quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

CINE-TEATRO LOULETANO ABRE PORTAS COM IMAGEM RENOVADA


No dia 1 de Fevereiro, que assinalou o 23º aniversário da cidade de Loulé, o espaço cultural mais emblemático do Concelho abriu portas a um novo ciclo da sua vida. Após obras de requalificação iniciadas em 2008, o Cine-Teatro Louletano apresentou-se ontem ao público como um espaço moderno que integra as mais avançadas tecnologias, mas onde se mantém a traça original com o cunho da década de trinta do século XX.
Na cerimónia inaugural, a população, acompanhada pelo executivo municipal e técnicos da obra, teve a oportunidade de fazer uma visita ao interior do edifício e conhecer algumas das áreas normalmente interditas ao público.

Neste momento histórico para o Cine-Teatro, no seu discurso inaugural, o presidente da Autarquia relembrou as individualidades louletanas que estiveram na génese da sua fundação - Alberto Rodrigues Formosinho, Artur Gomes Pablos, David Evaristo d’Aragão Teixeira, Joaquim Cândido Pereira Magalhães e Silva, José da Costa Ascensão, José da Costa Guerreiro, José Martins Júnior, Manuel dos Santos Pinheiro Júnior e, por último, António Maria Frutuoso da Silva.
Relativamente a Frutuoso da Silva, uma das principais figuras ligadas a esta construção, jurista mas um profundo amante das artes, o edil sublinhou “a sua tenacidade, a sua iniciativa, o seu denodado propósito de levar por diante a construção do Cine-Teatro a ponto de se ter arruinado para poder concluir, em 1930, esse projecto que havia começado precisamente 5 anos antes”. Nesse sentido, Seruca Emídio lançou a proposta do nome deste louletano poder vir a ser adoptado como patrono do Cine-Teatro Louletano, naquilo que considera ser “uma justa homenagem”.
Quanto à obra, o autarca justificou a opção em fazer uma reabilitação do antigo edifício em vez de criar uma obra de raiz. “A decisão que nos levou à aquisição do edifício, devolvendo a sua propriedade ao povo de Loulé, só fazia sentido se prosseguida por uma outra que visasse a sua recuperação, reabilitação e remodelação, em defesa e promoção do património construído”, salientou.

E no contexto da política de valorização do património da cidade de Loulé que tem sido seguida nos últimos anos, o presidente da Câmara referiu a intervenção realizada no Arquivo Municipal, “que é hoje depositário de uma herança cultural que dá expressão à nossa identidade e que desempenha um papel fulcral no conhecimento do nosso passado”; a reabilitação e requalificação do Mercado Municipal, distinguida com um Prémio de Turismo; a intervenção na zona amuralhada da cidade, “reassumindo visualmente aquilo que foram as suas funções, caracterizando e projectando um espaço que nos valoriza como comunidade multissecular”; a recuperação e restauro da Ermida da Nossa Senhora da Conceição; e a requalificação da Praça da República.
Apesar de momentos difíceis na história do Cine-Teatro Loueltano, nomeadamente na década de 70, altura em que esteve à beira de ser vendido para outros fins que não espaço de artes e espectáculos, Seruca Emidio mostrou-se confiante quanto ao novo rumo deste equipamento cultural: “O Cine-Teatro Municipal transforma-se, a partir de hoje, num instrumento de afirmação de uma política de preservação do património e desenvolvimento cultural e da história local. É, pois, um exemplo, mais um exemplo, um bom exemplo, do que temos feito e do que queremos continuar a fazer - pensar sempre o dia de amanhã”, disse, referido ainda que irá integrar “uma programação simples mas de qualidade que vá ao encontro dos diversos públicos e que alcance diferentes géneros de espectáculos”.

3,5 milhões de investimento
Antes desta intervenção, o edifício do Cine-Teatro Louletano encontrava-se em acentuado estado de degradação e bastante obsoleto em termos dos equipamentos técnicos. Por outro lado, existiam algumas deficiências e carências estruturais e arquitectónicas e alguns problemas de segurança, nomeadamente no 2º e 3º balcão que nos últimos tempos se encontravam encerrados ao público.
Assim, os principais objectivos desta intervenção passaram por quatro directrizes - modernidade, polivalência, segurança e conforto.
Os trabalhos efectuados incidiram na preservação das principais estruturas da sala de espectáculos – plateia, frisas, 1º e 2º balcão, passando agora a ter uma lotação para 314 espectadores. Por outro lado, optou-se por construir de raiz uma caixa de palco verdadeiramente dimensionada e equipada e novos núcleos de acessos verticais. Criou-se um palco tradicional inteiramente novo, equipado com bastidores laterais com dimensões bastante superiores às que existiam.
A instalação do sistema de ar condicionado da sala, a substituição das cadeiras e a execução de novos revestimentos dos tectos foram alguns dos trabalhos realizados, a par de uma profunda remodelação ao nível de materiais de revestimento, cores e pinturas, de modo a melhorar as condições deficientes de acústica, conforto e visibilidade. Procedeu-se à demolição dos antigos camarins (substituídos por novos), bem como do 3º balcão.
Todas as zonas técnicas, instalações sanitárias, sub-palco, teia/palco, e boca de cena, foram objecto de reconstrução por não apresentarem condições de segurança que permitissem considerar o seu restauro. Foram, criados novos caminhos de evacuação em número e dimensão, nomeadamente instalação de elevadores, que garantam o respeito pela regulamentação em vigor. O 2.º balcão – 70 lugares – foi totalmente reperfilado no que diz respeito aos degraus e profundidade.
Não obstante da forte apostado na modernização do espaço, preservou-se a memória do edifício, nomeadamente em termos da sua fachada, e apontamento no interior da sala.

Programação de qualidade para vários públicos
Espectáculos para diversos públicos, nas diversas áreas artísticas, da música à dança, passando pelo teatro e, naturalmente, pelo cinema, a diferenciação é a nota dominante no conjunto das actividades previstas para o presente ano no Cine-Teatro Louletano.
A organização do Cine-Teatro Louletano pretende oferecer ao público eventos distintos das restantes propostas culturais existentes na região, numa tentativa de tornar este ex-líbris da cidade um pouco como um espaço alternativo, mas mantendo o cariz tradicional do edifício. A qualidade será sempre o principal objectivo das actividades a realizar.
De um modo geral, as valências que aqui existiam mantêm-se. A grande diferença é que há melhores condições e equipamentos para dar resposta às necessidades sentidas anteriormente. Os espectáculos de teatro, dança ou música continuam a ser as grandes apostas deste espaço. Também o cinema continua a merecer destaque sobretudo porque foi instalada uma nova máquina de projecção, adaptada aos novos tempos da sétima arte. Outra das novidades introduzidas diz respeito a cabines de tradução que permitirão criar condições para acolher seminários, colóquios, conferências, criando também aqui uma espécie de centro de congressos, a par da vertente de sala de espectáculos.

81 anos de história
O Cine-Teatro Louletano manteve-se ao longo destes cerca de 80 anos de existência como propriedade da Sociedade Teatral Louletana, constituída em 1925 com o objectivo de “construir um teatro e suas dependências, a respectiva exploração em todas as suas manifestações de arte dramática, lírica, cinematográfica, concertos musicais, serões e conferências artísticas e em tudo o mais que lhe é próprio, excepto comícios políticos”. De entre o nome dos seus fundadores estavam Alberto Rodrigues Formosinho, António Maria Frutuoso da Silva, Artur Gomes Pablos, David Evaristo d'Aragão Teixeira, Dr. Joaquim Cândido Pereira de Magalhães e Silva, José da Costa Ascensão, José da Costa Guerreiro, José Martins Júnior e Manuel dos Santos Pinheiro Júnior que investiram um capital social de 180 contos divididos em nove quotas de 20 contos, ao qual se juntaram dois terrenos, um deles adquirido em hasta pública à Câmara Municipal de Loulé.
A inauguração oficial do teatro deu-se a 19 de Abril de 1930 mas, entre 15 e 23 de Março, já funcionara como cinema.
Na inauguração actuou a Companhia Teatral, da grande actriz Ilda Stichini, da qual faziam parte os artistas Clemente Pinto, Luz Veloso, Luís Prieto, Joaquim Oliveira, Alves da Costa, Maria Lagoa, Fernanda de Sousa e outros mais. Apresentaram a peça “Se eu quisesse”; no segundo dia “Os Filhos” e no terceiro “O Tambor e o Guiso”.
Para além das autoridades concelhias, estiveram, presentes nesta cerimónia autoridades distritais como o Governador Civil, o Secretário Geral e outras, além de muitos populares de Faro, Olhão, S. Brás, etc..
Durante décadas passaram por este palco grandes figuras da cena como Alves da Cunha, Berta de Bívar, Chaby Pinheiro, companhias de revista, etc., e mais recentemente alguns dos melhores actores nacionais como Maria do Céu Guerra, Raul Solnado ou Ruy de Carvalho. No que concerne ao cinema, foram ali projectadas películas de fama mundial que encheram por completo aquela que é considerada a mais importante sala de espectáculos do Algarve.
Após vários anos de negociação difícil e burocrática com os proprietários do Cine-Teatro Louletano, a Câmara Municipal de Loulé adquiriu, em 2003, este ex-líbris cultural da cidade, do concelho e de toda a região. Ao longo dos tempos, o papel desempenhado pela Autarquia em termos de promoção dos eventos realizados neste espaço, bem como da manutenção do edifício, foi fundamental para que o Cine-Teatro não fechasse as suas portas ou não chegasse mesmo a ser demolido, apesar deste ser um edifício de domínio privado.
Ao longo dos anos, a Câmara Municipal levou a efeito obras de conservação e modernização deste imóvel de forma a satisfazer as exigências dos espectáculos de qualidade.

VISITA DO BISPO DO ALGARVE ÁS PARÓQUIAS DA FUZETA E MONCARAPACHO


Entre os próximos dias 5 e 13 de Fevereiro, o Bispo do Algarve vai realizar uma visita às Paróquias da Fuzeta e de Moncarapacho, no concelho de Olhão.
D. Manuel Neto Quintas, será recebido na Praça da República, na Fuzeta, no Sábado, dia 5, pelas 16H30 e rumará em cortejo até á Igreja, onde pelas 18H00 celebrará a Eucaristia
No Domingo, o Bispo chegará a Moncarapacho, pelas 15H30 onde será recebido
junto à Santa Casa da Misericórdia local.
Ao longo da semana em que permanecerá nas Paróquias confiadas ao Padre Albert Teixeira, o Prelado diocesano visitará as Juntas de Freguesia, Misericórdias, Lares de idosos, creches, escolas e outras instituições sociais, culturais, desportivas e de solidariedade, reunindo com todos os agentes sociais e eclesiais daquelas freguesias. A visita termina no dia 13 de com a administração pastorais.

Turismo de Albufeira organiza Seminário sobre Turismo e Marketing Digital


A Inesting e Breef.me realizam no próximo dia 10 de Fevereiro um Seminário dedicado ao tema “Turismo e Marketing Digital”. Este evento, organizado pela APAL (Associação de Promoção de Albufeira), vai decorrer em Albufeira, no auditório da AHETA, pelas 14h30 e terá entrada gratuita.
Neste seminário serão debatidas questões relacionadas com o marketing digital e a sua importância no mercado Hoteleiro e na Promoção de um destino. Os casos de sucesso, o e-commerce e as estratégias de digital advertising, entre muitos outros tópicos da actualidade.
Inscrições e mais informações em:
http://seminarios.marketingtecnologico.com/turismo-marketing-digital/programa.html

Investir na produção de Milho para garantir o auto-abastecimento de cereais em Portugal



As políticas agrícolas em tempos de crise, o Milho enquanto matéria-prima de elevado valor nos mercados nacional e internacional, o potencial económico da cultura de milho e as vantagens competitivas de Portugal neste sector de produção agrícola, são alguns dos temas a serem debatidos no 6º Colóquio Nacional do Milho que terá lugar no próximo dia 10 de Fevereiro no Centro Nacional de Exposições de Santarém (CNEMA).
A ANPROMIS – Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sogro promove no próximo dia 10 de Fevereiro, o 6º Colóquio Nacional do Milho. O encontro que tem lugar no Centro Nacional de Exposições de Santarém reúne cerca de 450 profissionais e especialistas ligados ao sector e às políticas agrícolas nacional e europeia.
Mais do que debater ideias e trocar experiencias, este é um encontro que procura expressar as preocupações de todos aqueles que se movem no sector de produção de milho. A ANPROMIS acredita que é importante promover a produção deste cereal, uma vez que se trata de uma matéria-prima de elevado valor para a economia nacional e até mundial. Há que não esquecer que perante uma eventual crise alimentar a nível mundial, os preços tendem inevitavelmente a subir o que acaba por constituir uma boa oportunidade para os produtores nacionais.
A realização do 6º Colóquio Nacional do Milho, constitui uma oportunidade única no panorama agrícola nacional, para levar um conjunto de oradores nacionais e estrangeiros a debater temas tão importantes como a competitividade da cultura do milho em Portugal e o futuro da Política Agrícola Europeia. O encontro conta ainda com a participação de Pedro Soares, Presidente da Comissão de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas da Assembleia da República, de M. Julien Valentin, Vice-Presidente do Conselho Europeu dos Jovens Agricultores e de Luís Vieira, Secretário de Estado das Pescas e Agricultura.
Segundo Luís Vasconcellos e Souza, Presidente da ANPROMIS, «Numa altura, em que vão surgindo em Portugal novas áreas de regadio, destacando-se de forma notória o perímetro de Alqueva, cujas áreas de infra-estruturadas para rega vão a caminho dos 110.000 hectares, importa criar condições para que o milho possa contribuir de forma significativa para o imprescindível aumento do nosso grau de auto-abastecimento em cereais e para o acréscimo do nosso Produto Agrícola Bruto.»
O milho constitui a única cultura capaz de em extensão vir a ocupar uma parte significativa dessa área. Os produtores nacionais de milho estão conscientes que produzir é a sua missão, cabendo ao Estado criar as necessárias condições para um maior desenvolvimento desta cultura no nosso país.
«Numa altura em que o mercado mundial de cereais vive uma acentuada volatilidade de preços, importa cada país apoiar de forma decidida a sua agricultura mais competitiva. Em Portugal, a agricultura competitiva é, e será sempre, a de regadio» acrescenta Luís Vasconcellos e Souza.
Inserido no 6º Colóquio Nacional do Milho, a ANPROMIS traz a Portugal no dia 9 de Fevereiro, para um Workshop sobre boas práticas para uma cultura do milho mais competitiva em Portugal, o conceituado consultor agrícola e perito para a cultura do milho Albert Porte Laborde.
O milho tem sido, ao longo dos últimos anos, a cultura arvense mais representativa da agricultura de regadio nacional. Assumindo-se o regadio como um factor estratégico para o desenvolvimento e sustentabilidade da agricultura nacional, esta cultura tem um papel fundamental no ordenamento e competitividade do nosso território.
Nos últimos 5 anos, semearam-se em média em Portugal cerca de 190.000 hectares, dos quais 135.000 hectares foram para grão e 55.000 mil hectares para silagem. O milho é assim, e de forma destacada, a cultura arvense com maior expressão encontrando-se presente em cerca de 67.000 explorações distribuídas por todo o país.
As inúmeras utilizações que actualmente podem ser dadas ao milho, tais como a silagem, ou no caso do grão, os alimentos compostos para animais, a alimentação humana (amidos, gritz, farinhas, etc...) ou, mais recentemente, a produção de energias renováveis (bioetanol e biogás) e materiais biodegradáveis (bioplásticos e fibras) fazem que esta cultura seja única na grande diversidade de aproveitamentos que lhe são dados.

Sobre a ANPROMIS:
A ANPROMIS – Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sogro surgiu em 1988 com o intuito de representar e defender os interesses dos produtores de milho e sorgo portugueses, junto dos poderes decisores nacionais e internacionais. A ANPROMIS é um centro de apoio, informação e defesa dos interesses dos Produtores Nacionais de Milho e Sorgo e das Organizações por estes constituídas. A ANPROMIS é, desde a sua criação, membro da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e desde 1998, membro da Confederação Europeia dos Produtores de Milho (CEPM). A ANPROMIS que possui como associados 12 Organizações de Produtores, representa os 67.000 produtores de milho existentes em Portugal (continente e Açores).