quarta-feira, 16 de novembro de 2011
No Algarve:13,3% DE DESEMPREGO EM JULHO, AGOSTO E SETEMBRO
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, a taxa de desemprego no Algarve atingiu os 13,3% no 3º trimestre do corrente ano, enquanto que a mesma taxa, e relativamente ao território nacional, se situava nos 12,1%.
Para a União dos Sindicatos do Algarve (U.S.ALG)"convém recordar que o 3º trimestre se reporta aos meses de Julho, Agosto e Setembro, à designada “Época Alta” do Turismo Algarvio, que corresponde ao período do ano onde supostamente há mais emprego na região e, como tal, menos desemprego".
"Não existem registos passados de uma tão elevada taxa de desemprego no Algarve neste período, o que configura, por si só, um elemento de extrema preocupação quanto à situação do emprego no inverno que se avizinha, sobretudo tendo em consideração que com uma menor taxa de desemprego no período homólogo do ano passado se atingiu uma taxa de 17% no Inverno seguinte", adianta a nota de imprensa.
"Entretanto, existem outros elementos que tenderão a agravar a situação do desemprego, nomeadamente, e entre outros, os decorrentes do encerramento contínuo de empresas, as políticas económicas e sociais levadas a cabo pelo Governo e a recessão induzida na economia.
A União dos Sindicatos do Algarve recorda que oportunamente apresentou ao Governo um conjunto de propostas e de ideias para travar o crescimento do desemprego na Região e que este, tendo-se comprometido a apresentar resposta até ao fim da 1ª quinzena de Agosto, nunca o fez, alheando-se manifestamente dos problemas do Algarve e do drama de milhares de famílias algarvias, contribuindo também desta forma para o agravamento da situação. Ao tomar esta atitude, o Governo assumiu-se como principal responsável pela dimensão inaudita que o desemprego vai atingindo no Algarve.
É pois também contra o desemprego, e contra as políticas e atitudes do Governo, que os trabalhadores algarvios vão lutar no próximo dia 24, na Greve Geral e nas acções de rua que a acompanharão, nomeadamente na Concentração que se realiza a partir das 15.00 horas no Jardim Manuel Bívar, em Faro", conclui o documento da U.S.ALG.
12º Jantar Convívio a favor do doente oncológico
A Associação Oncológica do Algarve irá realizar, no próximo dia 26 de Novembro, o 12º Jantar Convívio, com início às 19:30H, na Universidade do Algarve - Campus de Gambelas. O objectivo da iniciativa destina-se à angariação de fundos para apoio ao doente oncológico.
"O espaço do refeitório foi mais uma vez cedido pelo Dr. Amadeu Cardoso, responsável pelos Serviços de Acção Social da Universidade. É bom que se diga que, sendo já o 12º Jantar, a disponibilidade com que temos sido recebidos quando vamos pedir a cedência das instalações é total e com incentivo a que continuemos a realizar a obra que temos prometido", afirma a organização.
A confecção e serviço do Jantar são secundados pelo total apoio que a Chefe de Cozinha e toda a equipa têm voluntariamente manifestado.
O Menu é composto por Sopa de Legumes, Frango “À Moda do Campo” e incluí Sobremesa e uma Bebida.
Ricardo Martins estará entre os vários artistas que actuam em prol da causa
Quanto à animação?! Virá depois da refeição com artistas amigos da A.O.A, tais como: Banda de Baile - Baía, Dany e Filipe, Grupo de Dança - Ginga Show, Grupo Folclórico de Faro, Isabel Frade, Kristino, Luís Guilherme, Ricardo Martins e Sara Gonçalves.
Trata-se de uma de convívio familiar com sorteio de um Fim-de-semana para duas pessoas no Pestana Golf & Resorts, através da aquisição do Bilhete do Jantar. Outros prémios serão divulgados na altura.
Crematório avança
A Câmara Municipal deliberou hoje avançar para a adjudicação da conceção, construção e concessão da exploração do crematório no Novo Cemitério de Faro (Penha).
Decorrido o concurso público a proposta mais vantajosa para o Município foi a apresentada pelo agrupamento Servilusa – Agências Funerárias, S.A. que fica agora responsável pelo projeto.
Em contrapartida, pela ocupação do terreno, a autarquia irá receber mensalmente 1.500,00€ (mais IVA). Acresce a este valor fixo 7% do total das verbas realizadas com as cremações.
Faro coloca-se na linha da frente neste tipo de ofertas sendo a primeira cidade a disponibilizar o serviço.
Em média, realizam-se anualmente cerca de 5.000 funerais no Algarve e nos últimos anos tem vindo a verificar-se uma crescente procura de cremações o que justifica em pleno esta decisão da autarquia.
O Algarve tem agora uma resposta correspondente à procura. No ótica das famílias também se deu um importante passo no sentido de tornar as despedidas dos seus entes queridos menos desgastantes, pois até à data caso optassem por cremação eram obrigados a penosas deslocações.
Mais sobre o projeto:
O edifício dos fornos crematórios desenvolve-se num único piso que dá continuidade ao edifício central já existente. A compartimentação interna será demarcada por 2 zonas bem diferentes entre si que evitam a interferência dos circuitos do público em geral, relativamente aos dos técnicos, que assegurarão o funcionamento deste equipamento.
O acesso do público ao imóvel é praticado pelo seu alçado sul, através de uma galeria coberta, (que dá continuidade à galeria já existente no corpo edificado) e é a partir daqui que têm acesso aos vestíbulos e à "Capela Ecuménica".
Como espaço limite acessível ao público teremos dois compartimentos que antecedem as antecâmaras dos 2 fornos crematórios, onde serão efectuadas as últimas despedidas, antes de se proceder às cremações. Esta zona pública está apoiada por duas instalações sanitárias (dimensionadas e equipadas por forma a torná-las acessíveis aos cidadãos de mobilidade reduzida).
Integrada nas zonas de serviços estão previstas duas salas dos fornos crematórios antecedidas das respectivas antecâmaras, a "sala de preparação", onde se localizam também um espaço para as câmaras frigoríficas, uma arrecadação, uma instalação sanitária, vestiário e balneários para apoio dos técnicos. Como complemento destas áreas no topo Norte do imóvel, acessível por meio de um pátio de serviço, temos um compartimento destinado ao forno incinerador, que eliminará os resíduos produzidos neste recinto.
DELEGAÇÃO DE TAVIRA DA CRUZ VERMELHA - COMEMOROU TRINTA ANOS DE ACTIVIDADE
A direcção da Delegação de Tavira da Cruz Vermelha, para comemorar o 30º Aniversário, organizou, no Quartel Militar da Atalaia (RI1), um jantar onde estiveram presentes cerca de quatrocentas pessoas, entre elas os funcionários/colaboradores, Deputados, Presidente da ARS, Presidente da Segurança Social, Presidentes de Câmaras Municipais, Presidente da Sede da Cruz Vermelha Portuguesa, Presidentes de Delegações da Cruz Vermelha Portuguesa, Presidente de Juntas de Freguesia, Comandante de órgãos de segurança, Vereadores, Directores de instituições e empresas, entre outras individualidades.
No uso da palavra, o Major-General, Fernando Governo Maia, em representação da direcção da Cruz Vermelha Portuguesa, fez o historial da fundação da Cruz Vermelha Internacional. Referindo-se à efeméride “num dia de aniversário, avaliar o passado e comemorar o presente é perspectivar o futuro das nossas instituições. Quero deixar publicamente ao Presidente da Delegação, Dr. Manuel Martins, o agradecimento pela sua elevada capacidade directiva e dinamismo que tem utilizado na construção das obras sociais de apoio aos mais desfavorecidos, nesta região algarvia, com resultados bem visíveis.
Dia de aniversário. Dia de reflexão e dia de convívio. No dia do 30º. Aniversário, desejo sinceramente que a força anímica e o entusiasmo do seu colectivo bisem todos os objectivos de 2011/2012 com total dádiva ao próximo, apesar das dificuldades acrescidas para a sociedade portuguesa no próximo 2012”.
Martins dos Santos, Director da Administração Regional de Saúde do Algarve (ARSA): “É importante para qualquer instituição comemorar trinta anos, mas é importante sobretudo, quando essa instituição é de solidariedade social, como é o caso da Cruz Vermelha de Tavira e quando se dedica ao próximo, com a generosidade que tem tido. Gostaria de salientar alguns aspectos que são importantes. Entre a C. V. Tavira e ARSA, existem parcerias que têm funcionado muito bem, graças ao empenho do Dr. Almeida Martins. Esta não é obra de um homem só. É obra de uma equipa. As parcerias têm a ver com as unidades de cuidados continuados, onde existem duas unidades de longa e média duração, com doentes internados que não podem fazer a sua vida em casa. Tem funcionado muito bem. Lamentavelmente não podemos garantir, no futuro imediato, essa rede de cuidados continuados, atendendo às condições financeiras que atravessamos no País”.
Arnaldo Oliveira, Presidente da Segurança Social, referiu que “a Cruz Vermelha de Tavira tem vindo a desempenhar um papel difícil de ajuda às famílias mais carenciadas, mais numerosas. De facto, com as parcerias com os sectores público e privado, tem sabido encontrar formas de aumentar a qualidade de vida daqueles que mais precisam. A Segurança Social continuará a dar o apoio a esta instituição”.
O Presidente do Município de Tavira, Jorge Botelho, começou por referir que a Cruz Vermelha “é uma instituição solidária, amiga. Para todos vocês que trabalham todos os dias, o meu muito obrigado. Trinta anos de uma instituição de solidariedade já de si é obra. Esta instituição é o segundo empregador do concelho de Tavira. Empregar trezentos funcionários nos tempos que correm é uma responsabilidade enorme. Trabalhei muitos anos com o Manuel Martins e continuo a trabalhar. Está permanentemente insatisfeito e quer sempre mais para a sua instituição e esta é uma característica de quem quer fazer alguma coisa. Falar da Cruz Vermelha é falar de uma instituição que não tem substituto. É falar de uma instituição que abnegadamente, todos os dias, trata de crianças, idosos, doentes, leva comida a casa às pessoas, dá carinho e conforto. Fala com as pessoas que estão abandonadas, dependentes e isoladas. Fazem aquilo que muita gente fala e não faz. Como em tempo de crise é melhor fazer do que dizer que faz.
O Município de Tavira, orgulha-se de ter em Tavira a segunda delegação da Cruz Vermelha Portuguesa e faz parte do nosso património. O Município de Tavira quer distinguir a Cruz Vermelha com uma pequena homenagem. Uma placa para simbolizar os trinta anos. Na próxima reunião, quando houver uma rua disponível, eu proporei à Comissão de Toponímia que atribua uma rua da nossa cidade ao Núcleo da Cruz Vermelha de Tavira”.
Foram distinguidos por mais de 15 anos de serviços e dedicação na delegação de Tavira da C. V., quinze funcionários: Maria José Brito, Cidália Pereira, Elizabete Pires, Maria Irene Mendes, Maria Cristiana Fernandes, Regina Guerreiro, Ana Cristina Martins, Fátima Martins, Eugénio Martins, Angel Delgado, Idalina Pereira, Maria Luz Silva, Patrocinadores: Regimento de Infantaria n.º 1, Alltendas, Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António, Câmara Municipal de Tavira, Aviludo, Talho José Desidério da Conceição Monchique e Herdeiros, Bafrutal, Intermaché de Altura, Monte Gordo e Vila Real de Santo António, Ezequiel Oeiras – Fábrica de Doçaria e Pastelaria Regional, Conserveira do Sul, Vinhos Cabrita, Vinhos Quinta dos Lopes, Vinhos Monte da Casteleja, Única – Adega Cooperativa do Algarve, Herdade dos Pimenteis, Rota dos Vinhos do Alentejo, Delta Cafés, Super Bock e Águas do Luso.
Isabel Marília Gonçalves, Fernanda Martins e Maria José Correia.
Durante o jantar, actuaram a fadista Aurora Gonçalves, acompanhada por Ricardo Martins (guitarra portuguesa), Aníbal Vinhas (viola), o contador de histórias e humorista Serafim, Grupo de Musica Popular “Segue em frente”.
Geraldo de Jesus
O HOSPITAL VAI SER UMA REALIDADE!
Manuel Almeida Martins, Presidente da Direcção, falou para o “ALGARVE PRESS”:
- Da extensão de Faro, até aos dias hoje passaram trinta anos. Muito trabalho e evolução.
- Houve sempre grande evolução. O Núcleo de Tavira, foi formado nos anos 80. A partir daí fizemos uma caminhada. O Bento Luís deixou uma obra significativa. Foi-se modificando, crescendo numa obra maior e mais completa. Portanto, os 30 anos revelam bem a potencialidade e orgulho que esta Delegação de Tavira, depois de várias palavras que ouvi, sinto-me orgulhoso de ter uma instituição como esta.
- De Tavira já passou para o exterior da cidade. Unidade de cuidados continuados em Santa Catarina da Fonte do Bispo e em Castro Marim.
- Castro Marim éramos para fazer uma unidade de cuidados continuados, que não conseguimos fazer porque a Câmara mandou-nos o documento já atrasado pelo que não conseguimos o previsto inicialmente. No entanto, a valência de Santa Catarina está com umas características, que não conseguimos inovar, derivado ao edifício. Aquela obra não vamos abandonar.
- Houve terreno construiu-se o Centro de hemodiálise. Há terreno. O hospital?
- O terreno para o hospital. Estamos ainda com o projecto em acção. A ideia não morreu. A delegação de Tavira da CV quer o hospital. O processo encontra-se neste momento em aprovação nos Bombeiros que após o parecer vai para a Câmara que vai dar o seu parecer favorável. O projecto concerteza para o ano estará a ser construído o hospital. Já temos alguns contactos e vai ser uma realidade.
- Se os idosos merecem carinho, as crianças não ficam esquecidas. A Gaivota.
- As crianças desfavorecidas da Gaivota, foi uma ideia em que sempre nos empenhámos na medida em que achamos que as crianças têm de ter a maior dignidade possível. É essa dignidade que lhe queremos dar.
- Quantos funcionários, tem a Delegação de Tavira?
- Temos cerca de trezentos e temos também colaboradores/voluntários o que ronda os quatrocentos e cinquenta.
- Todo esse pessoal, mais despesas com viaturas. De onde vêm as verbas para assegurar todos esses custos?
- Esses apoios são de protocolos que nós temos com a Segurança Social, com a Administração Regional de Saúde, com a Câmara Municipal de Tavira. Portanto, as verbas vêm do nosso trabalho e dos protocolos.
- Estamos em tempo de crise. Projectos para 2012?
- Uma unidade de cuidados continuados em Tavira que já perdeu a validade, mas que vamos renová-lo. Estamos à espera e aguardamos. Temos outro projecto. Temos programas e queremos chegar à serra para dar apoio aos nossos idosos.
G. J.
DEBATE CIVIS - "Os Novos Movimentos Sociais"
A CIVIS – Associação para o Aprofundamento da Cidadania promove no próximo Sábado, dia 19 de Novembro, pelas 21h30, nos Artistas, em Faro, um debate subordinado ao tema “Os Novos Movimentos Sociais”.
Na sequência da crise económica e financeira, do agravamento das condições sociais e da desconfiança face à classe política, os cidadãos saíram à rua para contestar, para mostrar a sua indignação, para protestar, para reivindicar!
Fruto da sociedade de informação e da facilidade de acesso às redes sociais, os novos movimentos sociais ganham expressão e adeptos.
Será esta uma nova forma de democracia participativa? Onde falhou a democracia representativa? Onde falharam o Estado, os partidos políticos, os governos? Falta massa crítica ou liderança? Que influência e instrumentos têm estes movimentos para a mudança de paradigma? Para onde caminham estes movimentos e com que objectivos? Encontrarão estes movimentos as soluções para os problemas e desafios que enfrentamos?
Estas e outras questões serão o objecto de reflexão e debate que contará com a análise multidisciplinar do Professor António Covas, da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, da Professora de Ciência Política da Universidade Católica Elisabete Azevedo, do Sociólogo Nelson Dias, do Advogado João Vidal e dos protagonistas de alguns destes movimentos.