O presidente do Observatório sobre Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) criticou ontem a ausência de um "plano de segurança" para o Algarve e a falta de "critérios objectivos" no reforço policial no Verão.
Em declarações à Lusa, o presidente da OSCOT Bacelar Gouveia, afirmou que o Algarve tem dois problemas relacionados com a segurança.O primeiro é "não ter um plano de segurança" e o segundo problema, indirectamente ligado, é a sazonalidade relacionado com o turismo, que obriga a um reforço do dispositivo policial, mas que não obedece a "critérios inteiramente objectivos"."O dispositivo policial não pode ser o mesmo no Verão e no Inverno e portanto no Verão é necessário reforçar esse dispositivo policial com agentes que vêm de outras parte do país", explicou Bacelar Gouveia.Contudo, segundo o presidente da OSCOT, às vezes não se percebe bem qual é o critério para esse reforço policial. Para Bacelar Gouveia é essencial saber se o reforço do efectivo é suficiente, "se é feito nas áreas de maior risco, saber se as áreas de intervenção da PSP e GNR são feitas com critérios objectivos ou se às vezes não é um pouco a olho".Na opinião do presidente do OSCOT, o Algarve é uma área de maior preocupação sobre os efeitos de segurança, porque tem equipamentos "altamente sofisticados" e por ser uma zona de excelência turística em várias áreas em que as pessoas estão fora da sua rotina urbana."A segurança também se avalia pelo modo como as pessoas se sentem organizadas em sociedade e vivem esses sentimentos de insegurança", comentou Bacelar Gouveia, que é também deputado do PSD.Em Outubro, o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) referiu que os empresários do sector hoteleiro têm registado a infiltração de pessoas dentro dos hotéis que conseguem "penetrar nos alojamentos e roubar dinheiro e valores facilmente convertíveis em dinheiro". Segundo o presidente da AHETA, Elidérico Viegas, "a criminalidade contra turistas tem vindo a aumentar exponencialmente no Algarve nos últimos tempos, envolvendo grupos organizados e especializados em roubos a quartos dos hotéis".Segundo Bacelar Gouveia, a abertura das fronteiras "fez intensificar o crime" no Algarve e no país em geral, nomeadamente o crime organizado e violento."Mesmo que não exista um aumento estatístico da criminalidade, aumenta o sentimento de insegurança", reflecte Bacelar Gouveia, referindo que numa sociedade organizada a segurança não é apenas um padrão que se avalia pelo número de crimes e tipos de crimes praticados.No espaço de um mês, o Algarve foi palco de vários assaltos a moradias com recurso a violência e até sequestro - em Almancil, Loulé e Faro -, sendo que em dois dos casos as vítimas eram estrangeiras.O "modus operandi" dos assaltantes tem sido comum a todos os casos, sendo que num dos assaltos - a uma casa de um casal suíço residente em Almancil -, os criminosos sequestraram o casal e violaram a mulher, de 77 anos.
Em declarações à Lusa, o presidente da OSCOT Bacelar Gouveia, afirmou que o Algarve tem dois problemas relacionados com a segurança.O primeiro é "não ter um plano de segurança" e o segundo problema, indirectamente ligado, é a sazonalidade relacionado com o turismo, que obriga a um reforço do dispositivo policial, mas que não obedece a "critérios inteiramente objectivos"."O dispositivo policial não pode ser o mesmo no Verão e no Inverno e portanto no Verão é necessário reforçar esse dispositivo policial com agentes que vêm de outras parte do país", explicou Bacelar Gouveia.Contudo, segundo o presidente da OSCOT, às vezes não se percebe bem qual é o critério para esse reforço policial. Para Bacelar Gouveia é essencial saber se o reforço do efectivo é suficiente, "se é feito nas áreas de maior risco, saber se as áreas de intervenção da PSP e GNR são feitas com critérios objectivos ou se às vezes não é um pouco a olho".Na opinião do presidente do OSCOT, o Algarve é uma área de maior preocupação sobre os efeitos de segurança, porque tem equipamentos "altamente sofisticados" e por ser uma zona de excelência turística em várias áreas em que as pessoas estão fora da sua rotina urbana."A segurança também se avalia pelo modo como as pessoas se sentem organizadas em sociedade e vivem esses sentimentos de insegurança", comentou Bacelar Gouveia, que é também deputado do PSD.Em Outubro, o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) referiu que os empresários do sector hoteleiro têm registado a infiltração de pessoas dentro dos hotéis que conseguem "penetrar nos alojamentos e roubar dinheiro e valores facilmente convertíveis em dinheiro". Segundo o presidente da AHETA, Elidérico Viegas, "a criminalidade contra turistas tem vindo a aumentar exponencialmente no Algarve nos últimos tempos, envolvendo grupos organizados e especializados em roubos a quartos dos hotéis".Segundo Bacelar Gouveia, a abertura das fronteiras "fez intensificar o crime" no Algarve e no país em geral, nomeadamente o crime organizado e violento."Mesmo que não exista um aumento estatístico da criminalidade, aumenta o sentimento de insegurança", reflecte Bacelar Gouveia, referindo que numa sociedade organizada a segurança não é apenas um padrão que se avalia pelo número de crimes e tipos de crimes praticados.No espaço de um mês, o Algarve foi palco de vários assaltos a moradias com recurso a violência e até sequestro - em Almancil, Loulé e Faro -, sendo que em dois dos casos as vítimas eram estrangeiras.O "modus operandi" dos assaltantes tem sido comum a todos os casos, sendo que num dos assaltos - a uma casa de um casal suíço residente em Almancil -, os criminosos sequestraram o casal e violaram a mulher, de 77 anos.
Lusa