Paulo Sá é o cabeça de lista pelo Algarve
“Há anos que a CDU não elege um deputado pelo Algarve, mas acreditamos que, pela boa receptividade que temos tido junto das populações e a manter-se o aumento da votação na CDU registado nas “europeias”, temos hipóteses de voltar a eleger um deputado à Assembleia da República nas próximas legislativas de 27 de Setembro”, assumiu, hoje, em conferência de imprensa, Paulo Sá, 1º. Candidato da lista da CDU pelo círculo eleitoral de Faro às próximas legislativas.
Naquele que foi o “primeiro balanço da actividade da candidatura CDU à Assembleia da República, no círculo eleitoral de Faro”, o candidato comunista, professor da Universidade do Algarve, contando com a presença da histórica lutadora antifascista Margarida Tengarrinha na sala da DORAL do PCP, salientou que “o adversário da CDU é a política de direita do PS”.
Enfatizando a necessidade de “combater a bipolarização partidária PS – PSD, tal como os portugueses demonstraram no último acto eleitoral”, Paulo Sá justifica a “necessidade de um deputado da CDU eleito pelo Algarve”, com a “crescente consciência entre as populações contactadas de que os deputados eleitos pelo PS e pelo PSD no Algarve pouco têm feito pela região na AR”, sublinhou, “quando comparada (através de uma tabela de iniciativas) com a actividade do deputado do PCP, eleito pelo círculo eleitoral de Beja, e que teve, durante a X Legislatura a responsabilidade de ligação ao Algarve”.“Extremamente significativo é o facto do Grupo Parlamentar do PCP ter tomado mais iniciativas relativas ao Algarve do que o conjunto de todos os deputados de PS e do PSD eleitos pelo distrito de Faro”, rematou Paulo Sá.
O candidato foi ainda mais longe nas suas críticas ao responder à questão do Algarve Press sobre os partidos que apresentam candidatos que não nasceram nem trabalham no Algarve: “Registo que as listas do PS e Bloco de Esquerda são encabeçadas por João Soares e Cecília Onório, que não nasceram nem trabalham no Algarve. Eu sou de Guimarães mas há anos que cá trabalho e tenho cá a minha família”, situações que levam o candidato da CDU a “deixar” esses juízos de valor “nas mãos dos eleitores algarvios”. Já sobre a taxa de desemprego no Algarve, a mais alta do país, Paulo Sá criticou o “afunilamento no turismo e actividades complementares, com a destruição do tecidoprodutivo e das pescas e o definhamento da agricultura, situação que a CDU advertiu que conduziria, mais cedo ou mais tarde, a graves problemas, como o crescimento das bolsas de pobreza e o recurso cada vez maior a instituições de apoio social em busca de ajuda alimentar”.“Os problemas do Algarve não se resolvem com linhas de crédito para quem já se afunda em dívidas, nem com planos de qualificação que não dão resposta àqueles que já se encontram desempregados e aos muitos que estando ainda a trabalhar engrossarão o desemprego no final dos seus contratos. Os problemas do desemprego e do desenvolvimento resolvem-se com uma política diferente, com uma outra visão para o desenvolvimento regional, protagonizada pela CDU ao longo do tempo, através de um conjunto de propostas as quais têm sido sistematicamente recusadas”, sublinhou Paulo Sá.Manuel Luís - T
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