1993, ano em que regressa a Portugal e se dedica à restauração.
António José Salvé-Rainha (Santa Luzia), nasceu no dia 24 de Fevereiro de 1935, nesta vila piscatória. Iniciou a actividade com 12 anos de idade. Aos 26 anos, aventurou-se na dura pesca do bacalhau nos gélidos mares da Gronelândia. Andou nos Doris a pescar o bacalhau à linha, durante dois anos. Regressado dos perigos da pesca do bacalhau, com 28 anos, emigrou para a África do Sul. Residia na Cidade do Cabo e trabalhava num arrastão espanhol na Namíbia. Também andou na pesca de lagosta e sardinha. Três anos depois regressa a Santa Luzia. Aos 36 anos de idade volta a partir, desta vez para Angola, a bordo do arrastão “Praia da Ericeira”. Poucos meses depois regressa a casa.
António José Salvé-Rainha
Em 1969, regressou definitivamente, à sua terra natal. Integra a Comissão de Mordomos da Festa de Santa Luzia, distinção reservada somente aos mestres e donos de embarcação. Após a revolução de 25 de Abril de 1974, altura em que os Comandantes de Porto foram exonerados das Casas dos Pescadores, integrou, por dois anos, uma “Comissão Administrativa” na qualidade de tesoureiro.
Aos 74 anos por força da Lei deixa definitivamente de andar ao mar, lamentando o estado em que a pesca chegou em Portugal.
Rui da Conceição Machado (Cabanas), nasceu em 1938 na cidade de Tavira. Aos 18 anos começou a participar como pescador activo na pesca do atum, fazendo, durante 7 anos, campanhas à Armação da Abóbora. Repartia, nesse período, a sua actividade profissional entre a pesca do atum (de verão, em Cabanas) e a sacada (de inverno, em Tavira). Uma das piores situações que passou, quando, no mês de Janeiro, em pleno mar de Espanha, caiu à água com roupa de oleado e botas calçadas, valendo-lhe o facto de ser um excelente nadador, o que lhe permitiu, rapidamente, alcançar a embarcação.
Rui da Conceição Machado
Nos dias de hoje, o Rui, por força das circunstâncias, já não pode ser o homem animado e bem-disposto de outrora. Conta agora 73 anos de idade e vai dividindo o seu tempo entre pequenos passeios, acompanhado pela sua mulher, e conversando com uns amigos. Esta é a melhor forma de lidar com a vida que nesta fase lhe foi madrasta.
Belarmino António dos Santos Viegas (Santa Maria), nasceu no dia 12 de Maio de 1938, em Santa Luzia. Com três meses de idade foi viver para Ayamonte com os seus pais, onde permaneceu durante 12 anos.
Belarmino Santos Viegas
De Tavira partiu aos 18 anos para tentar a sua sorte em Kenitra, Marrocos, onde permaneceu cerca de quatro “longos” meses, tendo como habitação apenas o barco, onde comiam, dormiam e trabalhavam.
Possuiu várias embarcações de pesca e durante 25 anos foi sócio-gerente de uma empresa de transportes fluviais
Em 1996, depois de ter enfrentado muitas tempestades e bonanças, anos de luta no mar e em terra, Belarmino deixa o mar. Foi no mar que se realizou. Foi no mar que se notabilizou. Foi no mar que ganhou o sustento da sua família. É com a pesca e com os pescadores que se identifica. É das suas histórias como pescador que gosta de recordar e falar.
Miguel Drago e Virgilio Lança
Cinco homens, cinco histórias de vida, que ainda deixam muito por contar. A autarquia reconhece e valoriza a dedicação ao mar, não só destes pescadores, como de todos os outros que no seu dia-a-dia enaltecem a profissão e enriquecem o sector no concelho.
Fadistas
E, porque festa de pescador, sem fado não é festa, Virgílio Lança, viola, Miguel Drago, guitarra portuguesa, as vozes de Aurora Gonçalves, Susel Caetano e Lurdes Caetano, foram as vozes convidadas para completar a festa.
Geraldo de Jesus
Leonardo Diogo, Presidente da Associação de Armadores e Pescadores do Concelho de Tavira (APTAV), deu conta de alguns problemas da classe, entre eles, os apoios de pesca (casinhas) cuja candidatura foi aprovada, prevendo-se o início da construção entre Julho/Agosto, do ano em curso.
Leonardo Diogo
Entrega dos coletes individuais prevista para finais de Julho. Agradeceu o apoio das entidades, entre elas o Capitão do Porto e Tavira, pela sua disponibilidade, sensibilidade social, na resolução de alguns problemas da Associação. Quanto à construção do porto de pesca, “apesar de sabermos que o processo está em marcha, prevendo-se a conclusão durante 2013, apesar de optimistas, aguardamos com enorme expectativa a construção efectiva do mesmo, deixando a interrogação: Será que a obra avança?”.
José Apolinário, Director-Geral das Pescas e Aquicultura, recordou a segurança e formação profissional. “Dos homenageados de hoje, alguns passaram pela Escola de Pesca. Hoje, alguns passam pelo Formar. É muito importante ter uma boa formação profissional, para salvaguarda da vida humana. Por isso, quero sublinhar o trabalho da Associação em conjunto com a Câmara Municipal de Tavira, ao apresentar a candidatura para a existência de coletes de salvação individual. O que estamos a falar não é saber quem tem mais ou menos coragem porque o golpe de mar não é previsto. É uma questão de segurança, bem como respeitar todas as regras de boa conduta no mar, obedecendo às autoridades marítimas. Não se trata da caça à multa. Trata-se de salvar vidas humanas.
José Apolinário
O Porto de Pesca não é ainda uma realidade é verdade. Quero testemunhar o empenho do Sr. Presidente da Câmara, junto das entidades, porque o processo não pode parar, para melhorar as condições de trabalho dos pescadores”.
O Presidente da Câmara Municipal de Tavira, Jorge Botelho, enalteceu as qualidades do Presidente da Associação, Leonardo Diogo, “um homem de ideias fortes que muitas vezes vai à Câmara reivindicar os vossos direitos os vossos interesses. Quero cumprimentar todos os homenageados por aquilo que aqui se faz. É uma distinção a uma vida de trabalho que bem merecem.
Jorge Botelho
Porque se falou aqui em desafios para a frente, aos pescadores eu quero dizer que na Câmara há um Presidente que está empenhado nos assuntos da pesca em Tavira e nos assuntos do mar. A única coisa que eu peço, é que os pescadores independentemente das suas opiniões, alinhem numa conversa séria que é defender os interesses da pesca. Respeitemo-nos todos uns aos outros. Nos interesses de termos um porto de pesca que há vinte anos está prometido e não está feito. Confiar na Câmara porque estamos a fazer tudo para defender as vossas condições de trabalho. Com toda a confiança vamos ter o porto de pesca. Ultimamente, têm surgido umas dúvidas. Conseguimos que o concurso fosse para a frente. Que as propostas fossem abertas. Há dinheiro e as propostas estão a ser avaliadas e eu espero ter o processo adjudicado para o porto de pesca no fim do ano avançar. Tavira é uma terra de pescadores. Uma terra virada para o mar”.
Os pescadores homenageados foram:
Joaquim Manuel de Jesus (Santiago), nasceu no dia 3 de Junho de 1940.
Com 13 anos tirou a cédula marítima e iniciou a sua vida no mar na embarcação “Solita", na arte dos alcatruzes, sacada, bem como na pesca da sardinha.
Joaquim Manuel Jesus
Com 20 anos de idade, integrou a Traineira “Flor do Sul Florita”, da Companhia Balsense, onde pescava sardinha, biqueirão e cavala. Em 1969 emigrou para a Alemanha, onde esteve até 1974. Ano em que regressou a Portugal e adquiriu a embarcação “Jesus”, dedicando-se à pesca de redes de estremalho e de amanho.
Em 1975, com 35 anos, foi delegado Sindical da Previdência da Mútua dos Pescadores, função que desempenhou até meados dos anos 80, sendo-lhe reconhecido um elevado espírito defensor e uma voz forte e representativa na comunidade piscatória tavirense.
Algum tempo depois vendeu a embarcação “Jesus” e comprou a “Lozarela”, a qual naufragou na Barra de Tavira durante uma tempestade. Felizmente, todos os tripulantes foram salvos por um nadador-salvador da cidade.
José Liberto Pereira Campos (Luz de Tavira), nasceu no dia 9 de Janeiro de 1956. É natural da freguesia de Santiago e reside no Sitio do Pinheiro na Luz de Tavira.
José Liberto Campos
Iniciou a actividade de pescador em 1976. Em 1978, integra a embarcação “O Cherne” em Marrocos, na pesca do anzol. Neste mesmo ano embarca no “Lila” nos Açores. Entre 1979 e 1984 esteve em Marrocos e Mauritânia. No final de 1984, na embarcação “Irmão Carlos” naufraga no Cabo Bojador, não havendo vitimas. Manteve-se em Marrocos até 1993, ano em que regressa a Portugal e se dedica à restauração.
António José Salvé-Rainha (Santa Luzia), nasceu no dia 24 de Fevereiro de 1935, nesta vila piscatória. Iniciou a actividade com 12 anos de idade. Aos 26 anos, aventurou-se na dura pesca do bacalhau nos gélidos mares da Gronelândia. Andou nos Doris a pescar o bacalhau à linha, durante dois anos. Regressado dos perigos da pesca do bacalhau, com 28 anos, emigrou para a África do Sul. Residia na Cidade do Cabo e trabalhava num arrastão espanhol na Namíbia. Também andou na pesca de lagosta e sardinha. Três anos depois regressa a Santa Luzia. Aos 36 anos de idade volta a partir, desta vez para Angola, a bordo do arrastão “Praia da Ericeira”. Poucos meses depois regressa a casa.
António José Salvé-Rainha
Em 1969, regressou definitivamente, à sua terra natal. Integra a Comissão de Mordomos da Festa de Santa Luzia, distinção reservada somente aos mestres e donos de embarcação. Após a revolução de 25 de Abril de 1974, altura em que os Comandantes de Porto foram exonerados das Casas dos Pescadores, integrou, por dois anos, uma “Comissão Administrativa” na qualidade de tesoureiro.
Aos 74 anos por força da Lei deixa definitivamente de andar ao mar, lamentando o estado em que a pesca chegou em Portugal.
Rui da Conceição Machado (Cabanas), nasceu em 1938 na cidade de Tavira. Aos 18 anos começou a participar como pescador activo na pesca do atum, fazendo, durante 7 anos, campanhas à Armação da Abóbora. Repartia, nesse período, a sua actividade profissional entre a pesca do atum (de verão, em Cabanas) e a sacada (de inverno, em Tavira). Uma das piores situações que passou, quando, no mês de Janeiro, em pleno mar de Espanha, caiu à água com roupa de oleado e botas calçadas, valendo-lhe o facto de ser um excelente nadador, o que lhe permitiu, rapidamente, alcançar a embarcação.
Rui da Conceição Machado
Nos dias de hoje, o Rui, por força das circunstâncias, já não pode ser o homem animado e bem-disposto de outrora. Conta agora 73 anos de idade e vai dividindo o seu tempo entre pequenos passeios, acompanhado pela sua mulher, e conversando com uns amigos. Esta é a melhor forma de lidar com a vida que nesta fase lhe foi madrasta.
Belarmino António dos Santos Viegas (Santa Maria), nasceu no dia 12 de Maio de 1938, em Santa Luzia. Com três meses de idade foi viver para Ayamonte com os seus pais, onde permaneceu durante 12 anos.
Belarmino Santos Viegas
De Tavira partiu aos 18 anos para tentar a sua sorte em Kenitra, Marrocos, onde permaneceu cerca de quatro “longos” meses, tendo como habitação apenas o barco, onde comiam, dormiam e trabalhavam.
Possuiu várias embarcações de pesca e durante 25 anos foi sócio-gerente de uma empresa de transportes fluviais
Em 1996, depois de ter enfrentado muitas tempestades e bonanças, anos de luta no mar e em terra, Belarmino deixa o mar. Foi no mar que se realizou. Foi no mar que se notabilizou. Foi no mar que ganhou o sustento da sua família. É com a pesca e com os pescadores que se identifica. É das suas histórias como pescador que gosta de recordar e falar.
Miguel Drago e Virgilio Lança
Cinco homens, cinco histórias de vida, que ainda deixam muito por contar. A autarquia reconhece e valoriza a dedicação ao mar, não só destes pescadores, como de todos os outros que no seu dia-a-dia enaltecem a profissão e enriquecem o sector no concelho.
Fadistas
E, porque festa de pescador, sem fado não é festa, Virgílio Lança, viola, Miguel Drago, guitarra portuguesa, as vozes de Aurora Gonçalves, Susel Caetano e Lurdes Caetano, foram as vozes convidadas para completar a festa.
Geraldo de Jesus
VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: MENDES BOTA NO PARLAMENTO EUROPEU
Mendes Bota foi hoje orador convidado na reunião da Comissão dos Direitos da Mulher e da Igualdade dos Géneros do Parlamento Europeu, para falar sobre a Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica, cuja subscrição foi aberta no passado dia 11 de Maio, em Istambul.
Nesta reunião, interveio também a Relatora Especial da ONU para a violência contra as mulheres, Rashida Manjoo.
Mendes Bota pediu o apoio dos deputados europeus para que a União Europeia se torne também parte da Convenção, e para que, nos respectivos países, defendam a subscrição e o processo de ratificação o mais rapidamente possível.
O deputado português, que é o presidente da Comissão para a Igualdade do Conselho da Europa , elencou três elementos, que conferem a este instrumento “uma importância muito particular:
É ambiciosa, sendo o primeiro tratado internacional que cobre a questão da violência contra as mulheres e a violência doméstica, reconhecendo-as como uma violação dos direitos humanos e uma forma de discriminação, e estabelecendo uma ligação entre a igualdade de género e a violência de género;
É inovadora, pois trata-se do primeiro documento internacional juridicamente vinculativo que reconhece o papel dos parlamentos na monitorização da sua implementação;
É abrangente, pois cobre as necessidades e a segurança das vítimas de todo o típo de violência de género, em tempo de guerra ou de paz: violência física, violência psicológica, casamentos forçados, stalking, violência sexual (incluindo a violação), mutilação genital feminina, aborto forçado, esterilização forçada, assédio sexual ou crimes cometidos em nome da chamada “honra”;”
Mendes Bota frisou também que esta Convenção está aberta para subscrição de qualquer Estado, mesmo fora da Europa, e manifestou a esperança de que países com o estatuto de observadores no Conselho da Europa, como o México, Estados Unidos ou Canadá, venham a subscrevê-la, assim como alguns países do Norte de África (Marrocos e Tunísia), no quadro da Parceria para a Democracia que pretendem estabelecer com a organização de Estrasburgo.
Nesta manhã, Mendes Bota, Rashida Manjoo e a presidente da Comissão FEMM do Parlamento Europeu, Eva-Britt Svensson, deram uma conferência de imprensa conjunta, em apoio à Convenção de Istambul.
Recorde-se que já subscreveram este instrumento jurídico internacional, treze Estados, a saber: Áustria, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Islândia, Luxemburgo, Montenegro, Portugal, Eslováquia, Espanha, Suécia e Turquia.
Nesta reunião, interveio também a Relatora Especial da ONU para a violência contra as mulheres, Rashida Manjoo.
Mendes Bota pediu o apoio dos deputados europeus para que a União Europeia se torne também parte da Convenção, e para que, nos respectivos países, defendam a subscrição e o processo de ratificação o mais rapidamente possível.
O deputado português, que é o presidente da Comissão para a Igualdade do Conselho da Europa , elencou três elementos, que conferem a este instrumento “uma importância muito particular:
É ambiciosa, sendo o primeiro tratado internacional que cobre a questão da violência contra as mulheres e a violência doméstica, reconhecendo-as como uma violação dos direitos humanos e uma forma de discriminação, e estabelecendo uma ligação entre a igualdade de género e a violência de género;
É inovadora, pois trata-se do primeiro documento internacional juridicamente vinculativo que reconhece o papel dos parlamentos na monitorização da sua implementação;
É abrangente, pois cobre as necessidades e a segurança das vítimas de todo o típo de violência de género, em tempo de guerra ou de paz: violência física, violência psicológica, casamentos forçados, stalking, violência sexual (incluindo a violação), mutilação genital feminina, aborto forçado, esterilização forçada, assédio sexual ou crimes cometidos em nome da chamada “honra”;”
Mendes Bota frisou também que esta Convenção está aberta para subscrição de qualquer Estado, mesmo fora da Europa, e manifestou a esperança de que países com o estatuto de observadores no Conselho da Europa, como o México, Estados Unidos ou Canadá, venham a subscrevê-la, assim como alguns países do Norte de África (Marrocos e Tunísia), no quadro da Parceria para a Democracia que pretendem estabelecer com a organização de Estrasburgo.
Nesta manhã, Mendes Bota, Rashida Manjoo e a presidente da Comissão FEMM do Parlamento Europeu, Eva-Britt Svensson, deram uma conferência de imprensa conjunta, em apoio à Convenção de Istambul.
Recorde-se que já subscreveram este instrumento jurídico internacional, treze Estados, a saber: Áustria, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Islândia, Luxemburgo, Montenegro, Portugal, Eslováquia, Espanha, Suécia e Turquia.
UNIVERSIDADE DE VERÃO EM LOULÉ: ESTUDOS SOBRE O MEDITERÂNEO II
Na primeira quinzena de Julho, na Alcaidaria do Castelo de Loulé e outros espaços da Zona Histórica de Loulé, realiza-se pelo segundo ano consecutivo a Universidade de Verão – Estudos sobre o Mediterrâneo II.
A Universidade do Algarve, nesta iniciativa, oferece um conjunto de actividades educativas e complementares, tanto para estudantes universitários como para todos aqueles cidadãos que queiram ampliar, ou actualizar, a sua formação académica e as suas competências socioprofissionais.
Esta segunda edição da Universidade de Verão tem como finalidade dar continuidade à edição do ano anterior, possibilitando a frequência de pequenos cursos com uma unidade interna, que permitem dar a conhecer alguns dos saberes que a Universidade do Algarve desenvolve. Ao sair dos muros dos seus campi, a Universidade do Algarve convoca o espaço envolvente, a cidade de Loulé, a participar de uma maneira activa na realização dos cursos propostos.
O curso decorre diariamente, das 18h às 20h e das 21h às 23h, durante duas semanas, terão lugar diversos cursos breves (10 horas), que poderão ser frequentados gratuitamente, sendo emitido um certificado de frequência para o qual é obrigatória a presença em 80% das sessões.
As inscrições podem ser feitas na Divisão de Cultura e Museus, Rua Vice-Almirante Cândido dos Reis, nº36, 8100 Loulé, telefone 289 400 957 ou e-mail dcm@cm-loule.pt
Refira-se que a Universidade do Algarve é uma das acções previstas no Programa CHARME Loulé, plano de regeneração do casco medieval da cidade de Loulé, tendo em vista a sua transformação em termos económicos, sociais e de reabilitação urbana, que irão incutir uma nova dinâmica a esta zona nobre da cidade.
São Brás de Alportel: Criança de 16 meses morre em lago com dois palmos de água - Creche Encerrada
Uma criança com 16 meses, morreu esta terça-feira em São Brás de Alportel, após queda em lago com dois palmos de água e entrou cadáver no hospital, informaram fontes dos bombeiros e do INEM.
Segundo informações do Comando Distrital de Operações de Socorro, o alerta de que uma criança com cerca de um ano de idade tinha sido vítima de queda num "charco de água" foi dado aos bombeiros às 13:39.
Os bombeiros seguiram para o local com dois veículos e avisaram o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que recebeu a informação às 13:42 de que uma criança estava paragem cardio -respiratória devido a afogamento num pequeno lago com um a dois palmos de água de altura", adiantou à Lusa fonte das relações públicas do INEM.
O INEM, que esteve no local com suporte avançado de vida, ainda conseguiu "a um determinado momento reverter a paragem cardio respiratória da criança, mas infelizmente a criança voltou a entrar em paragem", contou fonte do INEM.
A equipa do INEM seguiu com a criança em manobras para o Hospital Central de Faro, mas segundo fonte hospitalar a criança "entrou cadáver" naquela instituição hospitalar cerca das 15:30.
A notícia do afogamento foi hoje dada pelo jornal Correio da Manhã.
Afogamento continua a ser em Portugal a segunda causa de morte entre as crianças até aos quatro anos de idade, apenas ultrapassada pelas mortes em acidentes rodoviários.
Segundo a Associação Portuguesa de Segurança Infantil (APSI), em 2009 morreram 17 crianças em Portugal por afogamento. No Algarve foram registados 13 acidentes em 2009, quatro dos quais mortais, em piscinas particulares.
Entre janeiro e setembro de 2008, a APSI registou 12 crianças mortas por afogamento, cinco das quais em piscinas privadas no Algarve. Oitenta por cento dos afogamentos na região ocorrem em piscinas privadas e em 85 por cento dos casos com população não residente.
Nelson Pires
Creche ilegal onde morreu uma criança foi mandada fechar
A creche ilegal que funcionava numa vivenda particular em S. Brás e onde uma criança morreu após queda em lago ornamental foi fechada, disse hoje à Lusa, o presidente da Segurança Social.
A Segurança Social assegurou-se que aquele espaço [a vivenda], não funciona mais como local de acolhimento de crianças, pois não há registo nenhum de que aquela residência particular fosse uma creche", afirmou Edmundo Martinho.
A proprietária da vivenda, que está a receber apoio psicológico após ter ficado em estado de choque com a notícia da morte de uma menina que estava ao seu cuidado, tomava conta de seis crianças com idades inferiores aos dois anos.
Os pais das restantes cinco crianças estão a ser apoiados pela Segurança Social para que, juntos, encontrem uma solução para a guarda dos filhos, adiantou Edmundo Martinho.
Uma criança de 16 meses de idade morreu terça-feira à tarde em S. Brás de Alportel (Algarve) após queda num pequeno lago ornamental com um a dois palmo de água, tendo entrado cadáver no Hospital Central de Faro.
Os pais da criança que morreu também estão a receber apoio psicológico, acrescentou Edmundo Martinho.
O Hospital Central de Faro já comunicou ao Ministério Público de Faro o óbito da criança e ordenou a autópsia.
O caso vai ser investigado pela Polícia Judiciária, confirmou hoje à Lusa, fonte do Ministério Público de Faro.
CCM (Lusa)
Segundo informações do Comando Distrital de Operações de Socorro, o alerta de que uma criança com cerca de um ano de idade tinha sido vítima de queda num "charco de água" foi dado aos bombeiros às 13:39.
Os bombeiros seguiram para o local com dois veículos e avisaram o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que recebeu a informação às 13:42 de que uma criança estava paragem cardio -respiratória devido a afogamento num pequeno lago com um a dois palmos de água de altura", adiantou à Lusa fonte das relações públicas do INEM.
O INEM, que esteve no local com suporte avançado de vida, ainda conseguiu "a um determinado momento reverter a paragem cardio respiratória da criança, mas infelizmente a criança voltou a entrar em paragem", contou fonte do INEM.
A equipa do INEM seguiu com a criança em manobras para o Hospital Central de Faro, mas segundo fonte hospitalar a criança "entrou cadáver" naquela instituição hospitalar cerca das 15:30.
A notícia do afogamento foi hoje dada pelo jornal Correio da Manhã.
Afogamento continua a ser em Portugal a segunda causa de morte entre as crianças até aos quatro anos de idade, apenas ultrapassada pelas mortes em acidentes rodoviários.
Segundo a Associação Portuguesa de Segurança Infantil (APSI), em 2009 morreram 17 crianças em Portugal por afogamento. No Algarve foram registados 13 acidentes em 2009, quatro dos quais mortais, em piscinas particulares.
Entre janeiro e setembro de 2008, a APSI registou 12 crianças mortas por afogamento, cinco das quais em piscinas privadas no Algarve. Oitenta por cento dos afogamentos na região ocorrem em piscinas privadas e em 85 por cento dos casos com população não residente.
Nelson Pires
Creche ilegal onde morreu uma criança foi mandada fechar
A creche ilegal que funcionava numa vivenda particular em S. Brás e onde uma criança morreu após queda em lago ornamental foi fechada, disse hoje à Lusa, o presidente da Segurança Social.
A Segurança Social assegurou-se que aquele espaço [a vivenda], não funciona mais como local de acolhimento de crianças, pois não há registo nenhum de que aquela residência particular fosse uma creche", afirmou Edmundo Martinho.
A proprietária da vivenda, que está a receber apoio psicológico após ter ficado em estado de choque com a notícia da morte de uma menina que estava ao seu cuidado, tomava conta de seis crianças com idades inferiores aos dois anos.
Os pais das restantes cinco crianças estão a ser apoiados pela Segurança Social para que, juntos, encontrem uma solução para a guarda dos filhos, adiantou Edmundo Martinho.
Uma criança de 16 meses de idade morreu terça-feira à tarde em S. Brás de Alportel (Algarve) após queda num pequeno lago ornamental com um a dois palmo de água, tendo entrado cadáver no Hospital Central de Faro.
Os pais da criança que morreu também estão a receber apoio psicológico, acrescentou Edmundo Martinho.
O Hospital Central de Faro já comunicou ao Ministério Público de Faro o óbito da criança e ordenou a autópsia.
O caso vai ser investigado pela Polícia Judiciária, confirmou hoje à Lusa, fonte do Ministério Público de Faro.
CCM (Lusa)