terça-feira, 9 de junho de 2009
Falta de controlo da qualidade do ar algarvio motiva queixa da Quercus à Comissão Europeia
A associação ambientalista Quercus vai apresentar uma queixa à Comissão Europeia por a rede de monitorização da qualidade do ar no Algarve estar desactivada, situação que diz constituir uma violação à lei.
Em comunicado, a Quercus diz que as autoridades não controlam a qualidade do ar desde 2008, situação que, segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, se deve a "constrangimentos técnico-financeiros".
Segundo a associação ambientalista, os últimos dados disponíveis sobre a qualidade do ar no Algarve são referentes a 2007 e, com o aumento da radiação solar, a situação pode tornar-se preocupante.
"Com o aumento da radiação solar poder-se-ão formar níveis de ozono troposférico perigosos para a saúde sem que as autoridades de saúde e os próprios cidadãos possam ser avisados para tomar medidas", diz.
Segundo a CCDR/Algarve, a qualidade do ar não está a ser monitorizada desde 2008 porque as sete estações existentes na região estão desactivadas e a rede está em reestruturação, a qual deverá terminar em Setembro.
"As candidaturas para redimensionar as estações existentes ainda não foram aprovadas por questões financeiras", referiu fonte da CCDR/Algarve.
A mesma fonte frisou, contudo, que a monitorização feita pelo Instituto Nacional de Meteorologia está activa.
A rede de monitorização da qualidade do ar é gerida pela CCDR/Algarve e abrange os concelhos de Faro, Olhão, Albufeira, Loulé, Lagoa, Portimão e Alcoutim.
Cada estação de monitorização da qualidade do ar possui analisadores automáticos que monitorizam, em contínuo e em tempo real, o dióxido de enxofre, óxidos de azoto, ozono e partículas (PM 2,5 e PM 10).
Os dados recolhidos pela CCDR são depois disponibilizados numa base de dados "online" sobre a qualidade do ar – www.qualgar.org –, gerida pela Agência Portuguesa do Ambiente.
Lusa