domingo, 31 de janeiro de 2010
7 Maravilhas Naturais de Portugal - O Concelho de Aljezur tem 10 locais candidatos
Ano Internacional para a Biodiversidade, o concelho de Aljezur apresenta a sua grande riqueza ambiental e paisagística candidatando 10 locais ao processo de eleição das “7 Maravilhas Naturais de Portugal”, iniciativa promovida pela New 7 Wonders Portugal.
Os locais candidatos são os seguintes:
Categoria de Praias e Falésias:
- Pontal da Carrapateira
- Praia da Arrifana
- Praia da Amoreira
- Praia da Bordeira
- Praia do Amado
- Praia de Odeceixe
Categoria Zonas Aquáticas não Marinhas
- Ribeira de Aljezur/Estuário
- Ribeira de Seixe
Categoria Florestas e Matas
- Pinhal de Bordalete
Categoria Áreas Protegidas/Multi-concelhos
- Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
A próxima fase do projecto consiste na selecção, até 7 de Fevereiro, de 77 locais pré-finalistas – 11 por cada categoria - por um painel constituído por 77 especialistas representantes das várias áreas científicas e com representatividade geográfica nacional.
Posteriormente, um painel de 21 personalidades notáveis do nosso país irá escolher as 21 Maravilhas finalistas, as quais irão ser apresentadas para votação pública a 7 de Março.
Alcoutim: Apoiar quem mais precisa
A Câmara Municipal de Alcoutim aprovou no dia 13 de Janeiro, em reunião de câmara, a atribuição de vários apoios económicos a famílias carenciadas.
Cerca de 38.000 euros foram atribuídos a famílias que se debatem com graves situações de pobreza e exclusão social, algumas com rendimentos mensais per capita inferiores a 100 euros.
Os apoios económicos atribuídos destinam-se sobretudo à recuperação ou melhoria de habitações e ao pagamento de medicamentos de doenças graves. O bem-estar familiar, a saúde, a educação, a alimentação e a habitação são os cinco pilares que regem a atribuição destes subsídios.
Para além dos apoios económicos a famílias carenciadas, a autarquia de Alcoutim garantiu na mesma reunião a atribuição do cartão social a 120 famílias. O cartão social proporciona reduções de 50% no pagamento de taxas e tarifas cobradas pelo Município. No ano de 2009 tinha sido concedido a 98 famílias.
Agricultores do Algarve dizem que produção está a desaparecer e manifestam preocupação ao ministro
Os agricultores algarvios afirmam que a produção hortícola da região está a desaparecer e decidiram manifestar as suas preocupações numa carta enviada ao ministério da Agricultura à qual a Lusa teve acesso.
Na missiva os agricultores explicam que os 1200 hectares de estufas que a região possuía há dezoito anos estão agora reduzidos apenas a 200 o que, dizem, se deve aos “inúmeros” prejuízos das últimas duas décadas devido ao mau tempo e à falta de seguros adequados.
Os “reduzidos” apoios por parte das autoridades, a proliferação de grandes superfícies comerciais e a reduzida capacidade dos produtores em organizar-se a nível comercial são outros dos factores apontados como causa da degradação do tecido agrícola no Algarve.
Na carta, redigida pela Associação de Agricultores do concelho de Faro e concelhos limítrofes, os produtores dizem que a falta de uma “almofada financeira” para fazer face às intempéries fez com que os agricultores e os seus descendentes ficassem “irremediavelmente endividados”.
Segundo os produtores, o apoio do Estado em situações de destruição de culturas e estruturas causadas pelo mau tempo é “reduzido ou inexistente”, sendo os seguros existentes igualmente considerados pouco “adequados” à actividade agrícola.
“As razões apontadas levaram à situação sobejamente conhecida da horticultura algarvia com o consequente abandono dos campos, não sem que esta associação tenha por inúmeras vezes tentado dar o seu contributo”, lê-se na missiva.
Os agricultores algarvios dizem ainda estar dispostos a contribuir para a redução “do tão falado défice” se lhes forem dadas condições e resolvidos “estrangulamentos” que os levaram à actual situação.
A carta foi também enviada ao Presidente da República, Cavaco Silva, e ao director regional de Agricultura do Algarve, Castelão Rodrigues.
Lusa
Pescadores da Praia de Faro em Documentário
"Ilha" é o primeiro documentário cinematográfico realizado sobre a comunidade de pescadores e mariscadores que habita a Praia de Faro há mais de meio século. Com narração do cantor José Mário Branco, o filme que deverá estrear e
Em entrevista à agência Lusa, os realizadores, Mauro Amaral, 33 anos, e Carlos Fraga, 56, definem o resultado final como um documento intimista e plural que aborda a autenticidade dos pescadores e o medo de verem as suas casas demolidas pelo "Polis Ria Formosa", um programa governamental para requalificar 48 quilómetros de frente costeira desde a Praia de Vale do Lobo até Vila Real de Santo António.
"Num tempo de rápidos consumos onde o agora reina, descobriremos em conjunto uma praia e a sua aldeia piscatória, cujos habitantes teimam em resistir ao imediatismo dos dias de hoje, mantendo hábitos ancestrais de contacto profundo com a grande natureza", lê-se na sinopse a que a Agência Lusa teve acesso pela mão do autor do documentário, Mauro Amaral.
Gravado em vídeo digital, "Ilha" é a segunda produção audiovisual da editora algarvia "Livremeio Produções", com sede em Faro, e as gravações realizaram-se ao longo das quatro estações do ano para captar o "modus vivendus" da aldeia - nome não oficial - piscatória, que, embora tenha luz e água, não dispõe de saneamento básico.
Através do filme, os realizadores descobriram na Praia de Faro uma comunidade com mais de 100 pessoas distribuídas pelos dois extremos da praia que vivem em total comunhão com a natureza, ao sabor de ventos e marés.
"Estas pessoas vivem na e da natureza. São fortes e intensas. Abrem a porta de casa e têm areia. Vivem entre a Ria Formosa e o mar. O trabalho deles é feito num habitat líquido e a vida das pessoas está sintonizada com os ritmos da natureza", conta Mauro Amaral, lembrando que a vida dos pescadores "nunca é rotineira".
Carlos Fraga refere, por seu turno, que não queriam que o resultado final se transformasse num filme "panfletário" com um só ponto de vista e, por isso, foram entrevistadas várias pessoas, nomeadamente um especialista em erosão costeira da Universidade do Algarve.
A narrativa do "Ilha" foi escrita por jovens poetas algarvios e dita pelo músico José Mário Branco e deverá estrear "ainda antes do Verão no canal RTP 2", adiantou a dupla de realizadores, salientando que também a música é "made in Algarve" e criada especificamente para o projeto cinematográfico.
"Este documentário é também uma tentativa de revelar tesouros, porque o Algarve é muito rico e quanto mais visto à lupa mais riqueza tem", sugere o cinesta algarvio, observando que através deste documento se tem uma perspetiva sobre "o que sempre foi a vida no Algarve".
O filme de índole informativa tem uma duração de 54 minutos, entrevista 11 pessoas, todos homens, e vai candidatar-se ao Festival de Cinema Independente de Lisboa, o "Indie", acrescentou Carlos Fraga, que realizou e produziu o documentário "António Aleixo - Na terra acho, na terra deixo", que passou recentemente na RTP 2.
"Sairemos e entraremos na vida dos seus habitantes, tendo sempre como anfitriões animais marinhos e uma variedade invejável de espécies de aves movimentando-se em paisagens paradisíacas (…). Longe de ser uma descrição de fenómenos objetivos, é uma tentativa de inscrição do amor humano no coração das coisas", prometem os realizadores.
Cecília Malheiro, Agência Lusa