domingo, 4 de abril de 2010
Resolução da situação financeira do Frense pode estar para breve
foto:scfarense 1910
Solução passa por um projecto imobiliário, como há muito se fala, para o Estádio S. Luís
O presidente do Farense afirmou sábado, durante o jantar de comemoração do centenário do clube algarvio, que a difícil situação financeira do emblema poderá ter resolução “daqui a pouco tempo”, através da venda do Estádio de São Luís.
“A autarquia e o clube têm tido muitas reuniões e feito um trabalho exaustivo para que a situação do Farense possa ser resolvida daqui a pouco tempo”, anunciou o líder do clube da capital algarvia, António Barão.
O projeto urbanístico e comercial para o terreno atualmente ocupado pelo Estádio de São Luís foi entregue em março na autarquia e contempla um hotel de cinco estrelas, clínicas, cinemas e apartamentos de luxo, e outras valências.
O presidente da câmara de Faro Macário Correia, disse que as duas partes “não vão baixar os braços, nem resignar”, uma vez que existe “uma solução, uma luz ao fundo do túnel”, apesar de a questão ser “delicada e complexa”.
A questão da posse do recinto, situado no centro da cidade de Faro, sempre gerou discórdia mas não deverá ser impeditiva para o negócio avançar, tendo o autarca afirmado que o estádio “legalmente é da câmara de Faro mas, por sentimento e espírito, é do Farense”.
A venda do Estádio de São Luís poderá ajudar o Farense a libertar-se do passivo, estimado em mais de nove milhões de euros: “Não nos importamos de começar do zero, desde que o passivo esteja resolvido”, disse António Barão.
“Não quero ver este clube com sentimento de desânimo. Pelo seu historial, o Farense merece estar no escalão principal e tudo faremos para que voltemos a ter grandes tardes de domingo”, assinalou Macário Correia.
O jantar de comemoração do 100.º aniversário do emblema algarvio contou com a presença de outras personalidades, entre os quais dois representantes do Sporting, o presidente da mesa da assembleia geral, Dias Ferreira, e o vice-presidente da direção, Rogério de Brito.
Dias Ferreira recordou os laços históricos que unem os dois clubes, uma vez que o Farense é a filial n.º 2 do clube lisboeta: “Feliz clube que tais filhos tem…”
Os dirigentes leoninos manifestaram o desejo de ver o clube algarvio voltar “ao seio dos maiores o mais rapidamente possível”, garantindo ser para o Sporting “uma obrigação estar ao lado do Farense sempre que necessário”.
Durante o jantar, que contou com a presença de quase 600 pessoas, a direção do Farense entregou medalhas de 50 e 25 anos de filiação aos sócios e distinguiu dezenas de outras personalidades, entre ex-presidentes, ex-atletas e figuras e instituições da cidade.
Fonte: Lusa
22 "lagartas" distribuídas pela UEP e Comandos da PSP de Lisboa, Porto, Setúbal e Faro
A PSP dispõe de 22 "lagartas" (equipamento de retenção de veículos) distribuídas pela Unidade Especial de Polícia (UEP) e Comandos de Lisboa, Porto, Setúbal e Faro, onde ocorrem "mais intervenções policiais" e a criminalidade é maior.
Numa resposta enviada à agência Lusa, a Direcção Nacional da PSP refere que "faz sentido" as "lagartas" estarem "disponíveis" nos Comandos de Lisboa, Porto, Setúbal e Faro, uma vez que estes distritos representam "mais de 60 por cento da criminalidade" e têm a maior densidade populacional, além da ocorrência de "mais intervenções policiais".
"Quanto maior for a densidade populacional, mais intervenções policiais forem solicitadas e onde as operações policiais pelo efetivo empenhado e meios no terreno determinarem o uso do equipamento, é nesses que faz sentido estarem disponíveis para utilização", adianta a Direcção Nacional da PSP para justificar a utilização do equipamento e a escolha dos Comandos de Lisboa, Porto, Setúbal e Faro "em detrimento de outros".
Segundo a PSP, as "lagartas" são utilizadas em "operações policiais de grande envergadura humana e material" e em "situações limite" em que o suspeito esteja em "fuga permanente" e que o "grau de perigosidade" justifique o uso do equipamento.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) adianta que as "lagartas" não se destinam apenas às operações de fiscalização de trânsito.
Para a utilização deste equipamento é necessário que os polícias tenham formação, tendo em conta a sua "necessária colocação e adequação às condições da via".
Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, considerou as "'lagartas' um equipamento muito importante", que devia ser utilizado em todas as operações realizadas pela Polícia, sejam elas de trânsito ou não.
Para Paulo Rodrigues, a utilização deste tipo de equipamento policial em todas as operações "poderia limitar a utilização das armas de fogo e até das perseguições".
"As 'lagartas' devem ser utilizadas em todas as operações stop e deve ser divulgada a sua utilização, para que todos os condutores saibam que, se não pararem numa determinada fiscalização da Polícia, pura e simplesmente é acionado esse equipamento", disse, acrescentando que "nas operações de trânsito são várias as situações que os polícias podem encontrar".
O presidente da ASPP, sindicato mais representativo da PSP, considerou que as atuais 22 "'lagartas' não são suficientes" e defendeu que todos os Comandos da Polícia deviam ter pelo menos dois equipamentos, com exceção de Lisboa, Porto e Setúbal, onde se justifica um número superior.
Lamentando serem pouco utilizadas, Paulo Rodrigues sustentou que "não põem em causa a vida e a integridade física dos cidadãos, causando apenas prejuízos materiais na viatura", nos pneus, que ficam furados ou cortados, obrigando à paralisação dos veículos.
Apesar de ser um equipamento caro, o sindicalista disse que é "um bom investimento", até porque "a não utilização deste equipamento, por vezes, obriga a que Polícia tome alguns procedimentos que, depois, o resultado acaba por ser mais caro que o valor desse equipamento".
No passado mês de março, em Lisboa, um homem morreu baleado por um agente da PSP durante uma perseguição após não ter parado numa operação policial.
Lusa