quinta-feira, 10 de junho de 2010
Cavaco Silva Condecora Quatro Algarvios
Foto arquivo Algarve Press de Adriano Pimpão
Foto arquivo Algarve Press de Joaquim Cabrita Neto, quando recebeu a medalha de Ouro de Faro
NDR - Em breve, na Algarve Press TV On-line e na nossa Edição Semanal (4ª Feira), editaremos o filme fotográfico do 10 de Junho em Faro (desfile militar e condecorações).
O Presidente da República, o algarvio Aníbal Cavaco Silva, condecorou hoje, no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, 37 personalidades e instituições, entre as quais os algarvios Adriano Pimpão, ex-reitor da Universidade do Algarve, com a Ordem do Infante D. Henrique (Grande Oficial), Joaquim Cabrita Neto, ex-presidente da AIHSA e ex-governador civil, com a Comenda da Ordem de Mérito, a instituição de solidariedade social Fundação Irene Rolo, de Tavira, como Membro Honorário da Ordem de Mérito, e por fim o empresário farense, João Pires, com a comenda do mérito industrial.
A lista das 37 condecorações atribuídas pelo Presidente da República na Sessão Solene, realizada no Teatro das Figuras, em Faro, é a seguinte:
Antigas Ordens Militares:
Ordem de Cristo
•Dr. João Maurício Fernandes Salgueiro (Grã-Cruz)
Ordem de Avis
•Tenente-General Carlos Manuel Ferreira e Costa (Grã-Cruz)
•Tenente-General PILAV Luís Filipe Montes Palma de Figueiredo (Grã-Cruz)
•Vice-Almirante Rui Cardoso de Telles Palhinha (Grã-Cruz)
Ordem de Sant’Iago da Espada
•Eunice Muñoz (Grande Oficial)
Ordens Nacionais:
Ordem do Infante D. Henrique
•Dr. José Albino da Silva Peneda (Grã-Cruz)
•Tenente-General Leonel Jorge Silva Carvalho (Grã-Cruz)
•Dr. Vasco Navarro Graça Moura (Grã-Cruz)
•Prof. Doutor Adriano Lopes Gomes Pimpão (Grande Oficial)
•Prof.ª Doutora Elvira Fortunato (Grande Oficial)
•Prof. Doutor Francisco Carlos da Graça Nunes Correia (Grande Oficial)
•Prof. Doutor Jorge Manuel Barbosa Gaspar (Grande Oficial)
•Dr. Manuel António dos Santos (Grande Oficial)
•Prof.ª Doutora Maria Isabel Pires de Lima (Grande Oficial)
•Rosa Lobato de Faria [A título póstumo] (Grande Oficial)
Ordem da Liberdade
•Doutor José Luís Saldanha Sanches [A título póstumo] (Grande Oficial)
Ordens de Mérito Civil:
Ordem do Mérito
•Prof. Doutor António Alber Garcia Meliço-Silvestre (Grande Oficial)
•Dr. José Manuel de Brito e Castro Mendes de Almeida (Grande Oficial)
•Prof.ª Doutora Maria do Céu Machado (Grande Oficial)
•António Sala (Comendador)
•Fernando Alves (Comendador)
•Jaime Carlos Marta Soares (Comendador)
•João José Silva Abranches Garcia (Comendador)
•Dr. Joaquim Manuel Cabrita Neto (Comendador)
•Joaquim Morão Lopes Dias (Comendador)
•José Fontes Rocha (Comendador)
•Maria Alberta Meneres (Comendador)
•Maria Cristina dos Santos Vieira Flores Santos (Comendador)
•Dr. Mário Ernesto dos Santos Moreau (Comendador)
•Celestino Ferreira Monteiro (Oficial)
•FENACERCI – Federação Nacional das CERCIS (Membro Honorário)
•Fundação Irene Rolo (Membro Honorário)
Ordem da Instrução Pública
•Prof. Doutor Carlos Manuel Pires Correia (Comendador)
•Prof. Doutor João Formosinho (Comendador)
Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial
Classe do Mérito Agrícola
•Dr. António José Ramos Silvestre Ferreira (Comendador)
Classe do Mérito Industrial
•Augusto Ferreira Machado (Comendador)
•João Pinto Dias Pires (Comendador)
10 de junho: António Barreto critica Estado e diz que "Antigo Combatente tem de ser tratado como Soldado Português"
o presidente da Comissão das Comemorações do Dia de Portugal, António Barreto, criticou hoje o Estado e o povo português por não tratar bem os antigos combatentes e pediu a eliminação das diferenças entre bons e maus soldados.
Na alocução que fez durante a sessão solene das cerimónias do Dia de Portugal, António Barreto afirmou que "Portugal não trata bem os seus antigos combatentes, sobreviventes, feridos ou mortos", referindo que em termos gerais o "esquecimento" e a "indiferença" são superiores, sobretudo "por omissão do Estado".
Numa cerimónia do 10 de Junho em que pela primeira vez os antigos combatentes desfilaram na cerimónia militar oficial do Dia de Portugal, António Barreto deixou um lamento: "Portugal não trata bem os seus antigos combatentes, sobreviventes, feridos ou mortos".
Neste capítulo, Barreto apontou a "omissão do Estado" como responsável pelo "esquecimento" e a "indiferença" a que são votados alguns dos antigos combatentes, mas não deixou de fora as responsabilidades do povo português.
O povo português é "parco em respeito pelos seus mortos", verberou o presidente da Comissão das Comemorações do Dia de Portugal.
Iguais no respeito e na memória
No seu discurso, António Barreto considerou que o Estado é pouco "explícito no cumprimento desse dever" de respeito pela memória dos mortos, instando as entidades oficiais a "eliminarem as diferenças entre bons e maus soldados, entre veteranos de nome e veteranos anónimos, entre recordados e esquecidos".
Para Barreto, um antigo combatente não pode ser tratado como "colonialista", "fascista" ou "revolucionário", apenas como "soldado português".
"Está aberta a via para a eliminação de uma divisão absurda entre portugueses. Com efeito é a primeira vez que, sem distinções políticas, se realiza esta homenagem de Portugal aos seus veteranos", declarou António Barreto, referindo-se à integração dos antigos combatentes no desfile militar das cerimónias que decorreram em Faro.
"Independentemente das opiniões de cada um, para o Estado português todos estes soldados foram combatentes, são hoje antigos combatentes ou veteranos, mas sobretudo, são iguais. Não há entre eles, diferenças de género, de missão ou de função. São veteranos e foram soldados de Portugal", acrescentou o presidente das comemorações.
Fontes: Lusa e RTP
10 de Junho em Faro: “Um país é feito de pessoas” – Cavaco Silva
e Sócrates desvaloriza apupos à chegada
Decorreu esta manhã na capital algarvia a sessão solene de comemoração do 10 de Junho, o Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas. Foi a primeira vez que esta cerimónia decorreu na capital algarvia.
O Presidente da República referiu, no seu discurso realizado no Tetaro das Figuras, em Faro, que "Um país é feito de pessoas. Por isso, é nos portugueses, em todos eles, que têm de se concentrar as prioridades de uma agenda social e política verdadeiramente orientada pelos valores da justiça e da coesão".
Referindo ainda que “é necessário deixar para trás divisões estéreis e sem sentido, para ultrapassarmos esta fase em que vivemos”, Cavaco Silva recordou que, este, "é um tempoo em que muitos portugueses temem pelo seu emprego, em que muitos dos que estão desempregados receiam não voltar a encontrar trabalho, em que os jovens se interrogam sobre o seu futuro".
Sócrates desvaloriza apupos à chegada
O primeiro ministro, José Sócrates, desvalorizou hoje os apupos de que foi alvo à chegada ao local das cerimónias militares do 10 de junho, em Faro, e considerou que Portugal fez sempre o que devia com as suas forças armadas.
“Os dias não são fáceis para a governação e estes atos das pessoas são atos profundos, de quem sente que quem tem que governar não tem dias fáceis, e elas querem partilhar também essa vontade de resistir às adversidades”, afirmou o primeiro ministro.
Sócrates disse que já assiste às cerimónias do Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas “há muitos anos e é sempre a mesma coisa, há sempre quem aproveite para manifestar as suas antipatias”.
“Já não ligo, porque quem está no exercício destas funções tem que ter uma carapaça relativamente a isso. É claro que eu preferia que não manifestassem num dia de unidade, como é o Dia de Portugal, mas estou muito habituado a isso e já não me afeta pessoalmente”, assegurou o primeiro ministro à entrada para o Teatro Municipal de Faro, onde decorre a sessão solene.
José Sócrates considerou que “este é o dia em que devemos promover os valores que nos unem e não os que nos dividem” e salientou: “Houve também pessoas que quiseram ser simpáticas comigo, porque elas compreendem que este é um momento muito exigente para a governação e sabem que está a governar tem que pensar em tudo menos em agradar, tem que pensar em servir o seu país e o seu dever”.
Sobre o discurso do presidente da República, Cavaco Silva, na cerimónia militar, em que disse que os cortes orçamentais nas forças armadas comprometem a soberania de Portugal, Sócrates considerou que “o país fez sempre o que devia com as suas forças armadas, que foi investir na sua modernização”.
“E depois do 25 de abril a reorganização do exército português fez-se num nível e numa intensidade adequadas. Acho que todos os progressos têm sido feitos, quer na reestruturação, na reorganização, mas também na modernização das forças armadas, têm sido adequados”, acrescentou.
O chefe de governo considerou ainda que “os portugueses têm investido nessa reorganização convencidos de que estão a fazê-lo em prol do interesse do país, e as forças armadas têm-se destacado ultimamente na defesa da soberania nacional, que hoje não se defende dentro de portas, mas defende-se estando presente nas missões de paz e nas missões internacionais, onde as nossas forças armadas se têm destacado”.
“A modernização do nosso exército sofreu nos últimos anos é motivo de orgulho para todos os portugueses”, afirmou o primeiro ministro.
AP/Lusa