""UNICOFA É VIÁVEL: EXIGE-SE AÇÃO DOS PODERES PÚBLICOS E DISPONIBILIDADE DA BANCA E OUTROS CREDORES PARA EVITAR A QUEDA E DESEMPREGO", afirma o movimento Cidadãos com Faro no Coração (CFC), liderado pelo ex-edil de Faro, José Vitroino, através de uma nota de imprensa, que transcrevemos:
"A propósito da declaração de insolvência da UNICOFA pelo Tribunal a requerimento de um fornecedor, sendo a empresa viável justifica-se uma ação determinada para evitar a sua queda, impedindo também que o “cutelo” do desemprego se abata sobre os 115 trabalhadores.
No presente e face às dificuldades da empresa, quase todos os trabalhadores já pediram a suspensão do contrato de trabalho, para garantirem o subsídio de desemprego. Vai ser um Natal com uma consoada amarga, mas com um misto de esperança.
CFC salienta que se está perante uma empresa do Algarve e com capitais algarvios com mais de três décadas de existência, sedeada em Faro e implantada em Tavira, Algoz e Lagos, que justamente se alcandorou a uma posição de referência no tecido empresarial regional.
É fato que a empresa atravessa problemas de tesouraria, mas estruturalmente é sólida, pelo seu património, rede comercial e qualificação dos trabalhadores. Por outro lado, a riqueza produzida fica na região, para investimento, consumo e poupança.
A UNICOFA tem um património que é quase o dobro do passivo, um volume de negócios que em 2009 rondou os 25 milhões € e há importantes empresas interessadas em parcerias, pelo que seria quase absurdo que a empresa “caísse”, com a eventual venda dos bens ao “desbarato” para pagar aos credores. Por isso, são de fazer todos os esforços para se avançar com um plano de viabilização, relevante para o Algarve e em termos económico-sociais.
Naturalmente os problemas de tesouraria afetaram e afetam a atividade da empresa e as relações com trabalhadores, clientes e credores. E foi nesse contexto que ainda antes da declaração de insolvência foi apresentado um Plano de Revitalização ao IAPMEI.
Os Cidadãos com Faro no Coração continuarão atentos e disponíveis para o que for necessário e apelam para serem desencadeadas ações a vários níveis: pelo Governo, IAPMEI, Deputados, Governadora Civil, AMAL, Presidentes das Câmaras de Faro, Tavira, Silves e Lagos e entidades bancárias.
Por último, CFC dá uma palavra de solidariedade e coragem aos trabalhadores, acionistas e diretores. Ao mesmo tempo, apela para que no processo que agora se segue à declaração de insolvência, haja vontade e disponibilidade da banca e outros credores (nomeadamente fornecedores), para um plano de viabilidade da UNICOFA", conclui o documento CFC.
